25 - ESPECIAL

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Esse era um dos poucos dias que Rukia conseguia assistir uma corrida do marido presencialmente, afinal, estava sempre muito ocupada cobrindo algum plantão, no entanto, não havia avisado sobre isso a ele, e nem deixado que sua acessória o avisasse. Queria fazer uma surpresa.

Mikey estava participando da fase final da MotoGP de 2018 pela Yamaha, a corrida aconteceria na Tailândia e a mais nova fez questão de levar seus dois irmãos com ela nessa aventura. Os três compararam ingressos para as primeiras cadeiras da arquibancada apenas para ter uma visão privilegiada da corrida. Como de costume, Hanma estava com sua câmera em mãos e faria algumas fotos de presente para o cunhado.

Em alguns momentos do ano, Manjiro viajava para países diferentes para completar suas parcerias e muitas vezes passava mais tempo fora de casa, e Rukia não ficava atrás, ela adorava o que fazia e sabia que ele também gostava de correr, estar numa final como aquela era como concretizar um sonho distante, a cereja do bolo para aquela vida perfeita, para toda aquela felicidade.

A morena vestia uma das jaquetas de corrida que ele a tinha presenteado, seu sobrenome estava gravado na parte inferior de suas costas em letras grafadas, evidenciando que ela também fazia parte da família Sano; usava uma calça branca e um contorno preto combinando com a jaqueta; seus cabelos estavam soltos e uma franja descia por sua testa lhe dando uma imagem ainda mais jovem do que parecia. De onde estava podia avistar a equipe de comunicação e mecânica a roer os dedos, Draken estava lá tentando parecer o mais paciente possível, e ao seu lado, Shinichiro tentava segurar a emoção enquanto se comunicava com o irmão pelo microfone.

Mikey inclinou a cabeça para a arquibancada na penúltima volta, ele estava na segunda colocação quando avistara Rukia acenando em sua direção, o mais velho sorriu por baixo do capacete, vê-la era como voltar a enxergar depois de muito tempo no escuro, o nitro para seu coração, e ele despejou toda essa felicidade na pista, ultrapassando para o primeiro lugar. A torcida vibrou nesse momento, como nunca havia visto antes, Keisuke sorriu e acariciou o topo da cabeça da mais nova demonstrando que o amigo sabia que ela estava ali.

Manjiro ultrapassou a linha de chegada com quase um quilômetro de vantagem, mas parou assim que possível, seu corpo pesou, o fazendo colidir com a área de contenção e cair. Rukia saltou entre as pessoas na direção do portão, o telão mostrava o piloto no chão, possivelmente desacordado.

— Eu sou médica! — a morena gritou para os seguranças, que percebendo de quem se tratava logo a deixaram atravessar.

Hanma e Baji acompanhavam as imagens da irmã mais nova correndo na direção de Mikey, ela sentiu a pulsação do garoto por alguns instantes, seu coração batia tão rápido que chegou a latejar sobre seus dedos. Com cuidado o mais velho levantou a viseira do capacete e exibiu um sorriso brincalhão.

— Manjiro... — ela desaprovou.

— Só aceito ser atendido pela minha médica! — ele advertiu quando notou os paramédicos se aproximando. — Era o único jeito de te ver sem precisar passar por um monte de pessoas antes.

Ele apoiou as mãos na pista e se sentou, tirando o capacete e a touca logo em seguida. Abraçou a mais nova e se levantou com ela em seus braços. Ele tinha fingido um desmaio apenas para tê-la ali.

— Não acredito que aprontou uma dessas. — ela sussurrou. A torcida lá atrás vibrava, não só pela vitória, mas pela demonstração de carinho entre eles. — Parabéns, meu amor.

— É tão bom poder conquistar isso com você do meu lado. — foi a primeira vez depois de muito tempo que ela o viu se deixar levar pela emoção, deixando os olhos se encherem de lágrimas diante tantas pessoas.

E foi olhando nos olhos dele que ela teve um vislumbre perfeito de seu futuro. Seus amigos, seus irmãos, Manjiro, todos estavam bem.

Sua mão segurava uma pequena mãozinha, o dono dela caminhava saltitando na direção de Manjiro, que agachado tinha os braços abertos esperando pelo garotinho. Aquela visão foi como um aviso de que tudo estava bem, tudo estaria bem e toda aquela felicidade que conquistara não era algo passageiro ou superficial como das outras vezes.

[...]

As costas contra a parede eram um charme que ela gostava de sentir, assim como a lingerie branca que exibia para seu amado. As meias sete oitavos presas na calcinha rendada adoravam suas curvas, obrigando os olhos dele a não se desviarem dela.

A casa nunca parecia pequena quando se podia ousar cada cômodo como palco para o amor, Manjiro sabia tão bem disso que não conseguiu resistir ao vê-la vestida daquela maneira, — e só ele sabia como a mais nova adorava provocá-lo com roupas sensuais — chegava ser uma pena rasgar aquele tecido frágil. Ele admitia que voltar no tempo era um pouco complicado quando se tratava de ter todas as lembranças do futuro, durante a adolescência era torturante não poder amá-la como acontecia em seus sonhos, e ele se pegava pensando nisso por horas.

No entanto, depois de anos de casamento, essa vontade incessante de tê-la sobre seu domínio não parecia diminuir, penetrá-la era como se embriagar num desejo torturante, que o alucinava em cada segundo que permanecia ali, naquele ritmo, frenético ou não, era ela quem causava todo aquele desejo ardente impossível de controlar. E era dessa maneira que ele se via, refletido naqueles olhos azuis, suado, trêmulo de desejo, penetrando-a rápido e feroz, perdido naquela ilusão de luxúria que sua mente criava.

Ele se moveu devagar, colocando-a no chão com cuidado e a conduzindo para a cama, fazendo-a ajoelhar sobre o colchão e manter o rosto contra o travesseiro. Mikey suspirou lentamente tentando não ultrapassar suas ideias enquanto contemplava o corpo nu de Rukia completamente exposto e entregue a ele, voltou ao seu devido lugar segundos depois, afundando-se e a fazendo gemer seu nome contra a fronha de algodão. O quarto era bem isolado, ela podia gemer o quanto quisesse ali, implorar o quanto pudesse, ninguém a livraria daquele momento, e ela também não queria ser liberta, desejava tanto quanto ele cada ato, cada malícia, cada parte de seu amado.

Manjiro sentiu a coxas estremecerem, sabia que chegaria ao limite em segundos, ele alcançou os cabelos da mais nova com a mão direita e os juntou, fazendo-a se inclinar para trás, alvejando-a com um beijo quente e necessitado enquanto se despejava completamente dentro dela, pulsando tão forte que a obrigara gemer entre a carícia. Rukia deixou o corpo cansado cair quando pôde, o sentiu escorregar para fora, como um gato ágil, e se deitar ao seu lado, podia sentir aquela sensação quente entre as pernas, a obrigando fechar os olhos algumas vezes em protesto. 

— Quanto mais te tenho, mais te desejo... — o mais velho sussurrou suavemente enquanto a acolhia nos braços.

— Fizemos isso no outro futuro, eu me lembro...

— Mas foi uma única vez, — Manjiro lamentou. — não sabe o quanto tive que me segurar.

Ela se sentou sobre a cama, envolvendo seu corpo com o lençol, em seguida sorriu encarando o rosto suado do amado. Amar ela a coisa mais difícil e mais bonita que aprendera fazer, tinha de admitir isso. Nada podia fazer mais sentido do que tê-lo ali, nada podia ser mais bonito do que ter todos seus amigos como uma grande família na qual podia, finalmente, dizer que estava em casa. E embora doesse e tivesse medo daquele futuro que vivera, ela sabia que ele já não podia assombrá-la.

— Eu amo você, Manjiro, em cada futuro e em cada vida que vivemos.

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Rosa Negra - Tokyo Revengers (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora