Capítulo 6

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- Vai me dizer o que essa mulher quer com você, Becky?! – ele disse com fúria nos olhos, suas atitudes já não são as mesmas desde que Nop conheceu a Freen.

- Não seja tolo, Nop! – segurei minhas luvas indo em direção a saída. – Agora não posso falar com minhas amigas?

Bradei.

- Onde que você a conheceu!? – ele aumentou a voz. – Aquela mulher claramente está com interesse em você, será que não percebe? – concluiu espumando de raiva.

Virei-me para olha-lo. Indignada, andei novamente a sua direção.

- Eu não admito que fale comigo desse jeito!

Ele recuou desviando o olhar.

- Como a conheci não interessa a você. - o encarei - Não vamos sair hoje, se te ver em frente a minha casa, vai ficar na rua. E pense muitas vezes antes de falar assim comigo, por que se quiser briga comigo sabemos quem ganha.

Pisei forte e sai do estabelecimento.

No estacionamento, esperava o taxi. Meu rosto queimava pela situação. Era nítido o ciúme de Nop, ele já teve crise e não gostaria que essas crises se tornassem aquilo de novo. Porém, sabia que tinha motivos para isso. Ele apenas não sabia disso.

Meu futuro estava traçado e Nop não está no meio.

O taxi chegara, adentrei o veiculo com a cabeça cheia de tudo. Minha família, minha vida e ela, Freen Sarocha. Suspirei pesadamente diante tudo o que sentia, raiva, indignação, frustação e principalmente medo.

O que será de mim? E o mais importante, quem é Freen Sarocha?

A selva de pedra marcava bem o centro comercial de Bangkok, o arranha- céu definia a beleza dos prédios, o tom alaranjado engrandecia a paisagem. Meus olhos ardiam a medida que as lembranças amargas ganhavam vida na mente. Sem que eu perceba, o carro parava no endereço. Olhos presos na porta de casa, um homem com o cabelo dividido no meio tragava um cigarro encostado no meu muro. Suas feições familiares me levam para a noite do jantar com Freen e no escritório do cassino.

Trinquei minha mandíbula, meu sangue fervia. Sai do veiculo sem quebrar o contato visual com o homem que sorria descaradamente em minha direção.

- O que está fazendo aqui?

- Seu pai me agradeceu a visita, - ele sorria presunçoso – e de nada. – ele soltou.

- Meu pai não sabe o que diz, e você, pode ir embora. – falei fazendo o homem abrir ainda mais seu sorriso.

- Sinto muito quebrar suas expectativas, mas a sua adorável mãe me convidou para o jantar. – ele se aproximou, me fazendo dar um passo para trás.

- Algum problema aqui? – a voz dele adentrou na minha audição me fazendo de alguma forma inexplicável, ficar tranquila.

Olho para trás e vejo a mulher impecável com seu terninho, gravata preta realçando com a blusa branca por baixo dele, uma calça da mesma cor e seus cabelos negros caindo nos ombros. Freen carregava uma caixa com um laço vermelho na mesma. A morena segurou minha cintura assim que ficou cara a cara com o homem a minha frente, seu perfume Chanel Nº5 carregava sua personalidade.

Espetacular.

- Nenhum. – foi tudo o que ele disse entrando na minha casa em seguida.

- Como conhece esse homem sujo!? – eu disse indignada. Ela me olhou sem nenhuma emoção.

- Ele te fez algo? – Freen perguntou ignorando minha pergunta, seus olhos fixos nos meus procurava uma resposta.

Balancei a cabeça negativamente.

Contrato de vida -  FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora