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Acordei bem cedo. Pensei se saia ou não da cama. Algo estava me prendendo a ela, talvez a ideia de que eu vou continuar sozinha e esquecida aqui me fez querer ficar mais tempo na cama ou talvez a falsa ideia de segurança, pois aqui não teria de enfrentar Draco e não teria de enfrentar com a minha atual realidade de vida.Voltei a dormir.

E dormi mais do que deveria.

Assim que acordei pela segunda vez no dia levantei me sentindo fraca, olhei e a janela estava aberta, uma brisa fresca entrava e dançava por todo quarto, as cortinas se mexiam no mesmo ritmo. O sol estava se pondo olho para meu pulso e o relógio marca 17:45.

Descendo as escadas encontro Draco sentado no sofá, lendo um profeta diário com uma xícara na mão, provavelmente tomando o típico chá inglês.

A casa estava toda aberta, portas e janelas, a cor alaranjada parecia colorir todas as paredes, e a brisa corria solta por todo assoalho da casa.

Assim que colocou seus olhos em mim ele fechou o jornal e o apoiou na mesinha ao seu lado. Caminhei até ele.

- Por que não me acordou? -o questionei parando e me ecoáramos no braço de sua poltrona.

- Achei que precisava desse tempo. -ele disse me encarando, parecia sincero.

- É...

- Eu sei o que está acontecendo com você Dandara. Eu estive desse jeito.

- Então também sabe que não quero conversar sobre isso.

- Sei, mas é preciso. -ele fez uma pausa esperando que eu disse-se algo -Me diga o que te aflige.

- Nem eu sei ao certo. Me sinto abandonada por aqueles que eu amei. -me sentei ao seu lado enquanto resolvia que talvez o melhor caminho fosse colocar pra fora o que tanto me incomodava.

- Amou? Não ama mais? -me olhou com o cenho franzido.

- Eu não sei o que sentir, parece que não sinto mais nada. Só abandono.

- Eles te abandonaram ou você se afastou? - permaneci em silêncio - Se lembra que, quem se afastou fui eu? Pelo simples fato de achar que ninguém me entenderia ou por acreditar que estava fazendo a coisa certa. As vezes nossos sentimentos são confusos.

Enquanto ele dizia suas mãos foram de encontro às minhas pernas e as ergueram em seu colo, tornando a posição um tanto familiar. Fazemos muito isso quando ainda éramos amigos, Draco costuma ficar assim horas me escutando. Não tinha malícia nenhuma era apenas um carinho, o contato de suas mãos em corpo novamente me faziam me sentir um pouco melhor, como se ele fosse o único que tivesse restado.

- Eu não sei. - eu realmente não sabia como agir, como pensar ou o que falar.

- Podemos dar um jantar. Reunir toda galera, o que acha? -ele propôs tentando arrumar algo para ocupar minha mente.

- Não sei, acho melhor esperar um pouco né?

- Bom, você que decidi. - ele disse fazendo carinho em minhas pernas, que agora estavam em seu colo.

- O que fez o dia todo? -perguntei curiosa ao me lembrar que dormi o dia todo praticamente.

- Comi, tomei um banho, andei um pouco, e resolvi algumas papeladas. -ele disse de maneira simples ao se lembrar de seus afazeres.

- Voldemort não te chamou? Não tem mais nenhuma reunião? -o questionei lembrando do fato dele ser um comensal agora.

- Não... por enquanto as coisas estão calmas. Pelo menos pra mim, soube que os meninos estão atarefados em relação a isso.

The LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora