- Cap. 13

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-- Não soou. -- Freen disse seriamente e Rebecca assentiu.

                     

-- Tenho vinte e quatro anos. -- Rebecca mencionou, cruzando os braços e se sentando em sua cama. -- O que mais viu em minha ficha? -- Ela perguntou temerosa.

                     

-- Nada. Só o fato de saber seu crime.

                     

-- Não foi meu crime, mas entendi. -- Rebecca disse. -- E sobre meu pai, certo? -- Rebecca perguntou e Freen assentiu.

                     

-- Certo.

                     

-- Sabe o que é bem curioso? -- Rebecca começou, pegando sua escova de dentes em suas coisas. -- Que de todos os fatos ali, você não gravou a minha idade, preferiu gravar que meu pai faleceu.

                     

-- O que está insinuando? -- Freen perguntou e Rebecca meneou a cabeça, indo até o pequeno lavatório dali.

                     

-- Nada. Só que não acredito que você tenha visto minha ficha. -- Rebecca disse, vendo Freen terminar de pentear seus cabelos e preensá-la contra a parede antes que pudesse levar a escova de dentes até sua boca.

                     

Os olhos castanhos enxergaram o músculo do maxilar de Freen tensionado e os olhos verdes lhe fitarem solenemente. Seu olhar desceu para os lábios rosados de Freen antes de ela sentir sua pulsação acelerar.

                     

-- Nunca duvide de mim. -- Freen disse firmemente e Rebecca foi ousada em seu próximo ato, esticando o pescoço para ficar mais perto de Freen antes de fitá-la intensamente.

                     

-- Então me diz, Jauregui... -- Rebecca começou, com a voz carregada de poder. -- Se você realmente viu minha ficha... -- Umedeceu seus lábios. -- Qual foi meu crime?

                     

Ela viu a hesitação invadir o olhar esverdeado e ali ela teve certeza: Freen não havia visto sua ficha.

                     

Seu raciocínio parou de funcionar corretamente quando um braço de Freen rodeou sua cintura e grudou os corpos, causando uma leve falta de ar na menor.

                     

-- Você fica realmente abalada com toda essa proximidade, não é? -- Freen perguntou, sorrindo sugestiva. Seu rosto se aproximou mais alguns milímetros do de Rebecca antes de roçar seus lábios nos dela. -- Não é só proteção para você, eu vejo a forma como me olha... -- Rebecca engoliu em seco e se inclinou, dando um beijo suave no canto dos lábios de Freen. Nas esferas verdes nasceu um brilho hipnotizante aos olhos de Rebecca, mas ela se conteve.

                     

-- Não tente me persuadir a esquecer nossa conversa. -- Rebecca disse, virando o rosto quando a maior sorriu vitoriosa e se inclinou. -- Sem distrações. Quero que me responda! -- Pediu com veemência e Freen a soltou, chutando o lavatório antes de suspirar e se afastar, subindo em sua cama.

                     

-- Eu não sei a merda do seu crime, está bem? Você me pegou. -- Freen disse irritada. -- Mas não me pergunte como sei sobre seu pai. Não irei te contar. -- Disse, se deitando e virando para a parede.

                     

-- Mas...

                     

-- Deixei algumas coisas para você comer em sua cama, afinal você perdeu o horário da refeição com a médica gostosa. Boa noite!

                     

Rebecca sorriu sem perceber ao notar que Freen continuava se preocupando com ela.

                     

-- Freen? -- Rebecca chamou.

                     

-- Hm?

                     

-- Obrigada. -- Agradeceu, começando a escovar seus dentes.

                     

-- Não há de quê. -- Respondeu unicamente, tentando levantar a parede invisível que ela mesma criava entre elas sem saber que Rebecca não aprendia a lição. Quanto mais misteriosa, mais atrativa aos seus olhos.

                     

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Demorei, mas cheguei.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • CAUGHT BY CHANCE √ (โดยบังเอิญ) • Version Onde histórias criam vida. Descubra agora