Olho pela janela as gotas de água escorrem, solto o ar que estava em meus pulmões e inspiro o ar novamente, as mangas do meu suéter não estavam sendo o suficiente pra me esquentar.
A noite de ontem tinha sido maravilhosa. Acordei faz pouco, só não tive coragem de descer ainda, estava uma manhã fria e a ressaca não estava ajudando muito. Nós ficamos lá sentados apenas olhando para o céu e curtindo a companhia um do outro até o pai de Theodoro aparecer alegando querer ir embora e o menino teve que o seguir para casa.
Quando me ouvi a barriga roncar de fome, senti que era hora de descer para almoçar. O almoço se seguiu tranquilo, meus pais conversando entre eles como sempre, nada fora do normal.
Tive um lembrança um pouco vaga da noite de ontem. Eu e Theodoro sentados no gramado olhando as estrelas. Me lembrei de como o céu estava naquele momento, estava um azul diferente, parecia mais claro que um azul para noite. A iluminação das estrelas estava perfeita, as formas as quais elas se projetavam no céu eram desordenadas, eram únicas!
Quando vi já estava no meu lugar favorito da casa. A varanda da biblioteca. Tinha uma vista linda, para a estufa e ao fundo um imenso gramado que conforme o sol ia se pondo dava a impressão que se conseguia tocar. O sol ia de encontro com o gramado. E a noite, as estrelas eram as únicas coisas que se podia observar. Aquele céu estrelado imenso seria a minha inspiração para o próximo quadro que pretendia pintar.
Mas até o anoitecer iria ter que arrumar o que fazer. Fui ver o que meu pai estava fazendo.
Entrando no escritório encontrei um Rodolphus calmo e tranquilo apenas folheando o profeta diário, sentado em sua cadeira que com certeza impunha respeito a um homem de negócios como papai.
- O que foi? -disse abaixando os óculos e me olhando assim que entrei em seu escritório.
- Nada! - disse simples
- Então o que faz aqui?
- Só vim ver o que estava fazendo. -disse me encostando na mesa -Estou entediada.
- Que bom que veio, tinha mesmo que conversar com você!
Ui coisa boa não iria sair.
- Sua mãe e eu ficamos preocupados quando você saiu de casa sem avisar Dandara!
- Ela não se preocupa com nada além dela mesma pai. - disse me sentando em cima de sua mesa, sentindo uma vontade imensa de deitar.
- Não diga assim da sua mãe, ela chorou de desespero quando não te encontrou em lugar nenhum da casa! Você não imagina o que o Lord pode fazer com aqueles que não o tratam como prioridade. E além do mais, tive que acionar meus Contatos no ministério para saber que você estava segura!
Confesso que fiquei surpresa pela suas palavras, não imaginava que minha mãe podia ter se preocupado tanto assim comigo.
- Eu nem sou uma comensal pai. Não faz sentido eu ter obrigações com voldemorti! -resolvi que não me importava e deitei na mesa, mesmo em cima dos papéis era feita de uma boa madeira iria me aguentar fácil.
- Não diga o nome! Para nós ele é nosso Lord das trevas. - disse enquanto chega mais perto com a cadeira.
- Desculpe...
- Essa semana você irá precisar apoiar Draco. Ele está destinado a fazer algo muito grande, e precisará do apoio daqueles que ele considera importante.
- Quem te disse que ele me considera importante? Me conte outra piada....
- Vocês estão noivos Dandara! São as prioridades na vida um do outro agora. -ele não dizia num tom rude mas ainda sim me advertia.

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The Lestrange
FanfictionDandara Lestrange, filha de Bellatrix e Rodolphus Em um mundo onde Bella não virou uma louca fanática. Onde a elite da sonserina tem um pacto desde a infância, "não se relacionar entre si" mas será q todos irão cumprir esse pacto? Dandara irá desc...