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S/n DeLuca Point Of View

Cheguei em casa me deparando com o completo silêncio, de início achei estar sozinha, mas assim que chego a sala vejo que estava enganada, minha mãe e meu tio Andréa estavam sentados no sofá tomando ao que julgo eu ser café, os olhei estranho, era para ambos estarem no trabalho. Sem mais delongas, me aproximo devagar chamando a atenção deles para mim, e pelo olhar da minha mãe já até posso imaginar o assunto.

- Tem algo a dizer? - minha mãe pergunta focando seu olhar em mim.

- Não - respondi vendo ela suspirar, se ela já sabia o que aconteceu, eu realmente não tinha mais nada a dizer.

- Você bateu em um garoto, bambina? - meu tio perguntou incrédula - Você nunca fez isso.

- Acontece que dessa vez ele passou dos limites - falei um pouco séria demais.

- S/n, se ele der queixa, você pode ir presa - minha mãe fala se levantando do sofá.

- Mas ele não vai - falei com certeza na voz.

- Como pode ter certeza?

- Por que eu levo ele junto comigo, e não importa o quão ele me odeie, ele nunca sujaria o nome da família - falei e os dois me olharam confusos.

- O que você sabe? - tio Andréa me perguntou.

- Não posso dizer, me desculpe - falei ouvindo os dois suspirarem.

- Você vai ficar de castigo - minha mãe falou chamando a minha atenção rapidamente - Só vai sair de casa para ir a escola, e depois da escola direto para casa - ela decretou me fazendo abrir a boca, ela nunca me pôs de castigo.

- E-Eu não posso - falei e ela me olhou seriamente - Eu sou a nova auxiliar da professora de matemática, então vou ter que ajudá-la nas minhas horas vagas - falei.

- Depois eu falo com a sua professora, e ajeito isso com ela, agora banho - ela mandou e eu obedeci, não queria a minha mãe brava.

Subi para o meu quarto deixando os dois na sala, entrei no quarto deixando a minha mochila e o meu celular em cima da cama e indo para o banheiro rapidamente, nesse momento eu sentia todo o meu corpo formigando, tirei minhas roupas deixando-as jogadas no chão e entrei o mais rápido que pude no box, colocando a água em uma temperatura quente, a água quente bateu contra o meu corpo fazendo o formigamento diminuir, mas não sumir por completo.

Eu podia sentir meu coração batendo mais rápido e ao fechar os olhos por meros segundos, eu pude ouvir o barulho de sirenes, o barulho do carro em alta velocidade, gritos de lamentações, o choro de uma mulher viúva e de um pai desolado, e os gritos dos policiais que prendiam meu avô, lá no fundo, bem baixinho eu escutava a minha mãe me chamando e tentando tirar a minha atenção dos três corpos no chão, mas mesmo que a minha visão se desviasse daquilo, sempre estaria na minha mente, gravado como um dia infernal.

Abri os olhos e percebi que eu tremia um pouco, meus olhos começaram a arder e eu desliguei o chuveiro saindo de dentro do box, peguei um roupão e o vesti, arrumando a bagunça que havia deixado no banheiro e indo em direção ao meu quarto, tirei a minha mochila da cama colocando-a na cadeira da minha escrivaninha, eu ia em direção ao closet quando o meu celular começou a tocar, dei meia volta o pegando, era um número desconhecido, mas mesmo assim eu atendi.

LIGAÇÃO ON

- S/n DeLuca.

Falo ao atender o telefone.

- Senhorita DeLuca, fiquei sabendo através do Diretor Downey que a senhorita seria a minha auxiliar.

Era a Scarlett, coloquei meu celular no viva voz e fui pegar o meu remédio na bolsa.

Garota Problema | Scarlett JohanssonOnde histórias criam vida. Descubra agora