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Esther voltou ao lugar de antes, virou o drink goela a baixo e fez uma careta assim que o gosto amargo foi sentido.
— EU NÃO ACREDITO. — Gritou Lia nos ouvidos de Esthé que no instante a encarou irritada.
— O que foi?!
— Eu não tinha reparado no que estava acontecendo e muito menos quem estava te olhando, você sabe em quem acabou de dar um fora?! — Dizia a amiga irritada, como se a mais velha tivesse lhe acertado um tapa na cara.
— Em mais um babaca?
— Não meu anjo, TOM KAULITZ. — Quando Lia pronunciou o nome, Ari arregalou os olhos.
— Tom Kaulitz? O cara do Tokio Hotel? — Argumentou Ari.
— Eu não conheço, e vou continuar sem conhecer.

Depois de muita dança Esther saiu do meio do grupo e foi direto para o banheiro, era um corredor escuro com algumas luzes negras que o deixava neon, mas não era algo muito forte, diria que apenas para clarear um pouco o local, a morena se pôs em frente a pia e lavou as mãos, gostaria de passar água em seu rosto pelo calor que sentia, mas não seria possível já que esta estava usando maquiagem.
— Mas que droga.
Pronunciou sozinha já que não havia ninguém no banheiro, bom era o que ela achava.
— Olha o que temos aqui...
Por algum motivo reconheceu a voz, era o engraçadinho que mais cedo a encarava como um pedaço de carne, virou o rosto  na direção que a voz era produzida e ao ver os dreads confirmou que realmente era Tom.
— Peço desculpas por mais cedo. — o tom na voz já não parecia o mesmo de antes, de autoconfiança, era mais calmo.
— Certo, aceito suas desculpas.
A garota voltou a se olhar no espelho tentando ignorar a presença do outro ali.
— Agora eu quero confirmar uma coisa — Durante a frase a voz se aproximou o que fez Esther olhar para ele novamente mas era tarde, seu corpo foi prensado contra o mármore gelado da pia.
— Mas que porra você acha que está fazendo?!

Com agilidade a morena foi virar para frente do homem, Tom tocou em seu queixo o erguendo, olhos nos olhos mais uma vez, aquele mesmo sentimento, Esther era mais uma vez um pedaço de carne.
As mãos firmes subiram pela cintura da garota, cada pedaço de seu corpo a caminho da nuca foi acariciado por Kaulitz, até que seu cabelo foi agarrado e sua cabeça puxada para o lado, aqueles malditos lábios se aproximaram no ouvido de Esthé, a bolinha gélida do piercing foi roçada contra a fina pele quente, muito quente.
— Quero confirmar se realmente não quis vir até mim, se naquele momento a sua intenção não foi chegar perto de mim, e se agora você realmente está tão firme a ponto de não querer me beijar.

O desgraçado era realmente bom nisso, ele soube exatamente o que fazer com a dançarina, ele soube aonde fazer, como falar e aonde tocar, era impossível Esther não demonstrar o que estava se passando com seu corpo naquele momento.
— Para.. — Assim que pediu, beijos começaram a ser distribuídos por seu pescoço.
Ela pediu para ele parar, realmente pediu, por que não queria dar a ele o que queria, ela não daria isso a ele, apertou o braço de Tom com força quase cravando suas unhas sobre a pele do homem, então, já não aguentando mais aquela proximidade tão íntima e calorosa o empurrou para trás escapando da armadilha do lobo.
— Se veio aqui confirmar isso, perdeu seu tempo. — Se tinha algo que sabia fazer, era fugir de situações, e com ele não seria diferente.
— Para que se esforçar tanto? Quer esconder isso por que? Ah, qual é. — Tom a questionava enquanto deslizava as mãos por seu rosto impaciente.

A morena decidiu brincar com o ego do outro, seria fácil, ela já sabia que seria fácil o fato de lhe negar um beijo o deixava completamente maluco.
Se aproximou do corpo que a pouco havia empurrado e subiu com as mãos pelo peitoral ao chegar na nuca o puxou para mais perto de seu rosto e sorriu.
— Quer tanto um beijo assim Tom? — Ele concordou com um sorriso de canto, era nítido que ele já se sentia vitorioso.
— Pois saiba que nunca vai ter isso. — Ao provoca-lo com a frase a expressão deste já mudara, estava incrédulo mais uma vez, antes de sair Esther lambeu entre os lábios do homem apenas com a pontinha de sua língua o que já o fez fechar os olhos, a morena riu e saiu andando o deixando plantado lá.

— Você vai pagar garota, você vai.

[...]

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora