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Estou deitada na cama e mil coisas atingem meus pensamentos e uma delas é a minha relação atual com Draco, como passamos por tanta coisa, por tantas coisas que ELE me fez passar e agora eu estava gemendo seu nome. Estava o deixando tocar em meu corpo dessa maneira, me expondo para ele. Acho que no fim das contas eu só gostei da sensação de saber que Draco está aos meus pés, percebi que ele claramente está ao meus dispor a qualquer momento.

Não diria amor, seria uma palavra muito forte. E talvez Malfoy nem conheça o real significado de tal, mas algo me diz que ele sente sim algo muito semelhante por mim! O brilho que seus olhos adquirem, o jeito como fala comigo, como está sempre a disposição para mim, como tenta me deixar contente ou quando ele deixa claro que minha escolha será respeitada e concretizada.

Era bom tê-lo, ao meus pés....

Sinto como se minha mente tivesse apagado os últimos meses, o ano passado em geral. É como se fosse outro Draco que estivesse nessa casa comigo, não parecia ser o mesmo que me ameaçava ou que até já tenha me machucado. Não sei como lidar com essa informação, será que ele voltaria a ser daquele jeito? Será que ele voltaria a me odiar? Será que ele imagina que eu beijei Theodoro em sua própria casa?

Espero não descobrir a resposta dessa última dúvida...

Não conseguia colocar na balança as coisas ruins e boas que ele já tinha feito. Agora eu o enxergava com outros olhos, só conseguia sentir o peso de suas boas atitudes para comigo. Parecia que eu não tinha existido, me sentia apenas em um sonho em que todo o ano passado tenha sido apenas isso.... Um sonho!

E Theodoro? O que tivemos foi também parte dessa minha fantasia? Porque agora eu só o conseguia ver como o meu ex namorado que me abandonou, assim como todos os meus amigos. Barto, como eu sentia sua falta. Mas se ele nem se deu o trabalho de vir me ver, ou de mandar alguma carta sequer, por que eu haveria de me importar com sua distância? Eu não conseguia entender porque eles fizeram essa desfeita com a minha pessoa! Até Pansy não me mandou nenhuma carta! Nenhuma.

Agora eu sinto como se eu só tivesse Draco, ele era minha companhia. Acordava e via ele, ia dormir e via ele. Ele era o único que estava ao meu lado, o que não faz sentido, como isso foi acontecer? Eu jamais faria com eles o que estão fazendo comigo, me esquecendo.

E em segundos eu me esqueci da sensação do orgasmo, e da sensação de estar nas nuvens que Draco me deixou. Apenas consigo submergir ao mar de pensamentos que se formava em minha cabeça, eu sentia as ondas ecoando dentro da minha mente, batendo com força nas paredes do meu cérebro. E lá no fundo eu sentia alguma coisa presa tentando sair, talvez já estivesse morta. Afogada.

Me levanto e olho para janela. Já estava escuro, olhei em meu pulso 21:47, como eu fiquei tanto tempo aqui?

A noção do tempo era algo que eu já tinha perdido a um tempo atrás. Ou tudo passava muito rápido ou muito devagar. Como num vislumbre vejo Draco na porta do quarto, parado apenas me olhando.

Pov's Draco

- Você ainda está assim!? -a observei.

A olhei, ainda estava sem roupa. Só agora senti o vento gelado em minha pele, e os pelos espetados pelo frio que entrava pela janela.

-Acho que acabei perdendo a noção do tempo... -olhei de novo em sua direção quando ouvi sua voz e ela se guiará para o banheiro.

- Já está tarde... decidi vir me deitar. -digo percebendo que ela está aqui desde o momento que estivemos juntos na cama hoje a tarde.

Olhei para cama e os lençóis estavam todos bagunçados, os travesseiros desarrumados e o edredom jogado no chão.

Entrando no banheiro, o som da banheira ligada se fez presente em minha cabeça. Meus pés me guiaram para dentro, me encontrava apenas de cueca colocando algumas espumas dentro da banheira. Ela me olha, mas nada é dito. Retiro minha única peça e me sento.

Ela, com os olhos ainda fixos aos meus, retira a sua calcinha e entra na banheira, sinto seus pés gelados em contato com a minha coxa que logo vão ficando quentes pela temperatura da água. A banheira já está cheia, não se ouve mais barulho nenhum. Estávamos apenas nos dois, nos encarando.

- 10 galeões por seus pensamentos! -digo lembrando de nossas brincadeiras de criança.

O clima não era ruim, apesar da cena parecer desconfortável.

-Me sinto abandonada. - sua confissão fez meu corpo todo desacelerar, senti um peso em minha consciência.

-Por que?

-Não recebo cartas, me sinto inútil. -confessa sem expressão nenhuma.

Não sabia o que dizer. Apenas peguei seus pés e comecei a massagear, fui subindo minhas mãos por suas pernas. Ela fecha os olhos e se ajeita, de maneira relaxada na banheira, como se estivesse se deitando.

- Você quer trabalhar? -sugiro

- Não sei... -parece pensar um pouco -com o que você trabalha?

- Eu faço muitas coisas, mas em geral eu cuido da contabilidade da família.

- E como funciona?

- Basicamente eu que verifico os gastos, distribuo dinheiro para os meus pais. Dou uma parte dele para o ministério, você sabe... para continuarmos sendo quem somos temos que contribuir. Assino algumas papeladas e em um dia muito ruim, tenho que cuidar dos assuntos do Lord.

Ela não transmitiu nada, ainda com os olhos fechados parecia quase como anestesiada com toda aquela situação.

- Talvez eu deva virar uma comensal.

- Temo que isso não seja possível Dandara. Lembra o motivo pelo qual estamos casados?

- A não diga que foi por isso? -pela primeira vez ela me olhou nos olhos, com uma cara de falsa surpresa.

Me surpreendi pela sua mudança de humor repentina. Estava em seu estado depressivo a poucos minutos atrás, a hora que entrei no quarto pude sentir a sua Áurea depressiva voltando e agora ela já estava com outro ar, o humor parecia tomar conta de seu corpo.

- E pelo que mais seria? - resolvi entrar em sua brincadeira.

- Ah não sei - devagarinho senti seu pé subindo pelo meu peito, alisando meu corpo - Achei que você me amasse.

Ela estava com um sorriso perverso no rosto, ao mesmo tempo que me assustava eu não conseguia recusar a sua provocação. E em um puxão a senti se aproximando de mim. Tentando se encaixar em meu colo, ela se sentou no pé da minha barriga, ficando cara a cara comigo, na mesma altura. Sinto sua respiração calma atingindo meu rosto, tentei lhe beijar mas ela recuo para trás.

Ela fez um movimento de negação balançando a cabeça. Colocou suas mãos na minha mandíbula apertando o local como se estivesse ditando o ritmo certo que tudo iria acontecer. Senti seu quadril se movimentando em minha barriga, ela só mexia o quadril, seu rosto estava de frente para o meu.

Algo em mim começou a dar sinal e eu já estava ficando louco com toda aquela insinuação toda. Me vi tentado a grudar minhas mãos em seus quadris e a encaixar sobre o meu pau, ela arqueou as costas e tombou a cabeça pra trás, me dando visão de um chupão deixado por mim em seu pescoço. As pontas de seu cabelo molharam na água quente e na hora que ela voltou seu olhar para mim, eles transmitiam malícia pura.

E com movimentos quase que celestiais eu sentia toda a excitação em meu corpo, e o prazer se fazendo presente. Suas unhas grudam em meu pescoço e a cabeça tomba na curva do mesmo que agora já se contraia pela sua respiração estar fazendo cócegas. Os seus gemidos se juntando aos meus e em sua última sentada a senti mole em meus braços, com minha ajuda ela continuou sentando até eu chegar ao meu ápice. Agora nós dois estávamos com o corpo todo relaxado.

Depois de um tempo, ali em silêncio ,eu senti seu corpo adormecer sobre o meu. A carreguei em meu colo até a cama, tentei de uma maneira meio desengonçada secar seu corpo, a cobri e fui me trocar. Quando voltei ela estava com os olhos abertos acompanhando meus passos. Me deitei ao seu lado.

- Se sente melhor? -me perguntei enquanto deitava ao seu lado.

O silêncio foi a sua  resposta, ela se deitou em meu peito.

- Você só precisa de mim Dandara. Eu irei cuidar de você. -disse por fim tentando acalmar ela e fazer ela se sentir segura.

The LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora