Meu Ômega - Spin off Meu Beta

Jantar

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Stefano

Espero Luca sair do seu trabalho, tinha passado o dia na companhia de Victor, resolvendo alguns problemas e estava realmente interessado em está ali na mansão, mesmo que esta ali fosse apenas por um certo moreno e que estava fugindo de mim, como o diabo fugia da cruz e era aquilo que eu queria entender: Porque Lucas estava fugindo de mim? A noite tinha sido tão ruim assim para ele?

Iria descobrir o que se passava na cabeça dele, por isso tinha mandado seu carro para casa com a desculpa de que ele estava com alguns barulhos estranhos. Estava esperando por Luca, iria pedir uma carona para ele e ao vê-lo saindo sozinho, finjo está em chateado com a situação e Luca o olha desconfiado, ele se aproxima e pergunta.

_ O que está acontecendo?

_ O meu carro quebrou e preciso de uma carona – Digo sendo sincero, Luca pergunta tentando evitar.

_ Posso pedir um uber para você.

Nego com a cabeça, pensando na desculpa que daria e respondo.

_ Estou sem dinheiro trocado, Luca. – Leio os lábios dele que diz que pode pagar e completo. _ Prometo que é apenas uma carona e pense nisso como pagamento da carona que te dei outro dia.

Luca suspirou, relutou por alguns instantes, mas concordou em levá-lo e disse.

_ É so uma carona e não quero ouvir uma palavra sobre o que aconteceu a duas semanas ou te deixo na primeira esquina, sem olhar para trás.

_ Você que manda.

Ele concorda com a cabeça a contragosto, o sigo até o seu carro que é uma van e entramos no carro em silencio, ele me olha e explica, quando sinto o cheiro de produtos de limpeza.

_ Essa é a minha van de trabalho. Tenho uma empresa de produtos de limpeza e por isso o cheiro, me desculpe por isso.

_ Tudo bem, Luca. Não sabia que tinha uma empresa, pensei que trabalhasse somente com o Pete.

_ Não é uma empresa grande, sempre gostei de limpeza e o Luca e eu somos amigos desde da escola, fui o primeiro funcionário dele, ele me incentivou a ter o meu próprio negócio e trabalho com ele porque gosto do que faço. – Ele sorri quando me conta, ele tinha um sorriso muito bonito e pergunta, quando percebe que estou olhando para ele.

_ Qual é o endereço?

_ Rua Presley, 209.

Ele concorda com a cabeça, colocando o endereço no gps, ficamos em silencio e o observando posso ver o quão nervoso ele esta ali, apertando o volante com força e quando ele para o carro, me olha surpreso ao descobrir que era um restaurante. Ele estaciona o carro e pergunta.

_ Tem certeza que é aqui?

_ Bom aqui não é a minha casa, mas queria te levar para jantar. Você me deve isso.

_ Stefano, não precisamos disso.

_ Por favor, Luca é apenas um jantar.

Ele me olha por alguns segundos, como se pensasse como iria se livrar de mim? Estava hesitante em aceitar jantar comigo e digo tentando tranquilizá-lo.

_ Luca, por favor, entre comigo. Eu não vou te pressionar a nada. Vamos apenas jantar, como amigos.

Observo que ele engole em seco, tentando encontrar uma saída, mas acaba cedendo.

_ Um jantar e apenas isso, Stefano.

_ Você manda.

Saímos do carro e me sinto secretamente vitorioso por conseguir jantar com ele, entramos no restaurante que estava vazio, escolhemos uma mesa discreta e nos sentamos. O garçom se aproxima e diz sorrindo.

_ Boa noite, já escolheram?

_ Boa noite, vou querer o especial da noite e um suco de maracujá.

_ E o senhor já escolheu? – O garçom se vira para Luca que diz rapidamente.

_ Vou querer uma salada caesar com frango e para beber uma limonada.

_ Certo, já trago os seus pedidos.

Luca estava claramente desconfortável, olhando em volta do restaurante e evitando o contato visual comigo.

_ Luca, eu preciso falar com você... começou com a voz suave. _ Eu sei que as coisas estão estranhas entre nós desde aquela noite.

Luca suspira, ainda sem olhar para ele e finge que não sabe do que se trata.

_Eu não sei do que você está falando.

_ Luca, por favor, não finja que nada aconteceu. Nós dormimos juntos. Foi incrível, mas agora as coisas estão diferentes. Eu só quero entender porque está agindo assim? Foi ruim? Te machuquei?

Ele não me responde, o garçom vem e coloca os pratos na mesa, comemos em silencio, enquanto espero o tempo dele e a terminar de comer, Luca explica.

_ Stefano, eu gostei daquela noite e foi muito bom, mas não quero lidar com você por conta do que aconteceu e foi apenas uma transa casual, não precisamos ficar relembrando isso.

_ Entendo que foi uma transa casual, mas eu gostei de estar com você e me alivia saber que você também gostou. Sei que pareço insistente, mas você foi a primeira pessoa que me interessou desde que a minha esposa faleceu. E quero te conhecer melhor e quem saber ter algo casual com você, Luca.

Luca me encara por alguns segundos, ele olha para suas mãos sobre a mesa e diz baixo.

_ Stefano, não me entenda mau, mas eu passei por um relacionamento que me deixou muito machucado, não quero ter que lidar com uma relação casual com um cara como você, o problema não é você. Mas está com você me faz ter gatilhos por conta do que já vivi.

Ouvir a resposta dele negativa sobre a minha proposta, me faz ficar decepcionado, mas entendo a posição de Luca e agradeço pela sinceridade dele, digo segurando sua mão.

_Eu entendo, Luca e te respeito. Só espero que um dia você possa me dar uma chance de te mostrar o quanto eu posso ser bom para você. Porque não pretendo desistir de conhecer você e podemos ser amigos.

Ele fecha os olhos por alguns segundos, se levanta rapidamente, os abre e pergunta.

_ Stefano, eu preciso ir. Tem como ir para casa?

_ Pode ir, eu não moro longe daqui.

Ele concorda com a cabeça, pega sua carteira e nego.

_ Eu pago a conta.

_ Certo e boa noite, Stefano.

_ Boa noite, Luca.

O observo, sair do restaurante sem olhar para trás e parte de mim, espera que ele mude de ideia.