- Cap. 24

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Os olhos castanho fitaram Rebecca por longos minutos, vendo que a menor sequer se movia. Freen decidiu se aproximar dela, se deitando sobre a cama, ao seu lado, antes de tentar a comunicação.

                     

-- Hey... -- A voz rouca soou docemente atrás de Rebecca e um braço circundou sua cintura. -- Não fique chateada comigo. -- Freen pediu e Rebecca torceu a boca, se virando para ela lentamente.

                     

-- Não estou. -- Ela disse, fitando as orbes esverdeadas.

                     

-- Então por que ficou assim? -- Freen indagou e Rebecca a abraçou, se encostando mais em seu corpo.

                     

-- É que havíamos compartilhado algo... nosso. -- Rebecca disse envergonhada. -- E eu me senti tão bem, mas aí a realidade dos segredos e mistérios bateu em minha porta cedo demais. -- Confessou e Freen assentiu, decidida a ceder mais um pouco.

                     

-- Se eu te contar a segunda vez que nossas vidas se cruzaram eu ainda poderei dormir abraçadinha com você? -- Freen perguntou e os olhos curiosos de Rebecca encontraram os seus.

                     

-- Sim. -- Ela respondeu, se aconchegando nos braços de Freen antes de sentir a maior puxar o cobertor para cobri-las.

                     

-- Desta vez precisarei ir mais a fundo em alguns detalhes.

                     

-- Quanto mais fundo melhor. -- Rebecca disse, ouvindo Freen rir alto ao ouvir aquilo, só então caiu em percepção do que havia dito. -- Hey, eu não disse com malícia! -- Falou rindo e Freen assentiu.

                     

-- Certo, desculpe. -- Ela disse iniciando uma carícia leve e mansa no braço de Rebecca. -- Dessa vez tudo começou em um funeral. -- Freen disse, fazendo Rebecca erguer o rosto para ela com preocupação.

                     

-- Já não sei se quero ouvir. -- Rebecca disse e Freen depositou um beijo na ponta de seu nariz.

                     

-- Então eu não falo. -- Freen disse e Rebecca negou rapidamente.

                     

-- Não, por favor... -- Ela insistiu e Freen riu, assentindo.

                     

-- Bem, eu tinha uns dezoito anos e ainda precisava muito, muito, muito mesmo de dinheiro... Um dia vi na televisão que um empresário muito conhecido e importante havia falecido... -- Freen começou. -- Eu sequer me importei em gravar o nome dele, o que havia chamado a minha atenção era o local do enterro. Era perto de onde eu estava e era aberto ao público.

                     

-- O enterro do meu pai foi assim. -- Rebecca cortou e Freen a fitou, levando uma mão até seu rosto para acariciar a região.

                     

-- Naquele dia eu decidi investir todo o dinheiro que eu tinha em flores. -- Freen confessou. -- Comprei de todos os tipos e passei horas fazendo arranjos e buquês. Peguei todas as flores e as embrulhei em um enorme tapete, com cuidado para não danificá-las e, uh, as levei para o enterro do homem para vendê-las. -- Disse, analisando a ruga que se formava no rosto de Rebecca. -- Chegando lá eu te vi. -- Rebecca paralisou, ligando os pontos.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • CAUGHT BY CHANCE √ (โดยบังเอิญ) • Version Onde histórias criam vida. Descubra agora