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Esther assim que saiu correu para uma rua diagonal a da balada, estava irritada consigo mesma.
— Como eu fui tão idiota? Eu dei exatamente o que ele queria? EU SABIA DESDE O COMEÇO QUE ISSO ACONTECERIA.
Ignorava as ligações e mensagens das amigas, apenas queria ficar sozinha, chutou uma lata de lixo que havia em seu lado, lembrou da última noite, alguns flashes passavam em sua mente e ela se odiava ainda mais por ter cedido aos encantos do desgraçado, ela odiava isso, em toda e qualquer relação que a pequena já havia tido em sua vida foram dessa forma, usada e jogada fora, era o pior sentimento que ela poderia ter, e de novo? De novo não.
Se escorou na parede de um prédio e deslizou até se sentar no chão pensativa, apenas queria ir embora, queria voltar para sua casa e esquecer tudo, esquecer Tom Kaulitz, mas era impossível, era apenas nele que ela pensava, não conseguia evitar por mais que quisesse e por mais raiva que sentia dele naquele momento.
Se odiava, se odiava ali sozinha.
Maldito seja Tom Kaulitz.
Maldito seja.

[...]

O tempo passou e ela se deu por conta que estava sozinha em uma rua escura e isolada, então se levantou e olhou para os lados tentando se achar.
— Eu não fui tão longe assim.
Pegou seu telefone mas a bateria havia acabado, então não tinha contato com suas amigas.
— Droga!
— Precisa de ajuda princesa? — Uma voz do outro lado da rua lhe fez virar rapidamente, era um garoto, um grupo de meninos, naquele instante ela ficou com medo, estava sozinha.
— Eu estou bem, estou voltando para meus amigos.
— Por o que vejo você está sozinha, e não tem ninguém aqui. — Eles se aproximavam dela.
— Fica longe.
— Quero ajudar, apenas isso. — Ele levantou seu telefone. — Precisa ligar para alguém não é?
Ela pensou melhor, e talvez ele quisesse apenas ajudar.
— Preciso.
O grupo atrás do menino se aproximou e então ela mais uma vez se escorou na parede, estava cercada.
— Vou precisar de um favor para que use meu telefone.
Ela ficou em silêncio, agora ele estava a sua frente, tocou seu queixo e a fez olhar para seu rosto, os outros riram maliciosos e ele olhou para baixo, Esther entendeu na hora e então segurou o choro, aquilo não poderia estar acontecendo, e então não conseguiu segurar e começou a chorar.
— A não, não, não chore, vai ser rápido.
Virou o rosto tentando tirar as mãos daquele nojento de seu rosto.
— EI! — Escutou o grito de sua amiga, sua luz e salvação naquele momento.
— Que ótimo, mais amigas, agora todos aqui podemos nos divertir.
— Não só amigas. — Tom apareceu junto com Bill, Georg e Gustav do outro lado da rua, quase que surgiram da escuridão, Esther não pode esconder a expressão de desgosto ao ver Tom.
— Solta ela. — Disse Tom, retirando sua jaqueta.
— Ah, e se eu não quiser. — Disse o abusador enquanto se virava agora para Tom e os meninos, nesse momento Esther correu para sua amigas mas seu braço foi puxado por um dos meninos.
Ver aquela cena fez o sangue de Tom ferver que logo partiu para cima, eram 3 meninos contra os 4, o primeiro levou um soco de Tom que caiu no chão, Bill acertou o íntimo do outro garoto que caiu também de joelhos no chão.
Esther conseguiu escapar dos braços daquele imundo e correu para os braços de suas amigas que a acolheram.
— E agora grandão? — Intimou Tom ao desconhecido.
Em um piscar os quatro foram para cima dele, com socos e chutes, deixaram o menino jogado sangrando.
Tom olhou para Esther assim que finalizou o que precisava.
— Esther..
— Não, não quero que fale nada, não quero ouvir nada de você.
— Por favor, só me deixa conversar com você.
— NÃO! — Se soltou das amigas.
— Tom, agora não. — Alertou Bill.
— Por favor.
— Vamos meninas, vamos embora.
Se virou com as outras cinco e caminharam de volta para a balada, pediram um taxi e voltaram para o hotel.
Tom enquanto encarava sua garota ir embora fechou os olhos.
— DROGA! MAS QUE MERDA! — Jogou seu boné no chão.
— Agora não adianta se lamentar, vamos sair daqui antes que alguém chame a polícia. — Disse Bill colocando suas mãos nos bolsos caminhando a frente, os quatro entraram na van e também voltaram para o hotel.

[...]

Nenhum dos dois aquela noite dormiu.
Foi uma noite dolorosa.
Arrependimento.
Arrependimento de Tom pelo o que fez, e de Esther por ter acreditado nele, por ter se rendido.

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora