46 - O amor vive mesmo ápos a morte.

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[...]

Tom conseguiu ser feliz ao lado de sua filha, Bill e Sophie ficaram na casa juntamente com sua filha Zoe, e para ela a prima mais velha Katherine era como uma irmã mais velha, a banda infelizmente se separou por conta da idade, Gustav e Georg já possuíam suas esposas e filhas, claro que se visitavam algumas vezes todo reencontro sempre era uma festa, Katherine virou uma mulher independente, mas não largou de morar com seu pai, Tom sentia que sua filha era seu porto seguro, ela era idêntica a mãe, os traços físicos e sua personalidade eram totalmente de sua falecida mãe, quando atingiu seus 30 anos ela acabou se dedicando a sua carreira de escritora e publicou uma história baseada na história de seus pais, era realmente uma linda história e claro que Tom a ajudou com todos os detalhes possíveis, mesmo não a conhecendo e não se lembrando da mãe, Katherine conseguia sentir que era ela que a protegia, dos perigos, dos pesadelos, era seu anjo da guarda, ela jurava a seu pai que inúmeras vezes podia sentir sua mãe consigo, toda vez ele sorria e abaixava a cabeça ao se lembrar de Esther.

— Sua mãe pediu que eu cuidasse de você e a protege-se, talvez ela está se certificando que eu estou fazendo um bom trabalho. — Tom tocou o rosto de sua filha.
— E você está pai, está fazendo um ótimo trabalho, ela deve estar orgulhosa! — Katherine é puxada para um abraço.

[...]

Alguns anos depois...

Tom já beirava seus 70 anos, viu sua filha se casar, pode ver sua filha viver um lindo amor, e recebeu de presente um lindo netinho, Tom era muito apegado ao garoto e como um bom avô ensinou o garotinho desde novo a tocar guitarra, aos 11 anos o pequeno já tocava algumas músicas da antiga banda de seu tio e seu avô, diversas vezes Bill e Tom montavam um pequeno show na casa para Eric apresentar as músicas do Tokio Hotel, eles amavam.

Diversos problemas de saúde afetaram a vida de Tom, a idade o pegou de jeito, foi inevitável, se viu internado em um hospital por insuficiência respiratória, seu corpo estava fraco, sua filha Katherine, Bill, e seu netinho estavam em beira a cama, toda a família estava no quarto, inclusive Georg e Gustav enquanto choravam vendo a situação de Tom.

— Eu vivi, eu fui feliz, isso que importa....
Katherine pegou na mão de seu pai.
— Eu não estou pronta para te perder pai.. — Ela deitou seu rosto sobre a mão de Tom.
— Não ouse me deixar aqui sozinho. — Bill se sentou ao lado da cama enquanto seu rosto era molhado pelas lágrimas a todo momento.
— Bill.. — Tom falava com dificuldade por conta da máscara de ar que usava. — O melhor presente que a vida poderia me dar, foi me dado logo após 10 minutos que nasci.
Para Bill, ouvir aquilo foi doloroso demais, toda a sua vida viveu ao lado de seu irmão mais velho, e ver ele partir, era uma dor insuportável.
— Katherine..— Tom olhou para sua filha. — Você foi um susto, literalmente, quando sua mãe me disse que estava grávida pensei em pular da janela do quarto.
Todos riram de Tom, era incrível como ele podia arrancar um sorriso de todos mesmo estando a beira de sua morte.
— Mas você sem dúvidas é a melhor coisa que eu poderia ter feito, você eternizou o amor meu e de sua mãe no seu livro, e vai poder sempre lembrar de nós quando olhar para ele, e agora vai ter dois anjos da guarda te protegendo de todo o mal.
Katherine chorava com o rosto sobre a mão de seu pai.
— Eric, meu netinho. — O garotinho se aproxima de seu avô. — Quero que prometa uma coisa para mim.
Ele concorda com a cabeça.
— Quando você estiver famoso, e bonitão como o vovô era, vai tocar uma das músicas do Tokio Hotel, e regravar ela, qualquer uma, promete?
— Prometo vovô! — Ele faz o toquezinho com as mãos que ambos haviam criado.
— Georg e Gustav..— Os dois amigos ficam logo atrás de Bill em pé.
— Fala espanador.. — Georg limpava as lágrimas.
— Vocês foram irmãos para mim e eu amo vocês pra caralho, pra sempre Tokio Hotel.
Bill, Georg, Gustav e Tom tocam suas mãos.
— Pra sempre..— Eles falam juntos.

Tom deu seu último suspiro as 21:40 da noite naquela quarta-feira fria, seu último sorriso, sua última despedida, o mundo havia perdido um grande guitarrista mas havia recebido uma bela estrela no céu.

Os choros vindos daquele quarto era ouvidos pelas pessoas de fora, Bill sai do quarto e se senta no chão do corredor agonizando pela perda de seu gêmeo, Katherine abraçava o corpo de seu pai pedindo a Deus que não o tirassem dela, Georg e Gustav estavam abraçados chorando enquanto suas esposas tentavam os consolar, seu neto infelizmente entendeu o que havia acontecido e uma lágrima escorre por seu rosto, ele vai até sua mãe e a abraça, algumas enfermeiras eram fãs da banda na época passada, e choravam também, fãs antigas e fãs novas da banda pelo mundo todo choraram pela perda de Tom Kaulitz assim que sua morte foi divulgada

— Bom reencontro papai, a mamãe está te esperando, agora podem ficar juntos para sempre..— Katherine beijou a testa de seu pai.

[...]

"Até que a morte os separe."

O que essa frase significa para você?
Será que a morte realmente separa um amor?
Eu acredito que além do carnal, existe sim uma forma de reencontrar um amor perdido após a morte.

[...]

Tom acorda sobre a cama do hospital, se sentia mais vivo do que nunca, mas estava jovem, sua aparência era a mesma de quanto tinha seus 20 anos, se levantou da maca e olhou ao redor, o quarto era muito claro, e uma luz mais forte ainda vinha da porta, aquela luz o cegava, usava uma calça e camisa branca, descalço ele andou para fora daquele quarto, e se deparou com um belo jardim, um infinito jardim em meio a uma floresta fechada, ao olhar para trás aquela porta o qual acabara de sair não estava mais ali, ele sentia a grama em seus pés, se sentia vivo, mas ele sabia que não estava.

— Tom? — Aquela voz doce, ele se virou rapidamente quando ouviu aquela voz.
— Esther? — Seus olhos se encheram de lágrimas, ela estava em meio a flores.

Imediatamente ambos correram em direção um ao outro, Esther pulou no colo de seu amado e o abraçou, ele a agarrou com tanta força que não a soltaria, ele não a soltaria de forma alguma.

— Minha pequena..

Um reencontro de almas, um amor que não pode ser realizado em vida, mas agora, após a morte, um amor que agora seria eterno, um destino traçado para todo o sempre, almas destinadas e conectadas, algo que nem a morte pode separar.

[...]

Tom will forever be mine.
Esther will forever be mine.

...

Dear Lord, when I get to heaven
Please let me bring my man
When he comes, tell me that you'll let him in
Father, tell me if you can
All that grace, all that body
All that face, makes me wanna party
He's my Sun, he makes me shine like diamonds.

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora