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A hora que acordei por um instante parecia ter sido apenas um pesadelo, mas no momento que pisei no chão e senti a ardência em minha cocha, lembrei que tudo fora real. Draco parecia ter assumido diversas personalidades ontem a noite, quase como se não soubesse qual usar naquele momento.

Fui tomar um banho para ver se esses pensamentos cessavam mas no segundo em que senti a água quente em meu machucado, gritei de frustração, e senti uma ardência inexplicável.

Aquele filha da puta iria me pagar. Terminei meu banho, e desci para tomar café da manhã.

- Que bom que já está acordada! Precisamos conversar. - mamãe disse assim que me viu.

- Não podemos só tomar nosso café? - respondi já sem paciência.

- Escute sua mãe querida! -papai disse.

- Como pode dizer aquelas coisas de Draco? Minha filha, ele é um ótimo rapaz, não escutou o que Narcisa disse sobre você? Todos acham vocês perfeitos!

- A senhora não o conhece como eu mãe! Eu estou com medo dele!

- Medo? Pare de dizer bobagens! Draco é um ótimo rapaz! Devia nos agradecer por lhe proporcionar isso!

- Agradecer? Agradecer pelo o que? Por escolherem por mim? Por me tirar minha liberdade? A senhora acha que estou feliz com a decisão que VOCÊS tomaram?

- Se não, deveria estar! Fizemos o que pudemos para te proteger! Fizemos o possível pelo seu futuro, sua ingrata!

Não aguentei mais ouvir aqueles absurdos e sai correndo para o lado de fora da casa, precisava respirar um pouco de ar puro.

A brisa gelada beijava meu rosto, senti minhas mãos congelarem, sai de casa sem nenhum  casaco, luva ou toca. Estava na época de inverno, e aqui ele não tinha piedade.

Decidi voltar para Hogwarts hoje mesmo. Não me importava ser manhã de natal. Subi para o meu quarto e arrumei todas as minhas coisas, fui sem avisar ninguém.

Usei o que eu mais odiava como método de transporte, mas era o único que eu poderia sem ter que ser acompanhada por algum adulto. Rede de pó de flu, a lareira da biblioteca funcionava perfeitamente. Cai  dentro da lareira de alguma salinha aparentemente esquecida da estação, as condições estavam precárias, poeira para todo lado.

O expresso estava vazio, literalmente. Era difícil ver pessoas voltando para a escola na manhã de natal.

Decidi deixar minhas coisas no meu quarto e ir ao campo de quadribol. Fazia algum tempo que não vinha aqui, afinal Draco tinha me expulsado do time, babaca. Sabia onde ficavam as vassouras então fui em direção ao armário, não tinha as chaves mas nada que um alohomora não resolvesse.

Levantei voo. Lá no alto pude espairecer alguns pensamentos.
O que será que Theodoro tinha feito? Coisa boa não haveria de ser, mas seria assim tão ruim?
Draco, ele havia me dito que fora designado uma missão importante, ele fora escolhido. O que será de tão importante?

Minha vida essas últimas semanas tinha virado de cabeça para baixo! Fiquei noiva do que um dia eu chamei de melhor amigo  e agora estou tendo tecnicamente um caso com um dos meus amigos, que era amigo de Draco. Como tudo isso está acontecendo e estou agindo dessa forma? Tão naturalmente!
Será que vai ser assim pra sempre? Terei um caso com Theodoro? E quando me casar? Uma hora eu terei que dar herdeiros a Draco.
Esse pensamento me corroeu, teria que dormir com Malfoy. O que me lembro que agora não sou mais virgem! Tantas coisas acontecendo que eu nem tive tempo de pensar sobre isso. Eu transei com Theodoro, e aconteceu tão naturalmente, foi tudo tão bom. A sensação de estar em sintonia com outra pessoa, por aquele momento fomos um só! Os dois sentiram a mesma sensação e prazer. O que será que se passará em sua mente? Lembrarei de perguntar mais tarde.

The LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora