Emma tagarelava abertamente sobre o que sentia por Draken, da cozinha era impossível que fosse ouvida pelos meninos, e de fato, ela sempre aparentou gostar da forma como o loiro a tratava — embora discordasse que ele a visse como criança mesmo depois de terem entrado na adolescência. Rukia vigiava o frango para não passar do ponto — fora um pedido de Mickey que fizessem frango frito — e ouvia a melhor amiga falando. Para Emma, Draken era como um herói, forte, alto, bonito, e que arriscaria qualquer coisa para proteger quem ama, no entanto, Rukia enxergava heróis com outros olhos.
Era doloroso precisar sacrificar as coisas que ama para um bem maior, ela sabia disso, sempre sacrificou as próprias vontades para que outros estivessem feliz, exibindo sorrisos para concretizar o pensamento da existência de sua própria felicidade, somente quando fora traída percebera esse erro, nas noites que passara na rua, com frio e fome, somente quando a dor de seu coração fora maior do que a dor física que sentia.
— Você parece muita distraída, está pensando em que? — Emma perguntou, sorria mais com os olhos do que com a boca. — Meu irmão não tem sido gentil?
Mickey fora o mais gentil que lembrara quando confessou, para ele a família estava em primeiro lugar, desde que Hanma não fosse perigoso para ela seria divertido ter um outro cunhado.
— O que? — a morena riu de nervoso. — Seu irmão é gentil, embora tente sempre parecer durão.
— Ele nunca teve uma namorada antes, não sei como ele pode se comportar. — nem ela sabia, também não tinha experiência com aquela situação. — Ele te beija com muita frequência?
Rtin acabou rindo novamente, desta vez por achar que Emma se iludia demais. Mickey e ela estavam quase sempre acompanhados, não tinham tempo para esse tipo de coisa, embora as vezes parecesse que o comandante fosse mais birrento que uma criança do maternal.
— Na verdade, só nos beijamos duas vezes. — ela admitiu, tirava os frangos já fritos e adicionava novos para continuar fritando.
Na sala, Draken coordenava Mickey para montar uma árvore-de-natal — mesmo que o loiro mais baixo parecesse estar perdido com o que fazer — que Rukia havia comprado. Ele já havia enfeitado todo o puteiro onde morava, estava cansado para fazer isso na casa do amigo também.
— Por que vai tantas bolinhas? — o comandante resmungou. — Poderíamos trocar todas elas por uma bola gigante.
— Dizem que quanto mais enfeitada a árvore está, mais o papai noel se agrada. — Draken explicou, estava tentando enrolar as luzes pelos galhos sem atrapalhar o trabalho do amigo. — Devíamos ter colocado elas para fazer isso...
— Somos muito velhos para acreditar em papai noel, não? — Mickey questionou pendurando mais bolinhas vermelhas e prateadas.
— Mas você adorou a ideia de receber presente mesmo já tendo mais de dez anos. — o mais alto revidou e viu o amigo inflamar as bochechas. — Além do mais, já vamos sair para sua voltinha, vamos fazer algo por elas.
Manjiro teve que concordar, estava bem frio la fora e mesmo assim ele tinha convencido os amigos a dar uma volta de moto, aquilo o deixava feliz o suficiente para o natal fazer sentido. Andar de moto era uma das poucas coisas que o deixava relaxado, onde podia finalmente se juntar as boas lembranças que seu irmão havia deixado.
Eles jantaram juntos, embora Baji tivesse dedicado o jantar a mãe, se juntaria para o passeio assim que a mesma o liberasse. Emma e Rtin estava orgulhosas por terem conseguido deixar todas as comidas prontas a tempo — e também pelos elogios do avô da garota em relação a comida.
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Rosa Negra - Tokyo Revengers (CONCLUÍDA)
Fanfiction"A morte e o abandono, dois inimigos que ela ainda não sabia enfrentar, diante de seus olhos, ferindo seu corpo sem ao menos lhe tocar, como um rasgo na alma que se tornou impossível de curar, um pesadelo, um sonho. O futuro. Rukia sobressaltou, s...