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Ao escutar o grito Esther abriu os olhos, se espreguiçou e virou-se para o lado e então viu Tom adormecido, mais um grito, se levantou desesperada e ao sair da cama estava nua.
— MEU DEUS! — Puxou o lençol da cama e se enrolou, Tom estava assustado e a olhava com um sorriso mínimo no rosto.
— Bom dia princesa.
— VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO. — Saiu do quarto e deu de cara com a amiga na mesma situação as duas se olharam e gritaram juntas em um surto.
— ESTHER?
— SOPHI?
— VOCÊ TA AQUI TAMBÉM?
— E VOCÊ TAMBÉM?
— A GENTE?!
— EU NÃO SEI!
Os irmãos saíram dos quartos rindo e então se cumprimentaram, eles estavam tranquilos enquanto as duas surtavam.
— Não sei por que tanto escândalo. — Tom se escorou na porta.
— Ah não sabe, eu dormi com você caralho, EU NÃO LEMBRO SE A GENTE...
— Não, a gente não. — Ele falava calmo.
— E nem a gente Sophi. — Complementou Bill.
As duas se olharam aliviadas, mas mesmo assim a situação de ambas peladas apenas enroladas naquelas cobertas era desconfortável, entraram nos quartos cada uma no qual dormiu e trancaram os gêmeos para fora, procuravam por suas roupas e se vestiam desajeitas, após abrirem as portas os Kaulitz as esperavam do lado de fora.
— Terminaram?
— Terminamos, e estamos de saída.

Saíram do quarto de hotel e entraram no elevador.
— Você lembra de alguma coisa?
— Quase nada Sophi, quase nada mesmo.
Ao entrarem em seu quarto, as amigas estavam desesperadas.
— A GENTE TA NA TV! — Chorava Ari.
— Meu pai vai me matar, ele vai. — Celine abraçava as pernas desolada.
— A GENTE TA O QUE? — Esther arregalou os olhos.
— Irmãos Kaulitz do Tokio Hotel foram vistos com um grupo de amigas em meio a amassos, após a festa foram vistos juntos entrando em um hotel.— Aila lia a reportagem calmíssima.
— Não, não, não. — Esther soltou sua bolsa em cima da cama.
— A gente já era.
Os telefones das garotas tocavam, entre mensagens, e-mails, telefonemas.
— Ah que ótimo, estou sendo ameaçada de morte. — Celine olhava de relance as mensagens em seu telefone.
— Ari, aquela foto ali...
— A GENTE SE BEIJOU? — Lia e Ari agora se olhavam tampando a boca desacreditas, estava tudo um caos.
— Se beijaram muito. — Confirmou Aila.
— Eu dormi com o Tom.
— E eu com o Bill.
O pânico foi atrapalhado com a campainha de seu quarto sendo tocada, lentamente Sophi se aproximou da porta e a abriu devagar.
— Bom dia fugitiva. — Disse Bill esperando a porta ser aberta, e assim ela foi.
— Vocês viram a merda? — Perguntou Esther.
— Sim a gente já viu, e já foi avisado.
— É normal a gente estar com mulheres em festas, a diferença agora é que vocês são um pouco conhecidas por conta do grupo de dança, e também tem muitas fotos, fotos bem íntimas. — Bill explicava calmo enquanto se escorava na mesa do quarto.
— Vocês precisam fazer alguma coisa. — Implorou Sophi.
— A gente não pode fazer nada, nada mesmo, já está divulgado.
— O pior vai passar, e como vocês vão estar junto com a gente de novo não vai ser mais um choque.
— Ah sim claro, TUDO NORMAL NÉ TOM.

O grupo se acalmou, respondiam as mensagens dos pais e se explicavam, Tom e Bill conversavam ao telefone com sua equipe tentando convencê-los a abafar a situação.
— Hoje temos um show, é só a gente fazer alguma coisa que seja maior que isso. — Bill deu a ideia.
— Vamos pensar em algo, agora se arrumem, vocês já vão com a gente para o lugar do show, para que não cheguem na hora que a multidão esteja maior.

[...]

