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Estava de madrugada, acordei e não consegui dormir mais. Estava pensativa sobre tudo isso, Draco me contou sobre a missão de Theodoro, não me surpreendeu a esse ponto. Já imaginava que para entrar e se juntar ao Voldemort teria de ser algo a essa altura, e como Draco já tinha uma missão de morte, não seria diferente com os outros. À pergunta que pairava no ar mesmo era, quem?

Quem ele teria ceifado a vida para se juntar ao Lord das trevas? Seria um trouxa? Seria algum bruxo mestiço? Ou até mesmo um puro sangue não tão conhecido que tenha se recusado a dar informações ou recusado a se juntar à equipe sanguinária de Voldemort? Essa era a questão...

Me revirei na cama durante horas, não conseguia dormir de jeito nenhum. As cenas de minha mãe acabando com o salão principal da escola de Hogwarts, aquele lugar em que eu criei tantas memórias afetivas. A casa de Hagrid pegando fogo, Theodoro apenas me arrancou de lá, cenas pavorosas estavam em minha mente, rodavam, rodavam mas não conseguia chegar a uma conclusão do que poderia significar, do que eu poderia fazer diante daquilo tudo que estava acontecendo.

Como ficaria minha relação com Theodoro? Achei que teríamos mais tempo, mas não temos mais! Não teremos mais o nosso sétimo ano, era para termos mais um ano juntos. E agora irei me casar nas férias, terei que cumprir com minhas obrigações como esposa. Só de pensar nesse assunto eu me apavorava, como iria conseguir dormir com uma pessoa que só me destratava?

Resolvi que não ia mais conseguir dormir, olhei em meu pulso 4:26 da manhã. Olhei pela janela, ainda estava escuro. Desci para tomar uma agua, Draco estava lá escorado na porta da cozinha olhando o jardim, era uma porta grande que sempre ficava aberta. Entrei em silêncio, o barulho da água caindo no copo me denunciou, ele não se virou apenas falou em um tom mais baixo que o normal.

- A noite está linda.

- Boa noite Malfoy. - disse não querendo prolongar o assunto.

- Por que ainda me chama de Malfoy? -ele se vira pra mim com real dúvida espantada em seu rosto pálido.

- Esse é o seu nome.

- E em breve será o seu também!

- Tem razão...... -digo pensativa admitindo o que estava tentando negar a tanto tempo.

- Pensou melhor sobre nos mudarmos?

- Não tem o que pensar, já disse que aqui eu não moro. - ele continuou a me olhar, dessa vez com mais atenção. - Se você quiser continuar morando aqui você pode, mas eu vou me mudar.

- Itália? Da onde você tirou essa história de Itália Dandara?

- Eu já te disse.

Ele pareceu pensar um pouco. Estávamos olhando o jardim pela porta da cozinha.

- Então iremos..... -disse por fim.

Confesso que achei que seria mais difícil convencê-lo .

- Quando?

- Ao amanhecer eu posso ver algumas papeladas. Teremos que esperar o casamento.

Voltei para o meu quarto me sentindo até um pouco mais leve, sabendo que agora não iria mais ficar aqui. Não imaginei que seria uma coisa tão fácil convencer Malfoy, eu já sabia dessa tradição dos Malfoy's toda família bruxa com uma mansão é comum que os filhos casem e continuem habitando a residência. Meus pais mesmo moraram com meus avós por longos anos, eu ainda me lembro de poucos momentos com os dois que já eram bem idosos, meu pai sendo o filho caçula de duas irmãs mais velhas acabou herdando a casa com o único herdeiro "legítimo" por ser o homem da família após o falecimento de meu avô. Minhas tias se casaram e foram morar com seus maridos uma habita a Polônia e a outra mora em Petesburgo.

The LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora