Segurando um copo de whisky, um homem observava um senhor desolado na roleta. Com apenas um aceno de cabeça, os homens bem vestidos saíram do aposento determinados. O liquido descia causando um ardor prazeroso. Segurou a gravata afrouxando a mesma. Era nítido o sorriso diabólico do homem que caminhava em passos lentos até a mesa que ocupava o ambiente. A porta escancarada anunciava o mais velho confuso.
- Aon, que bom vê-lo – ele dizia calmamente. – Sente-se. – apontou para a poltrona indicando onde o mais baixo sentaria.
Ele desabotoou o botão do blazer preto.
- O que foi senhor?- Aon perguntava educadamente com as mãos juntas em cumprimento, levando sua cabeça para baixo.
- Sabe Aon, não gosto que me enganem. – o homem de estatura mediana falou com tom de ameaça.
- Não estou senhor! - o mais velho disse amedrontado.
- Vai me pagar o que deve então. – o homem se levantou acendendo o charuto com um sorriso no rosto.
- N-Não, eu não tenho dinheiro. – o senhor fechou os olhos e continuou suplicando.
- Certo tudo bem. – tragou o charuto soltando a fumaça.
Ele balançou a cabeça para frente, olhando para as costas do mais velho que engolia seco. De repente, a cabeça de Aon fora de encontro a mesa cor vinho. Nocauteado, Aon sentia sua audição fraca e um zumbido se fazia presente, estava tonto e logo o gosto de ferro preenchia seu paladar.
O homem tragou mais uma vez o charuto e dessa vez soltou a fumaça na cara do idoso fazendo-o tossir.
- Dividas devem ser pagas- ele sorriu. – Levante ele. – ele acenou para os dois homens atrás do mais velho, logo abriu sua gaveta exibindo um contrato. – Sua divida será perdoada com uma condição.
Ao mesmo tempo os olhos do mais velho se iluminaram logo se desfizeram.
- Que condição – Aon perguntou sôfrego.
- Sua filha.- ele sorriu malicioso.
Aon saltou da poltrona em direção ao homem de terno, pegando-o pela gravata, porém ele foi puxado com brutalidade de volta ao estofado.
- Não! Deixem-na fora disso. – Aon bradou com fúria nos olhos. – minha família não tem nada a ver com isso.
- Ai que se engana, Aon. Tudo está relacionado. – ele murmurou convencido.
Aon em um movimento rápido, se soltou e deferiu um soco no rosto do homem a sua frente.
- Fique longe da minha filha!- gritou.
Segurado pelos braços, Aon foi arrastado para longe.
- Deixe-o – sorriu descaradamente – para um velho, você soca bem. Mas não irei levar para o coração, não sou rancoroso.
Aon se debatia contra os homens, enquanto o chefe deles retirava da gaveta alguns papeis.
- Aon, isso aqui é sua salvação. É um contrato de vida, tudo o que tem que fazer é entregar sua filha para uma das pessoas que mobiliza esse país. - ele sorriu.- se não o fizer, você pode se despedir da sua família.
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Contrato de vida - FreenBecky
RomanceCom o pai de Rebecca endividado com as apostas de jogos de azar, sem poder pagar a enorme divida de jogo. Aon não contava com a cobrança de seu credor. Freen Sarocha, grande empreendedora no ramo da publicidade. No entanto dinheiro não era problema...