Sem vergonha.

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Aviso de conteúdo sensível: Insinuações a sexo, cenas de sexo e linguagem extremamente explícitas, uso de drogas lícitas e violência física.

Esse capítulo não tem a intenção de incentivar absolutamente ninguém a reproduzir o que está escrito! (Acho que é meio óbvio, mas prefiro declarar).

A música usada no capítulo foi a Shameless da Camila Cabello.

Beeijo da autora! 💙

— Vamos, escolha algo para comer. — Serena falou olhando o corpo desnudo de Flora deitado na cama.

Colocou as coisas em cima do pano aberto no colchão, haviam bolachas, pães, torradas pequenas, um pote de mel, bolo e frutas.
A morena se sentou na cama amarrando os cabelos, também estava nua, notou os olhos azuis percorrendo pelo seu corpo.
Não haviam feito nada, só estava calor demais e como tinham total intimidade optaram por ficar despidas na casa que tinham em conjunto.

— Estou sem fome, muito obrigada. — Acariciava sua própria barriga, destraída.

— Mas você sabe que precisa, falo sério, dona Flora. Não quero você desmaiando novamente. — Reclamou indignada.

Da última vez a ruiva havia desmaiado caindo por cima de Serena, chamaram a curandeira da comunidade e dona Narciza concluiu que poderia ser apenas fraqueza, não tinha muito a se fazer, apenas recomendou que Flora melhorasse a sua alimentação.
E a morena estava fazendo o papel de cobrá-la em quase todos os momentos, já que a moça pálida também havia apresentado dores de cabeça e que sua amada havia se certificado de que ela realmente não comia direito se não tivesse alguém que lhe cobrasse.
Acabou que naquele dia Serena esqueceu de toda a raiva que sentia, estava preocupada demais com a sua amada, ainda que tivesse sentido mais ódio no final do mesmo dia, quando Ezequiel chegou do trabalho e fingiu se importar, fazendo cena para todos e ouvindo elogios de que era um ótimo marido.

— Prove, doce. — Serena terminava de passar o mel no pequeno pão torrado, acabou sujando seu dedo indicador no processo.

— Eu não quero, amor. — Ela se negou com a cabeça.

— Vamos, você vai gostar. Eu já te ofereci de absolutamente tudo aqui, não quero você passando mal... Não anda comendo direito. — Reclamou colocando o alimento na frente da boca da amada.

— Mas eu não quero. — Flora fez beicinho tentando convencer a morena. Apenas recebeu uma erguida de uma única sobrancelha e sentiu o pão colar em seus lábios, sujando eles de mel. Foi obrigada a aceitar.

Abriu a boca e abocanhou o pão, era pequeno, então cabia inteiramente em sua boca, apenas em contrariação mastigou ele rapidamente e o engoliu, havia gostado muito da junção, certamente provaria mais vezes.
Antes mesmo que Serena limpasse seu dedo, Flora segurou a mão dela impedindo-a, deixando a moça intrigada. Levou o dedo sujo até a boca, limpando-o com sua língua, onde lambeu e sugou.
A morena prendeu o ar nos pulmões em nervoso, segurando o suspiro  por sentir a quentura e a maciez em seu dedo, fazendo questão de encarar bem a ruiva enquanto ela fazia. Capturou o lábio inferior entre os dentes mordendo-o e se divertindo com a situação.

— Você gostou? — Perguntou de um jeito arrastado vendo a sua companheira liberar o seu dedo.

— Muito. — Flora sorriu de um jeito totalmente cafajeste. — Até aceito outra vez. — Respondeu surpreendendo Serena. — Na verdade, pode deixar que eu me sirvo.

Serena soltou a respiração acalmando-se porque seu corpo havia entrado em estado alarmante e ela não conseguia disfarçar. Mas ele voltou para o mesmo estado quando sentiu a mão quente e grande de Flora pegar seu rosto apertando suas bochechas, mas sem tanta força, seus lábios não saltaram.
Viu ela se aproximar e a ansiedade parecia querer lhe matar pois não havia entendido nada, até sentir a língua molhada lhe acariciar de novo, no canto da boca, ofegou vergonhosamente totalmente sensível.

Cartas para Flora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora