- Cap. 1

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Presídio feminino do estado de Kansas.

                     

Seu corpo foi lançado com força para a frente, fazendo-a quase cair antes de conseguir se equilibrar. Seus olhos castanhos percorreram a extensão de todo o pátio, analisando meticulosamente todas as garotas do local. Rebecca pôde perceber que andavam em bandos, e que ela aparentemente era a carne nova no pedaço, pois todos os olhares estavam focados nela.

                     

Enormes cercas elétricas eram coladas com paredes quilométricas. Havia câmeras de segurança por todos os lados e os uniformes laranjas se destacavam entre os marrons e brancos. Policiais femininas rondavam por ali, prestavam atenção em toda e qualquer aproximação estranha que poderia ser uma possível briga.

                     

Rebecca não deixou de notar que, em algum momento, todos abaixaram a cabeça quando uma morena de pele extremamente clara e de cabelos pretos passava por elas. Curiosa como costumava ser, Rebecca jamais baixou o olhar,  vendo a morena subir na mini-arquibancada, feita de ferro e madeira, e se sentar.

                     

A morena percorreu o olhar pelo perímetro, contudo, ele parou em Rebecca. A expressão solene entregava que ela não queria que a olhasse, mas algo na garota a prendia.

                     

-- Armstrong? Estou te chamando! -- O grito da policial fez Rebecca pular de susto.

                     

-- Desculpe, eu não te ouvi. -- Pediu, vendo a negra, de roupa azul escuro, lhe fitar seriamente.

                     

-- Eu não costumo dar avisos para as presidiárias novatas, mas vi que ficará um bom tempo aqui, então sugiro que não a encare. Ela não gosta. -- A policial falou e Rebecca assentiu, dando uma última olhada para a garota antes de ler o nome no crachá da policial.

                     

-- Em que posso ajudar, senhorita Hamilton? -- Rebecca perguntou e a policial apoiou sua mão direita sobre a arma em sua cintura.

                     

-- Tem visita para você, me acompanhe. -- Ela disse, prendendo as mãos de Rebecca em suas costas e a levando dali.

                     

-- Visita? Sabe quem é? -- Rebecca indagou.

                     

-- Não sou sua escrava, detenta. Da próxima vez descubra por si só. -- Normani disse friamente. -- Nem todas as policiais aturam essas perguntas. Algumas são realmente más, entao procure nao falar com elas. -- A policial alertou. -- Enfim, é sua advogada e sua irmã.

                     

-- Obrigada pelo conselho. -- Rebecca disse. Caminharam o resto do caminho em profundo silêncio e, quando finalmente chegaram, a advogada fez questão de deixar que soltasse Rebecca das algemas, e assegurava que ela não era perigosa.

                     

-- Por onde esteve? -- Rebecca perguntou assim que a policial a soltou e se afastou. Sua irmã correu para seus braços e a abraçou fortemente.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • CAUGHT BY CHANCE √ (โดยบังเอิญ) • Version Onde histórias criam vida. Descubra agora