Uma brisa fria emanava da flecha na fogueira, de um instante ao outro, os seis se viram cercados, não se via quem eram ou o que eram, apenas roupas reluzentes mostravam suas silhuetas. Arcos e lanças apontadas em suas direções deixavam bem claro que aquilo não era uma visita amigável.
Nathan e Koda emanaram auras, se colocaram em posição defensiva. Albert, com um pedaço de carne na mão, se levantou rapidamente e tentou enxergar melhor todos ao redor.
--- Não me lembro de ter convidados em meu bosque. --- Diz uma voz feminina, potente e grave vinda da direção da trilha.
--- Estamos de passagem. --- Responde Sr W
A mulher se revela ao sair do completo escuro, cabelos velhos e descuidados, com uma lança na mão e um coiote ao seu lado rosnando. Uma pele corada num pardo escuro e vários acessórios em seu corpo. Com os pés descalços, ela se aproxima deles.
--- Não há problema em seguir a trilha, o problema está em trazer pras nossas terras esses artefatos amaldiçoados. Vocês costumam levar guerras por onde andam. Odeio os malditos que passam por nossas terras e desolam nossa raça.
Nathan olha para seu artefato envolto pelo inibidor e depois olha para Sr W Que, despreocupado, nem se quer levantou.
--- Não queríamos incomodar, mas não podemos agradar a todos, principalmente a vocês que escolheram se isolar do resto do mundo. --- Sr W se pronuncia.
Carlos emana sua aura e ilumina todo o local com algumas tochas no ar. Deixando em sua pele escura um brilho intenso da amostra de seu poder
--- Você não deveria estar com medo já que sabe sobre os artefatos? Senhorita Dorit. --- Disse Carlos.
A mulher um pouco surpresa por ouvir seu nome, volta seus olhos para o rapaz que agora se mantinha em sua postura ereta. Com meio passo adiante de Carlos ela diz:
--- Conheço a fama do homem que tem nas mãos o poder da morte, mas sei bem da justiça que ele tem, pelo meu ver, não nos mataria por defender as nossas terras. Além do mais, temos uma rainha poderosa a nosso favor e vocês estão nas terras dela.
--- Eu não esperava menos da mulher que me treinou. --- Disse Carlos.
A velha mulher olha atentamente para Carlos e exclamou surpresa:
--- Carlos! Não acredito, é você? Como você cresceu!
--- Dona Dorit! Pensei que não me reconheceria, faz sete anos desde que entrei para as forças do reinado e aproveitei esta missão para revê-los.
--- Abaixem suas armas, este é meu querido afilhado, um dos nossos. --- Se aproximando dele ela encosta a mão em sua cabeça e pega em seguida em seu rosto. --- Vejo que você está muito poderoso, está andando até com esse velho asqueroso.
--- Nos desculpe por ter que vir aqui, não temos a intenção de demorar tia Dorit, esses são meus amigos.
Depois de apresentar, de forma rápida, cada um, Dorit lhes convidou a passarem a noite numa pequena vila escondida no bosque.
--- Já que estão aqui não vai fazer diferença se irem embora com pressa. Sua mãe está com saudade, você se tornou um orgulho nosso.
A velha pega sua lança e a bate no chão duas vezes e todos os demais guerreiros batem, todos juntos, uma vez após ela terminar, fazendo assim as árvores ao redor brilharem numa tonalidade roxa iluminando tudo e todos. E seguiram a trilha que até então não tinha quando ainda era claro.
Enquanto andavam, Nathan se aproxima de Sr W e o pergunta:
--- Como eles sentiram os artefatos? Tem inibidores.
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Manifestum: Magia em curso
FantasíaMagia não se explica, seu conceito é realmente uma dádiva de infinitas traduções e inteiramente mergulhada em mistérios. Nathan, em plenos nove anos, descobre uma trilha que agrediu todas as suas escolhas, agora tendo em posse um misterioso artefato...