Capítulo 18

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 Era fácil me perder em seus olhos castanhos. Perfeita, é a definição para a minha esposa.

Como seu peito subia e descia no simples respirar, seus cabelos voando levemente sobre os ombros à medida que o vento soprava, segurando a barra de metal da varanda do quarto.

Becky apoiava os braços ficando curvada para a paisagem. Desde que chegamos, Rebecca tomou carinho pelos arredores, árvores e mais árvores faziam parte da composição de nossa casa.

Sorri.

- Becbec- chamei-a hipnotizada por cada detalhe.

Seu rosto virou e junto com o gesto, o sorriso calmo e singelo em minha direção. Meu coração acelerou como nunca pensei que o podia fazer.

- Vem cá - concluí abrindo meus braços para recebê-la.

Seus braços estavam frios devido à exposição ao ar. Deslizei minhas palmas na sua pele para esquenta-la. Rebecca sorriu. Seu rosto foi de encontro à curva do meu pescoço, me causando um delicioso arrepio.

- Está sensível hoje, Freen? - falou depositando um pequeno beijo abaixo do maxilar.

- Você me faz ficar assim - admiti puxando para ficar ainda mais colada ao meu corpo.

Ela gargalhou e meu ser se incendiou de alegria.
E assim ficamos a tarde observando o céu azul.

Esse tempo me fizera pensar em muitas coisas, como será quando voltarmos? Será fácil como está sendo aqui? Remexo-me agoniada com o turbilhão de pensamentos.

-O que foi?- ela respondeu virando para me olhar. Colei meus lábios nos dela e assim, iniciamos uma dança lenta e carinhosa. Becky correu seus lábios para o lóbulo da minha orelha fazendo-me arrepiar.

E nesse mesmo instante, meu celular soa no ambiente.

Puxei o ar, entre suspiros pude respondê-la.

­- Volto já. - beijei seu ombro e sai.

Ao sair da varanda, pude ouvir seu suspiro pesado. Meu celular fazia um barulho esplendoroso. Observei o numero na minha tela e todos os meus ossos sentiram um tremor forte.

Meu pai chamando-me.

- Olá, minha filha. – sua voz soou forte e fria. – Como vai sua esposa?

Um peito se ergueu, respirando forte. Olhei em direção a varanda e pude observar seus fios de cabelos dançando no vento, delicada e sensível. Engoli em seco antes de responder baixo.

- O que quer?!

Minha garganta secou de forma repentina e meu coração diminuiu as batidas. Tudo o que construí longe de Bangkok se fora em apenas um segundo. Isso era o que meu pai fazia, me transformava em outra pessoa.

- Não trate seu pai dessa forma. – ele disse calmamente.

- Vou repetir mais uma vez, o que quer?- eu perguntei

- saber como a minha primogênita e sua esposa estão. - ele disse e ao fundo a tosse carregada veio a tona.

- Não fale como se importasse.

- Modos Chankimha! – ele repreendeu grosseiramente – Uma mulher de sua posição não pode agir dessa forma tão grotesca!

Revirei os olhos.

- Cortamos os laços faz anos, o que te faz pensar que te responderia de maneira como a etiqueta manda? – sorri com deboche.

- ah eu pensaria mais de uma vez ao tratar seu pai de forma tão desrespeitosa assim. – seu tom era brutal e ameaçador e todos os meus músculos vacilaram. – Infelizmente não posso fazer nada contra a minha única herdeira. Mas talvez, a sua esposa sim.

Meu coração acelerou conforme o medo prevalecia em cada membro do meu corpo.

- Não, não faria nada contra ela! – bradei com raiva e medo se misturando. Olhei para a varanda e pude ver rebecca se erguer e vir em minha direção.

- Quem é Freen?- ela perguntou assim que se deu conta do meu pequeno descontrole.

- que voz linda tem a sua esposa, filha. Posso falar com ela?- ele falou me tirando do meu estado de transe.

- Sarocha!- ela bradou. Aguardou até que seus dedos seguraram meu celular.

- Quem fala?- perguntou irritada olhando-me com intensidade.

Segurei os fios de meus cabelos e os puxei para trás.

- Becky. – falei seu nome com firmeza, ela simplesmente me olhou sustentando o olhar.

Aquela mesma intensidade penetrou fundo na alma, lutando para que a frieza ficasse guardada, Rebecca murmurava cada provável fala de meu pai na chamada. Minhas mãos que tremiam levemente passaram a estar a mostra, minha esposa notou e sem quebrar o contato visual, segurou-as me tranquilizando.

- Bom senhor, acredito que sua filha deixou claro que não quer ir a seu encontro. - Rebecca finalmente falou apertando minhas mãos.- Não esqueça que mesmo não tendo linhagem que o senhor considera pura, saiba que querendo ou não, tenho o sobrenome de sua filha consequentemente também herdei o titulo.- a mais nova sorriu vitoriosa- e se algo me acontecer, saiba que não importa quem seja, vai pagar caro. Tenha um bom final de tarde.

Aproximei-me de seu rosto, encostando minha cabeça na sua. Rebecca estava arfando, sua mão suava frio. Seu hálito batia no meu pescoço.

- o que você fez, Becbec? – falei cerrando meus olhos.

- Um dia você me disse que iria me proteger. - ela sussurrou – quero fazer a mesma coisa por você.

Abri meus olhos e encontrei os seus, ternos e amorosos.

- No dia do nosso casamento, perguntei o que seria de nos e você me respondeu que iriamos descobrir. – ela continuou, colocando seus dedos em minhas bochechas puxando meu rosto pra um beijo.

Seus lábios abriram e todo o sentimento de proteção era reciproco. meus lábios tomaram os de Rebecca com vontade e assim ficamos trocando caricias.

- Vamos voltar a Bangkok. – eu disse e pude notar o corpo se tencionar. - não se preocupe, contrato foi cumprido. Ninguém pode te machucar ou maltratar sua família. – continuei beijando novamente sua boca. – temos novos desafios..

Suspirei pesado com tristeza.

- Vamos passar por isso juntas.- ela sorriu.

- Sim, minhaHonorável Lady. – eu disse sorridente. 




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Capitulo pequeno para que não deixar vocês na mão. 

Espero que gostem... bloqueio é uma coisa. mas estou tentando sempre. fiquem bem e até o próximo capitulo. 

desculpem os errooooos. sem revisão!

bjs...

Contrato de vida -  FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora