Capítulo 32

649 46 2
                                    

"Foram tantas noites desperdiçadas
Noites com você
Eu ainda sinto o gosto
Eu odeio isso, queria poder voltar atrás, porque
Costumávamos ser próximos, mas as pessoas podem passar
De pessoas que você conhece a pessoas que você não reconhece mais"

— People You Know, Selena Gomez

Quando Alessa disse que Liviana era a sua mãe, eu não pude acreditar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando Alessa disse que Liviana era a sua mãe, eu não pude acreditar. Eu imaginei que meu cérebro estava pregando peças em mim, que meus ouvidos realmente não tinham escutado isso. Eu teria impedido isso, a maior briga que Liviana — minha chefe — e Alessa — minha companheira de aposta/namorada — teriam.

Tive que admitir que não evitaria Alessa se soubesse a verdade desde o início, mas eu teria evitado Liviana. Eu sei, não era uma escolha sábia recusar uma proposta de emprego enquanto era estrangeiro em uma nova cidade e em uma faculdade com parcelas absurdamente altas, mas eu não podia trabalhar para a mãe da garota que bagunçava meus sentimentos.

De todas as vezes que Alessa me contou sobre o que sua mãe fez com ela durante o divórcio dos seus pais, como ela fazia Alessa se sentir inferior e incapaz de conquistar seus sonhos porque só queria vê-la seguir o mesmo rumo que o seu, me fez olhar para Liviana com outros olhos. Eu não podia mais trabalhar para ela depois de saber toda a verdade e fingir que nada mudou. Não suportava mais olhar para ela depois que a filha dela me contou sobre o constrangimento que Liviana a fez passar.

— No que está pensando, querido? — Liviana perguntou, me tiraram dos meus pensamentos. Meus olhos ainda estavam na porta do elevador que acabara de se fechar, levando Alessa para longe, para o último andar do prédio. Décimo sexto, era o que indicava o painel.

Eu queria correr atrás dela, ver se eu ainda tinha tempo de alcançá-la e dizer que não sabia de nada disso, que teria evitado sua mãe se soubesse a verdade. Que depois de todas as atrocidades que minha chefe fez com ela, eu sempre estive do lado dela.

Alessa não tinha o direito de me culpar, mas eu não estava irritado com a sua reação de desprezo depois de descobrir que eu trabalhava para a sua mãe. Ela tinha entendido tudo errado e nem me deu tempo de explicar a situação e redimir minhas atitudes e palavras que fizeram ela pensar o pior de mim. Eu não podia simplesmente ir atrás dela agora, provavelmente ela correu para o seu pai e irá explicar a ele o que acabou de presenciar. E pela pouca convivência e tempo que passei com eles, percebi o tamanho do ódio que os dois mantinham por Liviana Ballard.

Parcialmente, a culpa era de Alessa. Achei que tínhamos avançado, passado do nível de informações essenciais para se compartilhar durante um relacionamento. Era um fato primordial ela ter me falado o mínimo sobre sua mãe, não importava o que. Então tudo isso, essa bomba que acabará de explodir, poderia ser evitada. Alessa podia me falar pelo menos o nome de sua mãe, sobrenome ou cor de cabelo; era uma das poucas características que Liviana compartilhava com o restante das mulheres em Nova York, sem contar com o fato de que ela também era uma advogada e onde ficava o seu escritório.

Minha Tentação FavoritaOnde histórias criam vida. Descubra agora