- Cap. 16

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Emergir após você ter quase se afogado te faz sentir aliviado, exasperado, inquieto, feliz e ao mesmo tempo desesperado. Sua respiração se descontrola e seu pulso acelera inexplicavelmente. Era exatamente assim que Freen se sentia, como se quase houvesse se afogado.

                     

Rebecca era seu mar.

                     

Os lábios quentes sobre os seus não a deixavam pensar, só sabia de algo: Precisava de mais e foi com tal pensamento que apenas permitiu a passagem da língua da menor, vibrando internamente com o contato.

                     

Não era um beijo qualquer, era Rebecca ali. Rebecca Patrícia Armstrong. Ela não podia acreditar naquilo, não conseguia cair sua ficha de que beijava a garota que...

                     

Ela vetou seus pensamentos quando a menor chupou seu lábio inferior e enfiou as duas mãos por dentro de sua camisa, arranhando as unhas curtas em sua pele, causando a inflamação de todo seu corpo. Rebecca voltou a aprofundar o beijo e Freen a puxou mais para si, levando uma de suas mãos até os cabelos da nuca da menor e a enfiando ali, os puxando de leve, sentindo a textura sedosa dos fios entre seus dedos enquanto suas línguas se encontravam em um perfeito encaixe.

                     

Rebecca arfou contra sua boca e apertou sua cintura, tentando juntar ainda mais os corpos, como se os tentasse fundir.

                     

-- Detentas! -- A voz firme e ríspida de uma das guardas fez elas separarem as bocas, sem se afastarem totalmente. -- Aqui não é lugar para isso. -- Ambas assentiram, se afastando de vez uma da outra.

                     

-- Não deveríamos ter feito isso. -- Freen, que possuía seu lábio ligeiramente avermelhado, falou e Rebecca negou com a cabeça.

                     

-- Claro que deveríamos. -- Disse, sem se importar com o fato de pouco tempo atrás ter pensado que deveria tentar não se apaixonar por Freen.

                     

-- Você tem problemas de interpretação? -- Freen perguntou. -- Normani disse para você não encarar e você me encarou; eu disse para não se aproximar e você vive criando conversas íntimas; agora digo que não deveríamos e você diz que sim.

                     

-- Não tenho problemas de interpretação. Apenas sei formar opinião própria. -- Rebecca rebateu e Freen suspirou, indo em direção à sua cela.

                     

-- Pare de me seguir, Rebecca! -- Freen pediu.

                     

-- Só quando me disser por que não deveríamos. -- Rebecca falou e Freen entrou em sua cela, subindo em sua cama e se virando para a parede. Rebecca suspirou e se encostou na parede de frente para o beliche. -- Eu não sabia que te incomodava tanto assim. Desculpe.

                     

-- Não faça isso.

                     

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • CAUGHT BY CHANCE √ (โดยบังเอิญ) • Version Onde histórias criam vida. Descubra agora