Capitulo 2 - Arrepios

2.8K 214 59
                                    

- Oque você está fazendo? - Olhei para a mão dele.

- Ah! Me desculpe - Ele tirou a mão, deslizando na minha perna. - Bom, você está entregue.

- Obrigado, senhor Rodrigo! - Sorri.

- Caralho! - Resmungou.

- Oque foi?

- Posso te pedir uma coisa?

- Pode.

Ele sem dizer nada me abraçou, eu fiquei sem entender por um momento, mas retribui.

- Eu precisava desse abraço - Quando ele se afastou, passou sua barba sobre o meu pescoço.

Isso me deixou completamente arrepiado.

- Eu preciso entrar. - Falei abrindo a porta rápida.

- Tchau! - Ele sorriu.

Eu entrei as pressas, que droga, ele não pode fazer isso, e eu não posso sentir nada disso. Fui correndo para o meu quarto. O cheiro dele estava grudado em mim depois daquele abraço, eu não sei se minha libido está alta, mas aquele homem esta me deixando maluco. Aquelas mãos apertando minha coxa, a barba roçando em mim. Tudo tão de repente, aquele cara não pode ficar me provocando assim, eu sou o melhor amigo de Lucas a anos, vulgo filho dele. Porque ele resolveu fazer essas merdas, logo comigo? Ele não tem esse direito. Fui para o banheiro tirar do cheiro de perfume desse homem de mim, não posso ficar sentindo esse tipo de coisa pelo pai do meu melhor amigo.

- Marta! - Gritei do meu quarto.

Ela veio correndo.

- Que escândalo é esse menino? - Ela estava com um pano de prato na mão.

- Coloque essa roupa na máquina de lavar, para mim.

- E a sua mão vai cair se você ir colocar? - Ela resmungou - Estou fazendo o almoço, não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo.

- Se eu soubesse que teria essa resposta, não tinha nem pedido. - Franzino a testa.

- Quando eu terminar o preparo do almoço, eu lavo. - Ela se retirou.

Eu mesmo levei minha roupa até a lavanderia, queria tirar o cheiro daquele homem que estava impregnado.
Na volta da lavanderia, eu passo pela cozinha.

- Eu levei para a máquina de lavar. - Me sentei na mesa.

- Sério e não caiu nem um pedaço da sua mão? - Ela debocha.

- Aff, Marta! - Ignorei o deboche - Sobre o que me disse ontem, e se o fato de eu ter que me arriscar, for uma coisa muito ruim?

- Pra você? - Questionou.

- Bom, acho que pra mim, nem tanto - Comecei a rir.

- Rafael, se jogue, você disse que dessa vez ouviria o meu conselho.

- Beleza.

Minha mãe aparece na cozinha.

- Martinha, assim que terminar, já pode por a mesa, por favor! - Ela ignorou o fato de eu ter ficado um tempão esperando ela frente a faculdade.

- Mãe, estou muito chateado com você - Olhei para ela.

- Eu precisava de um banho de lama, você acha que sua mãe é jovem assim como? - Ela foi caminhando para a sala de estar. - E você poderia muito bem ter chamado o nosso motorista.

- Você só pensa em você, não percebe o quão egoísta você é? - Resmunguei.

- Em priorizar a minha vida, ao invés da de um garoto de vinte anos? - Ela aumenta o tom de voz.

O Pai do Meu Melhor Amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora