Capitulo 8

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Boa noite, pessoal. Como disse no aviso, não irei abandonar a fanfic. E lembrem sejam o amor onde quer que vocês forem.

Boa leitura e desculpem os erros.


Rebecca Armstong POV

Freen segurava o fecho do vestido, alças finas com um desenho justo. Seus dedos tocaram minha pele, a ponta dele deslizavam a medida que subia o zíper, sentia sua respiração, estava tão próxima que ariscaria em dizer que poderia senti-la.

Pelo o espelho à minha frente, podia vê-la se aproximar mais e mais, quando de repente seus orbes castanhos estavam em uma tonalidade mais escura bateram os meus olhos pelo espelho. Senti meu corpo inteiro estremecer quando suas mãos deslizaram pelos meus braços.

Sua respiração ficou pesada, seguindo da minha que ficou rapidamente acelerada e o queimar de minha pele em sua mão.

E tudo que me importava no momento era apenas, chama-la. O único nome, o que me fazia estremecer.

- Freen- eu disse, era baixo e certeiro. Pois os seus pelos se elevaram o que me deixou feliz.. mas por quê?

- Rebecca. - Freen disse meu nome, o tom de voz que ouvira era o mais potente que ouvia.

Olhei seus lábios, lábios carnudos e convidativos. Aproximei-me hipnotizada, sua gravata estava ao meu alcance para puxa-la. Freen engoliu seco, o me fez querê-la ainda mais.

No entanto batidas na porta fizeram com que nos separemos. Virei-me em direção ao criado mudo, minha respiração acelerava a cada tentativa falha de sugar o ar. Minhas mãos tremiam, coloquei-a sobre meu peito esquerdo, meu coração não parava. Soltei o ar.

" Calma" repetia para mim mesma.

Inspirava e expirava o ar, como o que fazia no boxe. Estava funcionando. Cerrei os olhos quando ouvi a voz da matriarca no aposento.

- Honoravél Lady. - juntou as mãos e a reverenciou. - O jantar está pronto, vão jantar conosco?

- Oh, não senhora. - a ouvi dizer, sua voz ainda minha a mesma potência que ouvira segundos atrás, sai da minha zona de conforto para olhar as duas mulheres a minha frente. - Planejei algo para hoje, queria compartilhar com sua filha. - nesse mesmo segundo, nossos olhares se cruzaram e pude perceber o quão eu estava ansiosa para que o jantar acontecesse.

- Nenhuma objeção, Honorável Lady. - minha mãe falou sorridente.

- Oh! Chame-me de Freen, senhora.

Freen assentiu positivamente. Rapidamente me olhou e apenas esse gesto me fez engolir seco.

- Vamos, Rebecca? - 'perguntou elevando a mão no intuito que eu a pegue.

Vidrada em seus olhos castanhos escuros, caminhei até ela. Freen tinha algo que de alguma forma me atraia e isso me fazia sentir culpada por Nop. Saio de meu devaneio quando sua pele macia de sua mão tocara a minha.

O nó na garganta se formara e minha palma congelada ao toque quente.

Assentia olhando para ela. Descendo as escadas, fomos em direção a sala e lá estava meu pai. Cabisbaixo, com sua xicara entre os dedos.

- Espere um momento, Rebecca. - ela sussurrou próxima a minha audição.

Freen caminhava em passos lentos, tomando cuidado para não assusta-lo. A morena tinha uma classe que nenhum historiador poderia explicar. Observava meu pai tentar se levantar, porém a mulher o impediu. Os dois conversavam.

- Filha? - minha mãe descia as escadas, seus olhos pairaram em Freen com o meu pai. - Você está bem? - ela perguntou.

- Sim, mamãe. - eu disse virando novamente para olhar a morena e meu pai no sofá.

- Filha, olha para mim..

Pediu com delicadeza, mirei seus olhos. A mais velha murmurava uma pergunta silenciosa que me recuso a responder.

- Mãe, não se preocupe. - era tudo o que podia dizer.

Ela assentiu e sorriu para trás de mim. Seu perfume inebriou o lugar. Freen colocava sua palma na minha coluna, por cima do tecido fino sentia o calor dela,

- Vamos? - ela perguntou delicadamente.

Balancei a cabeça em positivo. Olhei para a minha mãe e a mesma respirou fundo e assentiu.

- Tenham cuidado.

Foi tudo o que dissera. Caminhando até meu pai. Mirei a mulher ao meu lado, ela fixou seus olhos negros aos meus.

- Vamos. - eu disse.

- Para onde vamos? - perguntei após quase 30 minutos que saímos de minha residência.

- Quero que me conheça - respondeu concentrada na direção. - Vamos nos casar em poucos dias, sei que não temos amor uma com a outra, não irei exigir isso de você Rebecca. - ela pausou e eu... Apenas gostaria que concluísse e assim o fez.. - Mas ao menos gostaria de ter sua amizade.- ela me olhou pela primeira vez desde que entramos no carro.- Afinal, ninguém gostaria de se casar com uma pessoa desconhecida...

As luzes da noite reluziam em seus cabelos, deixando-a cada vez mais bela. O carro diminuiu a velocidade. Não percebi que havíamos parado, por quanto tempo estava olhando?

- Venha.

A porta do carro abriu do meu lado. A brisa batia nos cabelos de Freen, produzindo uma cortina, nada mais existia no meu campo de visão, apenas ela.

Segurei sua palma saindo do veiculo e me dando conta onde estamos. Um píer e um grande iate ancorado na costa. Freen me levava lentamente pela o capitão que nos esperava.

- Pensei que íamos para o restaurante da outra vez. -sussurrei, ela sorriu sem dentes com o ar saindo forte de suas narinas. Ela parou, fazendo-me olhar seus olhos castanhos.

- Rebecca, esqueça as circunstancias na qual você chegou a mim. - falou deslizando o polegar sobre as costas de minhas mãos, logo chegando a meu rosto - Eu serei seu futuro e juro que vou cuidar para que nada aconteça com você e sua família.

Cerrei os olhos sentindo o toque a minha bochecha, o liquido quente caminhava sobre meu rosto que logo foi seco por Freen.

- Não chore. - sussurrou com calma.

Apeguei-me aquelas palavras e de alguma forma comecei a sentir esperança. Sua voz, sua calma , a maneira com que me tratava, ela era diferente.

- Obrigada, Freen.

- Não precisar agradecer.

Ela me puxou para um abraço e apenas com esse gesto pude desmoronar, tudo, absolutamente tudo o que vinha sentindo esses dias. minhas mãos tremulas seguravam o seu terninho com força colocando o meu rosto na curva do seu pescoço. Freen murmurava sons para que eu pudesse me acalmar,

Mais calma, ela olhou meu olhos.

- Enxugue essas lagrimas, você não fica fofa assim. - ela sorriu me levando junto. Emtregou-me um lenço para que possa secar meu rosto.

Freen sorriu, dessa vez sem dentes, suas mãos se soltaram e virou-se para falar com o capitão.

O capitulo foi curto, mas espero que gostem.

Fiquem a vontade para votar e comentários constritivos serão bem vindos.

Durmam bem e boa noite.

Contrato de vida -  FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora