Capítulo 2

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Rebecca Armstrong POV

Caminhava, minhas mão coladas estão com as de Nop. A brisa da noite fazia aquele toque tão singelo, estamos sentados em um banco de praça longe de olhares. As estrelas brilhavam forte mesmo com as luzes artificiais, não queria sair dos seus braços.

- Becky – Ele sussurrou virando seu rosto, ficando próximo ao meu ouvido.

- Hum- murmurei fechando os olhos em reação.

- Posso te beijar agora?

Apenas concordei balançando a cabeça positivamente. Nop puxou meu rosto com cautela. Sua respiração quente se misturava com minha, nossos lábios se tocaram levemente.

Conheci o Nop há mais ou menos dois anos atrás, ele sempre fora gentil e cuidadoso, desde então começamos a sair e não demorou muito para ficar mais serio.

Toda vez que ele queria me beijar, assim como nosso primeiro beijo, ele pedia permissão. De forma lenta, sua mão começou a deslizar ao longo do meu braço, puxou-me para ficar mais perto, como se quisesse se fundir. O ar já faltava e logo percebi as segundas intenções assim que sua palma pousou no vale das minhas pernas.

- Nop.. não .- eu disse com dificuldade pelo beijo quebrado.

Ele pareceu chateado porem não relutou.

- Melhor irmos- conclui me levantando no banco onde estávamos. Ele soltou um grunhido e me seguiu.

Chegando na frente de casa, Nop cercou seus braços em meu corpo na tentativa de terminar o que começou.

- Até amanha, Nop.- eu falei soltando dos seus braços.  Virei-me segurando o portão da entrada, no entanto Nop se aproximou devagar me abraçando mais forte. – Nop.., - suas mãos apertaram minha cintura, logo sua respiração na minha nuca – não.. – engoli seco- não podemos.

Antes das caricias começarem a se intensificar, meu pai tomou meu campo de visão. Retirei as mãos dele rapidamente.

- Pai- o garoto logo se separa assustado – Nop estava de saída.

Antes meu pai dissesse algo, olhei o meu namorado e selei nossos lábios rapidamente entrando em casa.
Retirei meus sapatos e adentrei a minha moradia.

- Rebecca?- meu pai chama, o meu progenitor estava com os olhos inchados e o cheiro de álcool era forte.

- Aconteceu alguma coisa, Papai?-  o homem mais velho sentou chorando aos meus pés. – Papai!
Agachei-me ficando a sua altura.

- Me perdoa filha. – o patriarca mirou meu rosto assustado.

- Perdoar? Não tem nada o que perdoar meu pai. – segurei seus braços, puxando-o para ficar em pé. – Vamos para cama.

- Não conte a sua mãe.. ela não deve saber-  ele concluiu.

O de cabelos negros levou suas mãos para rosto, entregando-me alguns papeis. Sentado na poltrona da sala de estar, li cada partícula daquele que conclui que seja um contrato.  Meus olhos olhavam meu pai incrédula.

Quando ele desenvolveu apresso por jogos de azar?
Por quê?  E minha mãe?
Eu deveria servir para uma pessoa de poses para uma divida de milhões ser perdoada, servir como? Minha cabeça começara a doer, uma pontada se instalou no centro, meu peito subia e descia a principio e logo, tornou rápido. Mão tremula, coloquei junto no meu peito. A cada puxada de ar que eu dava, meu coração se apertava.
Elevei meus olhos marejados em direção ao meu pai, ele estava desacordado.
Subi correndo as escadas, me jogando na cama.

Cerquei meus braços em volta dos joelhos, puxando mais o ar. Não passava e a agonia apenas aumentava, minhas lagrimas descia demasiadamente. Ele não tinha o direito de fazer isso comigo, com nossa família.  Tudo fora deixado nas minhas costas e o que mais pesa naquele contrato era apenas uma única palavra “morte”.

As luzes do dia já se faziam presentes no ambiente, no entanto não tinha dormido absolutamente nada. Minha cabeça estourava aponto de não conseguir olhar até as cortinas da minha janela.
Batidas na porta soavam no meu aposento e miro meu pai. Suspirei triste.
Meu pai abria caminho se sentando na ponta da cama.

- Filha. – ele chamou, não olhei no rosto do meu pai – Olhe seu pai.

Vire-me, dando de cara com um homem ainda levemente embriagado. Tudo foi explicado. Mesmo assim, era difícil olhar no rosto do meu pai nesse momento. Funguei o nariz. Toda a angustia que sentira noite passada voltou com tudo. Cerrei os olhos com força

- Quero vê-los.- falei firme.

- Não, Rebecca! Não irei deixar que vá. – o mais velho segurou meu braço,

- Bom, não tem como me proibir, não é mesmo pai? – falei ironicamente, porém logo me arrependo, Aon era meu pai e não merecia isso.
Sai da cama determinada, meu pai veio até mim chorando pedindo perdão. Meu coração só faltou sair do peito quando senti meu pai chorar com fervor, meus olhos logo derramaram as lagrimas e choramos abraçados imaginando o destino que me esperava.

Não podia deixar que nada acontecesse com minha família. Se tudo for pago, minha família estaria fora de perigo.

- Tudo pela família, lembra?- sussurrei chorosa, relembrando o nosso lema-  Ao menos vocês estarão seguros. – o apertei em meus braços.

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Capítulo curtinho para vermos o ponto de visão da Becky.  Coitadinha, fiquei triste . Mas enfim... No próximo temos o encontro.

Bom gente, espero que gostem, votem se vocês gostarem. Fique a vontade. Críticas construtivas serão bem vindas.   Até mais.  Ah, não gosto do Nop.
Ah, irei intercalar o nome dos personagens, somente a Freen,  a Becky e o Saint terão os nomes verdadeiros, os outros são da série e novel . Desculpem os erros, não revisei.

Contrato de vida -  FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora