Cap. XXII - Vestígio de um preguiçoso

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Dyuana acordada, com uma frágil consciência dos últimos minutos de batalha contra Lótus, mal estava de olhos abertos e já quis embarcar na ida ao deserto vermelho, lembrou do que sua amiga, Charlotte, havia visto este lugar, em uma visão. A chance de encontrar qualquer informação sobre o Mago de Altberg não poderia fugir de suas mãos.

Manter o controle de seu corpo não era uma tarefa fácil, seu poder era de todo desconhecido até por seus avós, Dyuana era um mistério para todos. Aqueles poucos dias lhe deram experiência visual, a luta contra Dick sempre lhe era fresca na memória, não podia voltar para casa sem conseguir pelo menos dar um passo positivo e alimentar sua esperança.

--- Acordou bela adormecida? --- Disse Margareth virando seu rosto para a bela moça de tonalidade escura. --- Já era hora. Se arrume e coma alguma coisa, sairão o quanto antes.

Margareth se levantou e saiu na direção da porta principal e comentou:

--- A propósito, Carlos ainda pode estar vivo, não tão vivo como nós, mas há uma boa chance de ele estar vivo.

Dito isso ela sai da sala, deixando um ar amigável no ambiente, uma alegria foi tomando conta de seus corpos.

--- Como assim vivo? --- Pergunta Dyuana.

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Depois de algum tempo de explicação eles se entreolham.

--- É a nossa chance de conseguir novas informações. De repente podemos ver até o rei. --- Comentou Dyuana.

--- Para isso temos que vencer. E eu acho bem difícil mandarem alguém fraco pra nos testar. --- Koda fala com os olhos fechados enquanto suspirava um ar de desaprovação. --- Se não dermos tudo de nós, vamos voltar à estaca zero.

--- Vamos dar o nosso melhor, a morte parece ser bem motivante não acham? --- Albert se expressa.

--- Você não me pareceu bem motivado quando as doninhas apareceram. --- Disse Nathan antes de caírem na gargalhada.

Afinal de contas, quem em sã consciência não correria de uma criatura cheia de dentes capaz de mastigar um de seus membros brincando?

Dyuana sentia Amélia a flor da pele, não para ficar na cadeira, mas para permanecer. Afinal naquele exato momento quem estava na cadeira não era Dyuana e sim a própria Amélia, não de forma parcial e sim de forma completa, Dyuana estava gastando suas forças para ficar no controle.

Rany entra na sala onde estavam se preparando e os convida a sair para o encontro de Sr W e Margareth.

--- Sintam-se honrados, donzelas, o rei de Altberg não recebe visitas a muito tempo. --- Diz Rany seguindo os corredores da grande biblioteca.

--- Por que ainda está aqui? --- Pergunta Albert. --- Não que eu me importe, você parece está se divertindo com essa situação.

--- E de fato estou, até o magro moreno tem mais presença que vocês. Isso significa que ele é mais esperto que vocês ou talvez seja apenas porque eu me identifico com pessoas com personalidades introvertidas e arrogantes. --- Respondeu ela se referindo ao Koda.

--- Você não deve ter muitos amigos né? --- Albert comentou. --- Tá aí, você me lembra o tio Ben "Menino, vê se larga meus cachorros… adolescentes são uma praga da natureza… que o raio os parta… Não acredito seu ruivinho danado, sua mãe parece que deixou amarrado e com fome por um mês…" --- Imitou a voz ranzinza do velho ruivo irmão de sua mãe.

Rany olhou de canto de olho demonstrando não gostar da comparação, mas na real, ela não ligava.

--- Então Nathan --- Disse ela. ---, você me parece mais controlado desde a primeira vez que o vi. Espero que continue usando o grimório dessa forma, de repente você se saia melhor usando ele com cautela. Se você tivesse usado ele durante o ataque dos lobos, teria saído ileso.

Manifestum: Magia em curso Onde histórias criam vida. Descubra agora