8 - Em busca de respostas

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Keisuke continuou sem responder, mesmo depois de todas as mensagens e ligações, Chifuyu a aconselhou espera, e foi o que fez. Mickey agia como se estivesse tudo sobre controle, o olhar perdido, longe de qualquer interesse, se ela não soubesse o que ele sentia talvez começasse a acreditar que ele não se importava com o amigo.

Quando o fim do dia finalmente chegou ela se viu livre para procurar por uma solução, Mitsuya havia prometido ajuda e ela cobraria isso. Os dois caminharam em silêncio até o prédio onde Baji e Chifuyu moravam, mas nenhum dos dois estavam em casa, ela se amaldiçoava mentalmente por não ter sido mais esperta, por não ter quebrado as regras e ido a reunião dos capitães mesmo sem poder.

— Posso ser sincero? — Takashi perguntou, seus olhos prestavam atenção no caminho que faziam. — Baji não quer que você se entre nisso, ele sabe exatamente o que gangues como a Valhalla fazem com garotas...

— O Baji não está traindo a Toman, eu sei disso... — Rukia fechou a mão com rispidez, as unhas cravando contra a palma. — Eu tive um sonho... Pode parecer loucura, mas eu não posso deixar o Baji morrer.

Takashi tentou absorver sem se assustar, mas foi impossível. Por alguns instantes o capitão da segunda divisão ficou indeciso entre acreditar em sonhos ou na realidade.

— Como sabe que ele vai morrer?

— Não sei, mas posso provar... — ela rapidamente abriu a mochila, ainda vestida no uniforme da escola parecia uma garota comum.

Um caderno estava na mão dela logo em seguida, algumas folhas soltas por ele chamaram a atenção do mais velho, uma delas com o desenho de um anjo sem cabeça, igual ao símbolo que a Valhalla exibia em seu território.

— Onde encontrou isso? — Mitsuya tomou o desenho para si, a data marcava quase um mês antes, perto da data que a encontraram. — Você fez isso? Sabia sobre a Valhalla?

— Eu sonhei com isso! — ela não mentia, ele agora tinha certeza disso. — Baji vai morrer nessa luta... Convence o Mickey a não ir...

— Impossível, se não formos será como uma derrota para a Toman.

— Então me deixem ir também!

Mitsuya soltou uma risada, nervosismo, medo, não sabia como definir, mas não queria debochar dela.

— Você não está pronta, vai se machucar. — a morena acenou positivamente, ela sabia que ainda não era forte o suficiente, mas isso não importava mais, não se o preço fosse perder a única pessoa que confiou nela.

Eles queriam discutir mais, no entanto, Takemichi apareceu com Chifuyu, o segundo quase desmaiado, com o rosto machucado e cheio de sangue. Takashi se adiantou pegando o loiro nos braços, Takamichi tinha os olhos cheios de lágrimas, as mãos trêmulas anunciavam um pico de ansiedade que o obrigava a não conseguir falar.

Mitsuya pilotou com Chifuyu até sua casa, sua mãe estava trabalhando e não estaria em casa tão cedo, ao menos era melhor do que entregar o loiro naquele estado para a mãe dele. Rukia e Takemichi foram juntos a farmácia, onde o mais alto a viu escolher diversos remédios diferentes, além de álcool e gases.

— Pra que serve isso tudo? — Hanagaki questionou enquanto a guiava para a casa do segundo capitão. Na noite anterior Mickey o tinha deixado sobre a responsabilidade de Mitsuya, não era problema confessar a ele o que tinha acontecido ao vice-capitão da primeira divisão.

— Ele deve estar com muita dor...

Ele não disse mais nada, sabia o quanto Chifuyu havia apanhado e não conseguia sequer sonhar com a dor que estava sentindo. No entanto, agora ele começava a entender um pouco da motivação que Keisuke tinha, e sabia exatamente como o irmão mais velho de Mickey havia morrido, essas informações seriam úteis para ajudar o futuro.

Rosa Negra - Tokyo Revengers (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora