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Depois de se despedir de Tom a garota foi para o quarto das amigas já sendo bombardeada com perguntas, e com suas respostas veio o surto, os gritos e os pulinhos das amigas pela noite de Esther e ela não as poupou de detalhes.
— Bom agora não precisa fingir que é caidinha por ele, e se fazer de difícil. — Riu Sophi.
— Era muito notável?
— Você não é boa em fingir Esther.

Era verdade, Esther estava completamente caidinha por Tom Kaulitz, e agora ela reconhecia isso, não negaria mais nada e não esconderia dele, mas ela precisava saber e ter certeza de que Tom estaria do mesmo jeito com ela, precisava saber disso.
Em uma semana Bill e Sophi estavam inseparáveis e o mesmo era com Esther e Tom, os quatro não se desgrudavam, iam em festas, dormiam juntos, e saiam jantar, Ari, Celine e Aila, não se importavam com a proximidade de ambos, estavam felizes pelas duas amigas muito felizes, era uma realização, contanto que as duas não saíssem feridas disso, porém, o fim da viagem das amigas estava chegando, elas não queriam ligar para isso queriam aproveitar cada momento, Bill e Tom tentavam adiar todos os compromissos para permanecer na cidade, mas estava ficando difícil, Gustav e Georg já não estavam aceitando tão bem os cancelamentos de shows, as entrevistas adiadas, eles tinham um compromisso como banda e estavam anulando isso por conta das duas, o que fez algumas discussões começarem a surgir, e estava os afetando.

— Vocês curtiram, e aproveitaram com elas, mas se não querem atar um relacionamento de verdade precisam se tocar porra, temos músicas para gravar, shows para fazer e vocês estão cancelando tudo para ficar aqui. — Disse Georg.
— Vocês precisam decidir o que querem. — Complementou Gustav.
— Por que nosso voo é amanhã.
— Amanhã?! — Bill ficou em choque.
— Não a gente precisa de mais tempo! — Tom o olhou.
Bill abaixou a cabeça e respirou fundo.
— Tom eles tem razão.
— Do que você ta falando cara?
— A gente precisa fazer isso, precisamos ir.
— Bill mas..
— Foram férias boas, mas precisamos cumprir com nossos compromissos como banda, não é só sobre eu e você.
Tom se levantou e negou com a cabeça.
— Eu nunca conheci ninguém como a Esther, nunca quis seguir nada com nenhuma menina, e não quero acabar com isso assim,  e as meninas viraram nossas amigas, achei que pensava o mesmo sobre a Sophia.

Ele saiu do quarto e desceu para o bar do hotel, ascendeu um cigarro e pediu um copo de whisky, precisava pensar, precisava pensar no que fazer e o que falar, seria seu último dia.
Seria seu último dia com Esther?

Quando terminou sua bebida o garoto mandou uma mensagem para Esther pedindo que a mesma fosse ao bar, ao que viu a mensagem a morena se arrumou rapidamente e desceu animada para o local combinado.
— Bom dia Tom! — o cumprimentou com um beijo.
— Bom dia. — Na hora em que ele respondeu ela pode ver em sua expressão que algo estava errado.
— O que aconteceu?
— Preciso conversar com você.

Enquanto pensava antes da menina chegar, ele sabia que seria doloroso demais para ela acabar assim, mas o que ele decidiu fazer acabaria mais com ele do que com ela, mas foi o melhor que ele pode fazer.
— A gente não pode continuar.
— Continuar o que?
— Com a gente.
Ela ficou tensa, a postura mudou na hora em que ela entendeu.
Mas qual era o plano dele?
O plano de Tom era que acabasse com tudo, e ela sentisse raiva dele, na cabeça dele seria mais fácil ela o odiar do que qualquer coisa, então teria que a ferir de verdade agora.
— Mas por que?
— Por que você confundiu tudo entre nós, eu queria um passatempo, alguém que me acompanhasse enquanto eu estivesse aqui, e você pensou que eu sentia algo por você, e eu meio que quis isso, assim você estaria comigo sempre que eu quisesse e poderia transar contigo quando eu bem entendesse.
— Tom?
— Espera, você achou que realmente eu queria algo com você? Por que eu não sei se você sabe, mas eu sempre tive qualquer uma, sempre consigo quem eu quero, de show em show e de noite em noite, e você apenas foi mais fácil de ter, eu tive que fazer um showzinho e fingir um interesse maior, mas você não passou de mais uma Esther, então eu espero que não me procure mais e também não divulgue nada sobre a gente, a mídia vai esquecer de você assim como esqueceu de outras meninas, foi passageiro.

E lá estava ele, atuando, e muito bem, o coração dele estava doendo em falar aquilo para ele mas na cabecinha minúscula dele iria funcionar e tudo ficaria bem, Esther escutava tudo sem falar uma palavra, sem mover um músculo sequer.

— Eu estava certa sobre você desde o começo, e deixei me levar por um sentimento idiota, eu confiei em você Tom. — Os olhos da garota agora transbordavam em lágrimas. — Eu amei você Tom.

Quando ele ouviu essa frase, seu mundo desmoronou, seu coração se partiu em pedaços, ele queria abraça-la, beija-la e falar que era tudo mentira, que ele também a amava, e que estava disposto a passar por tudo para ficar a seu lado, mas ele não podia, ela precisava passar por isso para poder seguir em frente.
— Não se preocupe com nada, eu não irei atrás de você, e não vou falar nada para ninguém. — Ela se levantou, mas antes de sair o olhou no fundo dos olhos.
— Eu te odeio Tom, eu sinto nojo por cada momento que passei do seu lado, seu babaca de merda, manipulador, insensível e... — Ela queria falar mais, queria, mas parou por ali e apenas saiu, a cada passo em que dava para longe de Tom deixava todos os momentos para trás, mas para deixa-los ela teve que passar por eles, então mais uma vez os flashs, passavam como um filme, o beijo, o sexo, o carinho e o amor, cada passo para longe dele doíam cada vez mais, passavam como facadas em seu peito, e quando ele a viu entrando para dentro do elevador foi sua vez de desmoronar, caiu em lágrimas, eram lágrimas de desespero a dor mais forte que ele já havia sentido em sua vida, estava deixando a primeira menina que amou ir embora, e pior, achando que ele não a amava quando na verdade amava.

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora