Cap. XXVIII - Vallen Celatur

1 0 0
                                    


--- Você controlou o artefato? Isso é incrível! --- Exclamou Albert todo empolgado.

--- É! Hahaha. --- Sorria Nathan sentindo uma mistura de sentimentos de conquista e medo.

Koda também não pôde deixar de sorrir e até Amélia mostrava um pouco dos dentes.

Olhando para trás eles se depararam com o Vallen, não com um cenário maravilhoso de outro mundo, mas com nuvens tempestuosas, um clima pesado e raivoso. A silhueta do que parecia uma árvore gigantesca, o lugar não parecia nada encantador. Como se não bastasse, o som do portal de Rany se abrindo logo atrás, onde eles acabaram de chegar.

A fenda dourada, que tinha o tamanho de uma porta, se abriu fervorosamente em suas frentes. O longo sapato de couro da habilidosa Iuri surgiu apressadamente e em seguida o rosto de Gabrow a acompanhou.

--- Droga! --- Exclamou Koda.

Gabrow não parecia nenhum pouco feliz e Rany muito menos.

--- Vocês não podem ficar um minuto sozinhos que arranjam problemas por um ano inteiro. --- Disse Rany num tom de voz elevado.

--- Não roubamos nada, não vejo nenhum motivo de estarem zangados. --- Comentou Nathan.

--- O rei foi generoso com todos vocês, permitiu até a entrada de vocês para a sala dos segredos, sabem o quanto são sortudos por estarem vivos? --- Retrucou Gabrow com as mãos para trás e a cabeça erguida.

--- O feitiço que eu procurava estava na cabeça do Mago e você sabia disso, você e o rei, não acho que ele foi generoso, ele apenas tinha segundos interesses. --- Disse Koda. --- Aquela sala era de treinamento para os antigos usuários do artefato do tempo e tinha muitas informações úteis para Nathan, mas vocês não estavam preocupados em ele aprender sozinho, ou estou enganado?

Gabrow freou em suas palavras, seu semblante revelava a indignação de ouvir Koda com argumentos muito bons.

--- O rei sabe o que é melhor para todos. --- Argumentou Gabrow.

--- Você está errado, ele não é meu rei, nem tão pouco o homem que está disposto a me ajudar. --- Disse Nathan com um olhar sério.

--- Eu, General Gabrow do reino de Altberg, --- Gabrow começou a falar enquanto movia as mãos na frente do rosto. --- declaro que vocês são prisioneiros do rei e vou levá-los sob minha custódia.

Rany não poderia interferir, pois era um assunto de leis e regimentos que não tinha partes em sua missão.

Uma coluna de vento cercou os quatro, individualmente, um acontecimento rápido demais para eles pensarem. Logo foram comprimidos aos poucos e ficando sem ar. Amélia presa olhava para Gabrow, que certamente estava preocupado com a força dela.

Quando Amélia ergueu a cabeça para se livrar daquela situação, um som estridente de raios e trovões ecoou no céu na direção da árvore. Um, dois, dezenas de raios caíram perto da árvore gigante.

A árvore não era qualquer uma, era a geradora de toda a magia, aquela na qual vinham para descobrirem profecias e revelar futuros, a mesma árvore na qual Nathan havia sonhado antes.

Rany arregalou os olhos, aquilo não parecia ser um bom sinal, Gabrow voltou seus olhos para a direção dos trovões. Logo, como um aviso de chegada, pétalas negras começaram cair.

--- Ela está aqui! --- Sussurrou Nathan.

--- A árvore está em perigo. --- Disse Rany dando passos à frente.

--- Quem seria louco de destruir a fonte de poder para todos? --- Perguntou Gabrow.

--- Alguém que tem um plano. --- Respondeu Rany.

Manifestum: Magia em curso Onde histórias criam vida. Descubra agora