PRÓLOGO

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《 Adrian Matos 》

Acordo com um barulho que vinha da cozinha, me levanto e vou até lá e me deparo com meu padrasto batendo na minha mãe, eu nem pensei duas vezes e fui pra cima dele, e isso foi uma tremenda burrice , pois ele é o dobro da minha altura e eu sou magro , ou seja eu levei uma surra e ele me expulsou de casa, minha mãe implorava para ele deixar eu ficar , mas se ela continuasse ela apanharia mais , então decidi sair, fui até meu quarto, peguei as minhas coisas e sair sem rumo pela cidade.

Tenho 18 anos, acabei agora de cursar o Ensino médio e estou parado no momento, nem tô trabalhando e nem tô fazendo uma faculdade

Muitos não gostam de morar no morro , eu mesmo não me importo nem um pouco, até gosto de morar aqui, tenho muitos amigos.

A vida antigamente era muito melhor, mas quando meu pai morreu , minha mãe mudou completamente e minha vida também , do nada minha mãe começou a beber e a usar drogas e trazia homens pra dentro de casa e um deles foi o Will , o homem que me expulsou de casa.

Apesar de eu ter uma auto estima baixíssima, eu sou muito bonito, pelo menos é o que os outros dizem, sou baixinho, meus olhos são azul cor do mar , sou loiro e minha pele um pouco bronzeada por andar muito no sol, mas ainda sou muito branco.

Eu descobri a minha sexualidade quando tinha apenas 13 anos, eu tinha um trabalho em dupla pra apresentar e fiquei justamente com o menino mais velho da sala e o mesmo era o valentão da escola, batia em todo mundo, ele tinha 16 anos, pois repetiu 3 vezes o 7° ano do Ensino Fundamental, com isso ele foi na minha casa fazer o trabalho e dividir as partes de cada um falar, eu não vou mentir , ele era muito lindo, era alto, cabelo preto , olhos verdes e um sorrisso que mata qualquer um só de olhar, acabamos nos beijando e depois disso eu soube que de fato eu gostava de homens.

Estava andando no centro da cidade pensando em tudo o que está acontecendo na minha vida, se meu pai estivesse vivo isso tudo não estaria acontecendo comigo.

Estava atordoado, atravessei a rua sem olhar pro lado e só vi sendo lançado pra longe. Antes de desmair consigo ver um rosto de um homem que tinha a base de uns 40 anos me ajudando, dizendo que estava tudo bem e que ia me levar para o hospital, escuto uma zuada da sirene da ambulância e desmaio.

《 Nicolas Albuquerque 》

Acordei com o despertador tocando, desligo e vou para o banheiro fazer minha higiene pessoal, vou até a cozinha e minha empregada já tinha colocado a mesa para o café da manhã.

-- Bom dia senhor Albuquerque! | Diz ela sorrindo e apertando a minha bochecha.

Rosângela sempre esteve presente em minha vida, ela cuidava de mim desde que era pequeninho, nessa vida eu só tenho respeito por ela, não converso muito com meus pais, eles nunca gostaram de mim e muito menos eu deles.

-- Bom dia Rosângela.

Sento na mesa me servindo um café e comendo um pedaço de bolo, pego um jornal que estava na mesa e começo ver as notícias.

Minutos depois saio de casa e vou para o meu trabalho, para quem não sabe sou dono de uma das melhores revista de moda masculina, eu sempre fiz tudo sozinho e eu não precisei de nenhum pingo de dinheiro dos meus pais para subir na vida, eu fiz isso por puro mérito e me orgulho por isso.

Chegando no prédio da minha revista , eu entro e vou até o meu escritório, minha secretária entra na minha sala e me pergunta:

-- Senhor, você já contratou uma nova secretária para te ajudar enquanto eu estiver de licença? | Fala isso e alisa a sua barriga, ela está grávida de nove meses, só está esperando sentir as contrações, que pode ser a qualquer momento.

-- Ainda não, mas essa semana mesmo eu providencio. | Falo, já tinha esquecido completamente que tinha que fazer isso.

Ela concorda , entrega uns papéis e volta para a sua mesa.

Minha manhã foi bem calma, eu passei praticamente revisando o que eu tenho que colocar na minha revista no mês de maio.

Dando meio dia, saio pois é meu horário de almoço, decido comer em casa mesmo.

Então entro no carro e sigo o meu caminho, quando estava em uma encruzilhada meu celular toca, pego e tento atender, mas ele escorrega da minha mão caindo no chão do carro, me abaixo tentando pegar e quando pego sinto um impacto no meu carro, olho para a frente.

Porra!

Eu tinha atropelado um menino....

CONTINUA....

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