Cap. XX - Na toca do lobo

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--- Você devia estar me ajudando, sabia? Esse lugar fede a mofo e eu nem sei para onde eu devo ir, já tentei sair por onde entramos, mas é impossível. Então quando você acordar não reclame se a gente tá perdido. --- Falava Nathan enquanto caminhava por uma vereda.

Ele estava segurando uma tocha enquanto Dyuana estava suspensa ao seu lado pelo feitiço MOVERE. Nathan a levava e, consequentemente, treinava seu controle de mana.

Uma hora caminhando e indo para longe dos barulhos estranhos que vez ou outra surgiam de alguma direção. Dyuana ainda desacordada já motivo da preocupação de Nathan, ela sabia que o motivo do desmaio dela eram as pétalas negras que caíram na batalha. Nathan não estava com medo, ele estava preocupado, pensativo e atento, lembrar da cena assustadora de Carlos sendo partido ao meio lhe causava remorso, ele sentia a culpa da morte de Carlos.

Depois de algum tempo, Nathan observava as manchas na palma da mão de Dyuana, um suor frio escorria seu rosto e seu corpo estava febril. Externamente e internamente ela estava envenenada, mas esse não era o motivo de seu sono profundo, em seus sonhos ela corria por corredores estreitos de uma casa velha, um sonho embaçado e lento, como aqueles que você tenta correr e mal sai do lugar.

O que você faria se estivesse no lugar de Nathan? Melhor não responder, Nathan também pensou em usar o artefato do tempo, mas pensou: "e se eu avançar no tempo ou perder o controle e deixar ela morrer aqui?" Ele não estava errado, a possibilidade disso acontecer era enorme.

--- Droga! Droga! Droga! Eu sou inútil, não aprendi nada que possa realmente me ajudar. O que será que Albert diria? Hummm! "A gente vai morrer…" com certeza ele diria isso.

Depois de algum tempo andando ele para descansar, seu mana está acabando e ele já estava cansado.

Com o passar das horas ele vai percebendo que a sua tocha não clareia muita coisa, o próprio escuro parecia consumir a luz da tocha. Aparentemente as coisas iam bem, apesar da situação.

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--- Agradecemos pelo que fez, mas a culpa não deixa de ser de vocês, se não tivesse vindo para cá com seus aprendizes nada disso teria acontecido. --- Exclamava um dos guardas principais do vilarejo de Dórit.

--- Não fale assim com o nosso convidado, --- Interviu Dórit. --- eles não entraram aqui invadidos, além do mais, Carlos, seu sobrinho, estava com eles.

Sr W não se posicionou a respeito de nada, apenas ouvia calado em sua postura empoderada. Mais cedo ele teve um encontro com Rany e a deixou seguir sua missão, não sabia exatamente em qual direção Albert estava.

--- Eles devem ter decido para o subsolo, Carlos tem livre acesso àquele lugar. Nossos homens já foram para lá. --- Disse Dórit ao velho.

--- Eles vão ficar bem eu sei disso. --- Respondeu o velho. --- Já me encontrei com eles num passado não tão distante, mas acho que Carlos não voltará para este vilarejo, se é que entende.

--- Ele sempre volta! --- Falou ela esperançosa.

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--- Temos que voltar, já se passou tempo demais e eles não chegaram ainda. --- Dizia Koda logo após morder uma para do tamanho da palma de sua mão.

--- Você tinha comida esse tempo todo? Pivete eu tô faminto, passa pra cá! --- Albert salpicou em protesto. --- Hum, não vamos voltar. É perigoso. Aquela mulher é o demônio em pessoa, você viu os dedos dela, parece os dedos daqueles velhos de filme de terror.

--- Também não podemos ficar aqui. --- Comentou Koda.

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Um cochilo de meia hora, Nathan não precisou mais do que isso para se ver cercado de problemas. Acordou assustado com um uivo não tão distante de alguns lobos.

Manifestum: Magia em curso Onde histórias criam vida. Descubra agora