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— ESTHER!!!! — Bill gritou.
— Não... — Tom teve a cena diante de seus olhos.

Quando Esther percebeu que Harry levantou a arma se pôs a frente, levando o tiro em seu peito, Harry quando viu o que fez soltou a arma no chão e se afastou lentamente correndo de dentro da casa, Tom segurou Esther antes que ela caísse no chão, o choro do homem era desesperador.
— Esther, meu amor, olha pra mim, olha pra mim..
— Sophia leva a Katherine pra cima. — Bill tocou em Sophi e então correu em direção ao corpo de Esther.
— Tom.. — Esther toca o rosto de seu amado.
— Sim, eu to aqui meu amor. — Ele coloca sua mão sobre a de sua pequena.
— Eu Te amo. — Estava fraca, muito fraca, Bill tentava fazer pressão contra o ferimento enquanto chorava cada vez mais. — Cuide dela... — E então, seus olhos se fecharam.
— Esther? — Tocou em seu rosto, já de olhos fechados.
— Não, não Esther..— Bill se sentou no chão abaixando sua cabeça.

Tom abraçava o corpo se sua amada já falecida, ele gritava, chorava e implorava aos céus que não a tirassem dele, que não a levasse, ele não acreditava, não podia ser.
Não Esther.
Não.

Quando a ambulância e a polícia chegaram já era tarde, já não tinha mais volta, Tom não a soltava e não deixava que ninguém a levasse, Bill ajudou a segurar o irmão para que o corpo pudesse ser levado dali.
— Tom,Tom!
— ME SOLTA! — Ele se debatia, mas Bill não o soltava.
— ELA SE FOI TOM! — Bill tinha que ser forte, forte por seu irmão, quando Tom caiu de joelhos no chão Bill o abraçou o mais forte que pode.

Esther havia partido.
Era um ponto final em uma linda história de amor que não teve chance.
Uma chama que se apagou muito rápido.
Um amor perdido.
Um amor injustiçado.

...

[...]

Os dias, meses e anos se passaram.
Tom cuidou de sua filha com todo o amor e dedicação, ele foi forte por ela, ele permaneceu forte por ela, e assim conheceu o amor novamente.
O amor de uma filha, um amor puro, e foi isso que o fez permanecer, o amor paterno o fez manter-se firme, Esther vivia em seu coração, e ele sempre contava para Katherine de sua mãe, a caixinha com as fotos de Esther ficavam embaixo da cama que agora era apenas de Tom.
Com 16 anos a menina cresceu inteligente, gentil, linda, extremamente linda, educada e com a personalidade totalmente de Esther, ela era o maior orgulho que Tom tinha em sua vida, era tudo para ele, em algumas noites ele se pegava chorando pelo amor de sua vida que já não estava mais com ele, tanto que nunca mais em sua vida ele conseguiu sequer pensar em outra mulher, ele a honrou até seu último suspiro.

[...]

Em uma tarde de outono, Tom estava sentado no gramado do jardim com sua filha, Bill e Sophi que também haviam se tornado pais de uma linda menina de 14 anos, Zoe.
— Pai.
— Sim filha? — Tom a olhou.
— Minha mãe gostava do outono tanto quanto você?
Ele sorriu.
— Ela amava. — Uma lágrima se formou no canto de seus olhos, e ele olhou para Bill que tocou seu ombro.
— Ela gostava mesmo. — Bill sorriu também.

Por um instante ele pode ver Esther rolando na grama em meio as folhas laranjas, ele pode sentir ela com ele, Katherine o abraçou e acolheu seu rosto no peito de seu pai.
Um filme passou em sua mente, um filme de memórias verdadeiras e que ele guardava em sua mente.

E um filme aonde ele pode imaginar Esther com ele, Esther a seu lado.

O seu final feliz, um final que não pode acontecer, mas que acabou sendo feliz sim.

Will it just be mine? - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora