Sobremesa

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Luca

Me recuso a pensar nos significados que aquele buquê de flores tem, mas não tirava o mérito do Stefano: Tulipas significavam perdão e pelo que ele queria me pedir perdão, por querer apenas satisfazer os seus desejos comigo em uma relação casual? Que cretino, ele era.
Deixo sobre a mesa e iria ignorar por hora, pego o meu celular e carteira, e saio do meu quarto, vejo que Finnick me espera e me desculpo, ao me aproximar dele.

_ Pela segunda vez do dia te fiz esperar, me desculpe.

_ Não se preocupe, Luca. Sair do quarto a poucos minutos e te esperar não é um problema, e sim um privilégio. – Afirma galanteador, ele não tinha mudado nada e brinco.

_ Você não mudou nada, né?

_ Porque diz isso? – Pergunta enquanto aperta o botão para pedir o elevador e respondo.

_ Você sempre teve essas frases de galã de novela, desde do tempo em que nós conhecemos. Por isso disse que você não mudou.

Ele me encara, mas não consegue responder, já que o elevador para no nosso andar e ao entramos, ele comenta.

_ Bom na época em que nós conhecemos, estava vindo de uma sequência de relações casuais e sem expectativas de futuro. Quando nos conhecemos, você me atraiu instantaneamente, parecia como fogo encontrando a gasolina e queria algo com você, mas na época você era proibido para mim e respeitei isso.

Ele me encara ao dizer essas palavras e sei que é verdadeiro tudo o que ele está me dizendo, pergunto movido pela curiosidade.

_ Então se eu fosse de maior na época, você teria insistido?

_ Sim, eu teria. – Afirma rapidamente, sinto as minhas bochechas corarem e o elevador de abre, e poderia me ajoelhar e agradecer a Deus por isso.
Saímos do elevador e andamos em direção as piscinas, olho tudo animado, porque é um lugar bonito e passamos pelo buffet, olho para Finnick que afirma como se lesse os meus pensamentos.

_ Estou com fome de três leões famintos.

_ Eu também. – Afirmo e nos servimos no buffet que tem muitas variedades, ao terminar de encher os nossos pratos, andamos até uma mesa e nos sentamos e comemos, a comida é deliciosa e me questiono, se a comida é boa ou é apenas fome? Finnick quebra o silêncio.

_ Posso te perguntar algo?

_ Sim, claro.

_ Você veio para cá com o coração partido, não é? – Pergunta e começo a tossir engasgado com a naturalidade que ele me pergunta aquilo, parece que a comida travou na minha garganta, Finnick se levanta rapidamente, bate nas minhas costas e pega água, me ajuda a beber e pergunta, me olhando preocupado, se agacha do meu lado e segura a minha mão.

_ Você está bem? Precisa de alguma coisa?

Respiro fundo e me acalmo, e afirmo.

_ Estou bem e obrigado por me socorrer tão rápido.

_ É justo já que fui eu que causei seu engasgo. – Brinca e aperta a minha mão, se levanta e se senta novamente de frente para mim, pergunto.

_ O quanto de informação minha mãe te deu sobre mim?

Ele rir ao ouvir sobre isso, e a risada dele é gostosa de ser ouvir e dou risada influenciado por ele, Finnick se defende.

_ Em minha defesa, ela me deu informações necessárias sobre você, mas nada tão profundo, por isso te perguntei. Mas não quero que se sinta ofendido e não precisa responder, me desculpe se eu fui muito ousado.

O encaro e bebo o meu suco de laranja, penso por um tempo sobre o que eu deveria dizer? Se sincero e contar o quão fracassado eu era? Termino de beber o suco e respondo, escolhendo a sinceridade, depois dessa semana, Finnick iria embora e eu iria seguir a minha vida.

_ Não me sinto ofendido, estive com um cara durante um ano e ele não queria oficializar a relação, eu achei que poderia ser algum trauma dele e quis esperar o tempo dele. Mas ele me deu um fora e disse que tinha encontrado uma pessoa, ele está noivo dela. – Paro de falar e me deprime pensar que perdi um ano da minha vida com alguém que nunca me escolheria e Finnick segura a minha mão sobre a mesa, olho para as nossas mãos juntos e me odeio por achar que elas são perfeitas juntas. O rosto de Stefano aparece na minha mente e continuo.

_ E depois desse fora, eu quis me manter longe de relações casuais, mas parece que o destino tem um jeito engraçado de me testar. – Paro de falar e dou uma risada sem graça e digo.

_ Conheci um homem e nos tivemos uma noite, eu não quis me iludir com ele e fugir, mas ele é parente do Victor, e por milésimos de segundos eu pensei que pudéssemos ter algo sério, mas ele quer apenas uma relação casual e quero algo sério, quero casar, ter filhos e ser assumido. E não apenas um caso de fim de noite.

Dizer aquelas palavras para ele, me faz corar de vergonha, porque era fácil me abrir com ele? Finnick me encara e diz.

_ Sinto muito que tenha conhecido apenas moleques, porque qualquer homem que não saiba te tratar bem, não merece ser chamado de homem. Quando voltei a cidade pensei que estaria casado, você sempre foi amoroso, carinhoso, inteligente e parecia que atraia as pessoas, como um imã. – Ele beija a minha mão, e se fosse possível fico mais corado e ele afirma.

_ Bom em parte eu agradeço que eles tenham vacilado com você.

_ O que? – pergunto sem entender e Finnick afirma sorrindo.

_ Assim eu posso tentar a minha sorte, Luca.

_ Finnick você é engraçado. – Rio ao ouvir isso, porque ele me fez rir quando tudo que eu queria fazer era me encolher e chorar, olho para ele que me encara sério e pergunto.

_ O que foi?

_ Eu não entendi sua risada.

_ Achei engraçado seu flerte de brincadeira, por isso rir.

Ele aperta a minha mão e afirma, enquanto olha nos meus olhos de forma séria.

_ Mas eu não estou brincando, eu realmente quero tentar a minha sorte com você Luca, claro que apenas se você me dizer que está pronto para isso ou me manterei apenas como seu amigo.

Abro e fecho a boca, sem saber o que responder, olho ao redor e espero alguma intervenção, mas nada acontece e Finnick percebe o meu embaraço, e afirma.

_ Não espero uma resposta imediata, Luca. So quis deixar as minhas intenções claras e objetivas com você.

Não consigo responder nada, e ele se levanta da mesa, vejo que ele anda até o buffet e respiro aliviado. Um garçom aparece, questiona.

_ Posso tirar os pratos?

_ Sim, pode.

Ele retira os pratos da mesa e sorrio, Finnick retorna com uma bandeja e vejo que ele foi buscar as sobremesas, afirma.

_ Não podíamos perder essa torta de chocolate e esse mousse de maracujá.
Ele coloca os pratos com as duas sobremesas a minha frente e agradeço.

_ Obrigado por ir buscar, Finnick.

Sorri para mim, enquanto come suas sobremesas e faço o mesmo com as minhas, elas estão deliciosas e não consigo escolher qual é a melhor, sorrio para Finnick, que é uma boa companhia.

Meu Ômega - Spin off Meu BetaOnde histórias criam vida. Descubra agora