Capitulo 9 - Bacardi

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Eu estava soluçando de tanto chorar, liguei para Amanda e pedi mais algumas horas no motel, eu queria enfiar a minha cabeça num balde d'água e ficar lá, até perder o fôlego por completo. Como eu pude ser tão idiota e me deixar ser usado por aquele cara, eu sempre fui precavido,sempre disse a mim mesmo que tiraria minha virgindade com alguém incrível, eu não estou conseguindo acreditar nisso, eu deveria ter ao menos desconfiado e não, eu simplesmente me deixei levar pelo charme dele, pelo corpo dele, pelo sexo. Como eu pude me deixar levar pelo sexo, algo que eu sempre abonimei por que eu tinha sede de amor.

- Amiga - Eu pulo no colo dela e desabo em choro. - Como eu pude ser tão burro amiga?

- Eu também não sei, você foi ficar logo com um cara casado. - Ela passava as mais no meu cabelo.

- Eu deveria ter desconfiado, as palavras dele foram tão cruéis, ele disse que ele fez um favor pra mim.

- Um babaca, e é bom pra você aprender também Rafael, cara, deveria ter sacado, sei lá, ele deveria já demonstrar esse tipo de comportamento. - Ela fala brava.

- Amiga, esse não é o momento, se você soubesse o quanto está doendo.

- Rafael, eu falo isso porque gosto de você, sei o quão ingênuo você é. - Ela não sabe dar conselhos.

- Eu vou superar isso, vou ficar bem, só fiquei chocado com o jeito que ele falou comigo.

- A gente pode se vingar se você quiser. - Ela ri - Eu não deixaria alguém fazer isso comigo e sair impune.

- Vingança, me rebaixar a esse nível? - Não acredito que ela disse isso.

- Eu faria questão de planejar algo que ele irá se arrepender pelo resto da vida dele.

- A melhor vingança é ficar bem. - Sorri.

- Comigo não tem isso não, a melhor vingança é fazer alguém sentir as mesmas dores que você.

- Vamos pra casa? - Sorri.

- Pra casa? - Ela se levanta - Um quarto com hidromassagem, vamos beber um vinho ou whisky, você já deu gostoso, apesar dos pesares seguidos, mas...

- Cara, eu odeio você. - Falei rindo e limpando as lágrimas.

- Eu menti? - Ela me olha - Não deu gostoso pra ele?

- É, eu fiz isso sim. - Comecei a rir.

- Liga aí pra moça e pede um Bacardi bem gelado. - Ela pega o telefone.

- Pode ser duas garrafas? - Falei.

- Isso aí, vamos beber pra afogar essas mágoas.

Ligamos para a recepção do motel, pedimos dois Bacardi, tirei minha roupa e fui para a hidro, não demora muito Amanda aprece com as duas garrafas dentro de um balde de gelo e com duas taças. Ela retira as roupas, ficando só de calcinha, entra na banheira comigo.

- Menina, isso é gostoso. - Falei tomando um gole da bebida.

- Vamos ficar loucos aqui. - Ela também toma um gole - Aí que vida boa, uma hidro e uma bebida, tudo que eu precisava.

- Isso é maravilhoso.

De repente meu celular começou a tocar.

- Quem é? - Ela fala vendo o nome - Igor?

- Não é ninguém, não vou nem atender. - Desdenhei

- Vai sim! - Ela pegou meu celular - Eu me curo sentando em outro, então vamos seguir em frente.

- Amanda, para de ser louca.

- Oi? - Ela atende.

- Viva voz, por favor! - Falei cochichando.

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