Capítulo 37

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"Eu tive uma visão
Uma visão das minhas unhas
na cozinha
Arranhando o balcão, eu
estava gritando
Minhas costas se curvaram
como a de um gato
Na posição que eu estava não
podia parar"

— Stargirl Interlude, The Weeknd

Jantar com Alessa e sua mãe não parecia um evento normal, eu não esperava que as duas se comportassem de forma civilizada, mas eu estava enganado

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Jantar com Alessa e sua mãe não parecia um evento normal, eu não esperava que as duas se comportassem de forma civilizada, mas eu estava enganado. As duas ficaram extremamente quietas, focadas em terminar a caixa de pizza de pepperoni e sua taça de vinho. Eu fiquei quieto na minha, tentei não fazer muito barulho para que as duas nem percebessem minha presença neste jantar caótico.

Liviana ainda parecia em choque depois de nos flagrar no estúdio de moda de Alessa e me ver usando um vestido muito inadequado e transparente. Quis matar Alessa naquela hora. Alessa parecia ter esquecido totalmente aquele momento. Claro, não era ela quem estava passando vergonha.

Logo após o jantar extremamente silencioso, Liviana se retirou para o seu quarto, dizendo que precisa de uma boa noite de sono já que estava exausta de tanto procurar lugares para ser o seu novo escritório de advocacia. Eu me sentia um pouco culpado pelo seu projeto de longos anos ir para água abaixo, mas não podia fazer nada a respeito, nem dizer a Alessa para pensar no que ela tinha feito.

Alessa me arrastou até a sala de estar. Finalmente sozinhos novamente, percorri meus olhos pelo seu corpo curvilíneo, não me importando em esconder o desejo ardente em minhas veias. Eu não podia negar, o corpo de Alessa despertava o meu desejo sexual.

Meus olhos se fixaram em um piano ao lado na sala. O instrumento brilhava contra a luz da sala, se destacando com a sua cor de madeira branco verniz. Percebi Alessa me olhar com curiosidade enquanto se aproximava de mim por trás.

Eu me virei em sua direção. — Você toca?

Alessa acenou com a cabeça, seus olhos indo de mim para o piano, mas ela não pronunciou nenhuma palavra.

— Porque não participa das aulas de música da NYU? — perguntei. Quando paramos ao lado do instrumento, eu apoiei meu quadril na parte superior do piano.

— Eu não gosto de tocar — admitiu, olhando para o piano com ódio.

— Então para que tocá-lo? — Confuso, acompanhei Alessa se sentar lentamente no braço da poltrona de couro cinza e passar as palmas das mãos em seu colo nu. O short que ela usava mal cobria suas coxas.

Agora, com o clima mais gélido, Alessa pegou emprestado de sua mãe um cardigã azul escuro e o colocou sobre os ombros.

— Minha mãe ama a ideia de sua filha saber tocar algum instrumento. Ela dizia que isso iria ajudar com os meus problemas de ataque de raiva. Então, quando completei oito anos, ela contratou um professor particular para me ensinar — explicou com um semblante desanimado, não me fitando diretamente — No começo, eu tentei rejeitar, mas ela não reagiu muito bem a isso. Por fim, acabei cedendo ao seu pedido e comecei as aulas. Como eu disse, não ajudou com o meu ataque de raiva. Mas quando eu tinha dez anos, comecei a ir até a escola de música porque Natasha começou a aprender a tocar violino, então eu teria uma amiga durante as aulas.

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