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Acordaram praticamente juntos, menos Esther, ela permaneceu em seu quarto trancada e ela não sairia de dentro dele por nada.
— Ela não vai sair né. — Tom olhou para Sophi e ela o respondeu negando com a cabeça, ele se levantou e caminhou decidido até a porta do quarto da jovem mas foi segurado por seu irmão.
— Tom.
— Eu preciso resolver isso.
— Deixa ela.

Tom entendeu que seria melhor assim, ele simplesmente aparece na casa dela depois de um ano, e depois de tudo, seria melhor a deixar sozinha naquele momento, então, apenas se afastou da porta e voltou a se sentar no sofá.
— Vai chegar o momento certo de resolver tudo, mas agora não.
— Esther mudou muito Tom, eu mesma não a reconheço como antes, cuidei dela nas piores noites e entendo o por que ela mudou, se tornou mais fria, mas sozinha, mais quieta, nunca mais dançou, nunca mais mesmo. — Disse Esther o encarando.
— E eu passei pelo mesmo, não é Tom? — Bill segurou na mão do gêmeo. — Ele precisa resolver isso com a Esther, viemos pelo show em segunda prioridade, a primeira é...
— A Esther. — Disse Tom. — Eu preciso dela.

Por um segundo de silêncio, puderam ouvir Esther no quarto tocando sua guitarra, Sophi olhou para Bill e sorriu.
— Pelo menos agora ela faz isso, ao invés de chorar, ela toca, foi a forma que ela achou de descontar o que sente.
— Ela toca melhor que você Tom. — Georg estava impressionado.

Tom nem os escutava, apenas levantou e se escorou na porta do quarto de costas, então se sentou em frente a ela e fechou os olhos, Bill ficou realmente emocionado ao ver aquela cena, o sorriso de Tom o fez ter certeza da grandiosidade que era o amor que ele sentia por Esther.
Era lindo e doloroso.
Esther tinha o coração de Tom em suas mãos e naquele momento ela apenas o esmagava, pisava e maltratava, mas mesmo assim Tom não o tirava de suas mãos, ele continuaria sacrificando seu coração a ela quantas vezes fossem necessárias, seu coração continuaria sangrando até o último instante.

No quarto, Esther não suportava ter que relembrar tudo, mas foi automático, sentada abraçada em suas pernas ela lembrou de todos os momentos, encarava as cicatrizes em suas mãos de quando socou a parede e sangrou por Tom Kaulitz, sangue e lágrimas, era o que fazia ela não esquecer seu ódio por ele, ao ponto de se machucar fisicamente por ele era imperdoável, o que ele fez ela passar era imperdoável, mas ela não conseguia entender.
Ele a disse que não sentia nada, que foi um brinquedo em suas mãos, que não passou de mais uma.
E desde que chegou, aparentou sofrer tanto pelo simples fato de olhar em seus olhos.

Era confuso demais, ela realmente não entendia porra nenhuma do que estava acontecendo, quando sentiu que iria chorar puxou sua guitarra e ligou o som logo começando a tocar "Don't cry - Gun's N roses".

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora