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Giovanna entrou no quarto atrás dele, ele que já estava sem tênis, meia e bermuda. Ela assistiu Alexandre andar pelo quarto só de cueca, o volume mais do que evidente ali.

- Volta a falar comigo vai.. - Ela pediu numa voz manhosa.

Alexandre levantou o olhar para ela e deu uma risada baixa.

- Volta a dividir o quarto comigo. Já falei.

- Não.

- Então me esquece. - Ele deu de ombros.

- Você é ridículo. - Giovanna revirou os olhos. - Você me trouxe até aqui pra cuidar de mim, não pra ficar bravo comigo.

- Eu to cuidando de você. Muito bem, aliás.

Giovanna revirou os olhos e cruzou os braços emburrada. Ela tentou muito não encarar o volume na cueca dele, mas foi maior que ela, sem querer.

- Você tá incontrolável, só porque eu terminei com o Léo.

- Eu já estava incontrolável há muito tempo antes de você terminar com esse merda, obrigado pela parte que me toca. - Alexandre a encarou, chegando mais perto, sem tirar os olhos do dela. - A diferença é que eu cansei de esconder.

- E como você quer que eu durma na mesma cama que você? - Ela não tirava os olhos da cintura dele.

- Eu não vou fazer nada que você não queira, se é com isso que você está preocupada.

Ela balançou a cabeça negativamente.

- Não to preocupada com isso.

Disse ela, levantando o olhar, e o olhando dentro dos olhos. Alexandre estava perto, perto demais.

- Vai resolver seu problema sozinho? - Ela perguntou, se referindo a sua excitação.

- O que eu faço ou deixo de fazer com isso é problema meu, Giovanna. A não ser que você queira me ajudar.

Ela engoliu a seco.
Pigarreou, um pouco constrangida.

- Não demora, vamos jantar.. - Ela trocou o assunto.

Alexandre entrou no banheiro, e encostou a porta, deixando uma fresta aberta. Ela permaneceu no quarto, se acalmando. Por um segundo, achou mesmo que ia ceder. Respirou fundo e passou as mãos pela cabeça, chocada. Da noite pro dia sua relação com Alexandre havia mudado da água para o vinho e ela não sabia muito bem lidar com isso. Empurrá-ló para a friendzone claramente não estava mais surtindo efeito.

Ele entrou no banheiro e tirou a cueca. Ligou o chuveiro na água mais gelada possível, molhou o corpo e respirou fundo.

- Merda. - Resmungou para si mesmo encarando a parede. Passou às mãos pelo rosto, tentando se acalmar.

Apoiou a mão esquerda na parede do chuveiro, e com a direita passou a se masturbar. Pensava em Giovanna com os diferentes biquínis durante a viagem, no beijo que haviam dado, no único gemido que ele tinha conseguido tirado dela com um único beijo. Teve flashes da lingerie vermelha de renda que ela usava da última vez que compartilharam a cama, da bunda dela à mostra por vestir sua camisa grande que não era tão grande assim para cobrir suas maravilhosas curvas.

Giovanna, que permanecia silenciosa do lado de fora, ouviu os gemidos roucos e baixos vindos do banheiro. Se aproximou da porta e assistiu enquanto Alexandre murmurava e gozava gemendo seu nome.

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- Eu escrevi uma musiquinha de amor e eu queria mostrar pra você. - Alexandre brincou com Lombardi, chamando a atenção do amigo depois do jantar.

- Vai lá.

- Ó, é assim. - Ajeitou o violão no colo e passou a tocar alguns acordes construindo a melodia. A introdução foi longa. - Eu te aaaamoooo. - Terminou de cantar e tocar. - E aí? O que você achou?

- Achei muito bem construído, deu pra ver que você deu tudo de si nessa composição. Cara. Nem sei, to orgulhoso, emocionado. To até com vontade de chorar.

- Nossa se eu soubesse que ia causar tantas emoções em você eu teria encurtado um pouco. Me perdoa, cara. - Alexandre debochou apoiando a mão no ombro do amigo.

- O Alê escreveu essa pra mim. Não é, Alê? - Giovanna perguntou.

- Não. - Ele revirou os olhos.

- Ah, para vai. - Ela se aproximou tirando o violão do colo dele, e se sentando ali ocupando o lugar que antes era do instrumento.

Alexandre a encarou, e Giovanna podia perceber que ele a repreendia por pensamento. A verdade era que ela não conseguia esquecer o que havia visto mais cedo, no banho. E por mais que não tivesse planos de ceder, teria que se aproveitar daquela situação como podia.

- Admite que foi pra mim. - Ela pediu, olhando Alexandre nos olhos. Fingiu se ajeitar no colo dele, enquanto só arranjava uma desculpa para se esfregar ali. Logo sentiu o volume mais uma vez. Ficou se perguntando o que Alexandre faria para aliviar a excitação. Se iria ao banheiro, se precisaria de outro banho. Ela gostava da sensação de estar causando aquilo tudo nele tão facilmente, e havia um plus por estarem com os amigos e fingindo que nada estava acontecendo entre eles. Isso dava um toque de tesão a mais. Ela só sabia que se ele fosse se aliviar, ela gostaria de assistir de novo.

- Tá bem. - Ele assentiu, respirando fundo. - Foi pra você.

- Eba. - Giovanna beijou a bochecha dele, mais perto da boca do que de qualquer outra coisa. - Viu, Rodrigo? - Ela perguntou, abraçando o amigo e encostando a cabeça na dele de ladinho. Ambos Giovanna e Alexandre agora olhavam para Lombardi. - Ele é meu melhor amigo.

- Ah, não vale. Eu não tenho peitos, e nem posso sentar no colo dele assim! Você convence qualquer um dessa forma aí, Giovanna. Sua vendida. E também, não quero ele de melhor amigo, ele é meu namorado!

Lonbardi gargalhou.

- Bom, acho melhor eu ir dormir, to quebrado da trilha de hoje.

- Eu vou também! - Alexandre concluiu, tirando Giovanna de seu colo pela cintura, a colocando de volta no sofá.

- Você vem também? - Rodrigo se levantou quase dando as costas e falando com Giovanna.

- Não, ela não divide mais o quarto comigo. Deixa ela aí, a hora que a colega de quarto dela aparecer ela vai dormir. - Alexandre se levantou batendo nas costas do amigo andando atrás dele. - Bora.

Ele deu uma última encarada em Giovanna. Balançou a cabeça negativamente, a repreendendo pela atitude na frente de Rodrigo, mas aliviado que o amigo não notou nada.

Ficaram discutindo amenidades e brincando pelo corredor conforme iam para seus respectivos quartos.

Alexandre entrou em seu, e respirou fundo.

- Filha da puta.. - Ele resmungou. - Porra. - Murmurava os xingamentos. Não bravo com ela em si, mas por tudo que estava sentindo e, mais ainda, por não poder se livrar tudo que ela provocava nele. E ela estava empenhada em provocar.

Apoiou as mãos na pia do banheiro e ficou encarando o chão, respirando fundo. Ainda podia sentir a bunda de Giovanna em seu colo, rebolando ali disfarçadamente. Alexandre sentia seu coração acelerado.

Ouviu o barulho da porta batendo. Alguém havia entrado em seu quarto.

would've could've should'veOnde histórias criam vida. Descubra agora