22 - Os Ventos da Mudança

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Dois meses depois.

– Oh... meu... Deus!

– Eu sei!

– Meu Deus!!! É enorme!!!

– Eu sei!!!!

Chirai a fitou com certa ternura conforme um sorriso se contornava em seu lábio. Ela pegou as mãos de Chichi nas dela e deu uma boa vislumbrada no lugar ao seu redor, admirando o ambiente.

– Este lugar é lindo! É perfeito!

– Você gostou mesmo, jura? – Chichi questionou com incerteza ao mordeu o lábio inferior.

– Tá brincando, né? Eu AMEI! Ah, amiga, eu estou tão feliz em estar fazendo parte disso com você!

– Eu também! – Chichi sorriu e a abraçou. – Obrigada!

– Está acontecendo tão rápido, eu nem acredito!

– Nem eu! Parece até um sonho!

– Temos que trazer o Whis agora para conhecer, ele vai surtar!!! Tenho certeza que ele também vai amar.

A loira então deu uma suspirada contente ao observar o espaço a sua volta novamente. O lugar estava vazio, porém a arquitetura em si já era muito bonita, moderna e requintada, e a sua mente criativa já conseguia imaginar uma decoração finíssima que contemplaria aquele espaço, com mobiliários, flores e plantas maravilhosas.

– Eu vou fechar o contrato então! – Chichi sorriu abertamente, nem conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Chirai apenas assentiu e então disse:

– Bem que eu o Whis falou que os astros diziam sobre os ventos das mudanças. Você lembra né? Tá aí, ó, tá acontecendo!

– É, mas está acontecendo tão rápido que está até me deixando um pouco nervosa...

– Não fique amiga. Vai dar tudo certo! – Chirai a assegurou com um sorriso.

Chichi anuiu e pegou o celular do bolso da calça, constatando então as horas.

– Oh, meu Deus. Preciso ir ou se não vou me atrasar.

– Tudo bem, a gente se fala depois!

*

Depois da última conversa com Chichi, ele até pensara em voltar para sua vida boêmia e ativar os seus bons e velhos contatinhos e foi exatamente que ele fizera – pelo menos nas primeiras semanas. Depois do choque inicial por ter tomado um pé na bunda, ele ficou mal e, não sabendo lidar com a rejeição e um coração partido, Goku voltou a fazer o que sabia fazer de melhor: se blindar de sentir qualquer coisa que não fosse meramente físico, ou mais precisamente, sexual.

Mas o choque de realidade foi pior do que poderia ter imaginado. Logo na primeira vez que saiu com uma mulher muito bonita que havia conhecido pela internet, se viu diante de um encontro monótono e sem emoção. Não que a mulher fosse ruim, ela até parecia ser interessante, mas ele não conseguia sentir nada com aquilo, nem mesmo vontade de levá-la para cama. Afinal, ela não era ela.

O resultado foi uma noite sozinho, bebendo, amargurado, pensando mais uma vez no quanto sua vida estava de cabeça para baixo. Pensando no quanto seu coração estava tomado por Chichi e o quanto ela havia abalado suas estruturas. Ela nem havia feito muito, mas o havia dominado por completo.

E foi naquela noite amargurada, pensando nela e desenhando mais uma vez os seus belos traços, que Goku decidiu que não queria mais aquela vida e não apenas porque a única mulher que o interessava agora era Chichi, mas porque não havia mais prazer em continuar fazendo o que fizera antes e sentia até mesmo vergonha de todas as vezes que tratou as mulheres como meros objetos de prazer.

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