As garotas se arrumaram, preocupadas ainda com o que lhes poderia acontecer, era normal o nervosismo, mas o gêmeos estavam levando aquilo como algo do cotidiano, para eles era algo comum.
— Podemos ir. — Liderou Sophi.
Os gêmeos as guiaram para a van da banda aonde dentro dela já estavam Georg e Gustav.
— Então essas são as famosas meninas. — Disse Georg.
— São elas mesmo. — Confirmou Tom.
Esther iria se sentar no banco com Sophi, mas foi puxada por Tom a se sentar a seu lado.
— Ta querendo fugir de mim? — Perguntou ele a encarando.
— To, eu to sim.
— A gente já dormiu junto, não precisa fingir que somos estranhos ainda.
— Devo te tratar como? Meu namorado? — Debochou ela fazendo careta.
— Como quiser, contanto que esteja comigo quando eu quiser e quando eu pedir.
O olhou surpresa, era muita cara de pau, ele não tinha vergonha de falar nada, era direto até demais.
— Você não tem jeito nenhum. — Dizia ela.

[...]

Desembarcaram da Van e foram para os bastidores, os garotos começaram a se arrumar enquanto as seis meninas se sentavam em um sofá conversando, o assunto de mais cedo pareceu ser esquecido, já riam e conversavam sobre outras coisas.
— Quando estivermos com eles, não vamos beber. — Pontuou Sophi.
— Concordo. — Disse Esther.
— Vão sim. — Retrucou Tom de longe, futricando a conversa das amigas que logo lhe deram o dedo do meio que o gêmeo viu pelo reflexo do espelho enquanto arrumavam seus dreads.

O show começou e com os gritos a banda iniciou a primeira música, Ari agia como uma fã maluca e cantava junto a eles, enquanto as outras apenas observavam, mas se mexiam com o ritmo que Tokio Hotel tocava, Esther tentava levar seu olhar para outras coisas, mas Tom a chamava a atenção, o jeito de tocar e o jeito de agir era deveras encantador ele era colírio para seus olhos, ele era o pecado sobre a terra, mexia com ela de uma forma inexplicável, Tom era irresistível e ela não estava nem um pouco afim de resistir mais, mas o ver ir atrás dela era tão satisfatório a deixava ainda mais instigada a continuar com essa brincadeira de "não me toque".
— Tom Kaulitz. — Disse ela com um sorriso em seu rosto.

Mais uma música começou a ser tocada, e para a surpresa de Esther ela conhecia a música, era Moonson, uma música que ela conhecia e ouvia em seu quarto muitas vezes, já se passava de uma hora de show quando um desastre aconteceu durante a música, o cabo a guitarra de Tom simplesmente arrebentou das caixas, o que fez Bill perder o ritmo por conta da falta do instrumento.
— O CABO DA GUITARRA! — Gritou alguém da produção.
Gustav e Georg tentaram improvisar um solo da música mas sem a guitarra, ficou difícil para o resto da banda, Esther saiu correndo para trás das cortinas e pediu desesperada por uma guitarra.
— Eu posso ajudar, mas preciso de uma guitarra!
Dois dos membros da produção se olharam receosos mas a providenciaram uma guitarra com agilidade, quando esta pegou o instrumento começou a tocar as notas junto aos meninos no palco, Tom olhava para Bill tentando entender o que estava acontecendo.
— Continua cantando Bill! — Gritou do lado do palco o homem da produção e então Bill voltou a controlar o ritmo da música.
Tom agora apenas performava a música pois sua guitarra não funcionava, quando a banda finalizou a música se despediu dos fãs e saíram do palco, quando estavam indo para trás das cortinas puderam ver Esther com a guitarra a soltando sobre uma mesa.
— Esther?
— Surpresa. — Disse ela feliz por ter ajudado, então Bill a abraçou como agradecimento.
— Porra eu não sabia que tocava guitarra. — Disse Bill animado.
— Eu sou boa nisso, e essa era a única música que eu conhecia de vocês e nem sabia que era de vocês.

Ao olhar para Tom este estava com uma expressão de orgulho e admiração, algo que ela se encheu de alegria, naquele momento se tornou sensível e ainda mais quando Tom a abraçou.
— Muito obrigada Esther. — Disse ele a abraçando.
— Era o mínimo que eu podia fazer.
Infelizmente aquele momento foi quebrado quando as amigas chegaram elétricas e felizes pela amiga, se abraçaram e pularam juntas comemorando a participação da amiga, mesmo sem Esther ver, Tom ainda a admirava de longe.

— Ela vai ser minha, apenas minha.
Disse baixinho para sí mesmo.

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora