O universo devia saber que nem mesmo ele conseguiria fazer tudo sozinho, criou complementos para o ajudá-lo a manter a ordem de suas criações, e dessa maneira, nos deu aqueles que seriam capazes de tudo por nós, amigos, para que o caminho até o final da vida não fosse tão difícil. Rukia passou a entender isso quando entrou na Toman, a partir daquele momento seus companheiros seriam o que mais teria de valor, um tesouro pulsando em um corpo, e não ajudá-los seriam como trair seu próprio coração.
A semana fora longa, esgotando-se todos os dias nos treinos, embora quisesse mostrar que estava mais forte, sabia que era cedo demais para dizer isso. Há um mês era apenas uma ladra tentando sobreviver, era pouco tempo para uma mudança tão drástica, no entanto, havia algo que ela possuía que ninguém mais ali tinha: agilidade e furtividade. Suas mãos eram tão leves que chegavam a ser imperceptíveis e sua velocidade era tão boa que podia desviar até dos mais fortes golpes de Draken, um beneficio por ter um corpo menor.
Era noite de domingo, todos estavam em volta de Mickey no templo, a última reunião que teriam antes da batalha contra Valhalla, Chifuyu ainda usava o tapão no olho, as os outros ferimentos haviam melhorado muito, Takemichi e ele haviam ficado juntos por toda a semana, e isso apenas aumentava a desconfiança da garota sobre o loiro. Baji não entrara em contanto em nenhum desses dias, e para não pensar nisso Rukia tinha dois imensos sacos de areia para socar e muitas atividades escolares, dividia sua atenção entre a escola e os treinos, equilibrando-os para que a ausência de Baji não lhe fizesse mal.
"Ele tem um motivo" convencia-se.
Seu corpo se movia para fora do local de reunião quando ouviu Mickey pronunciar seu nome, a voz sem emoção seguida pelo olhar vazio, um semblante diferente do que ela gostava de lembrar, no entanto, ali ele era comandante e ela um soldado, pronta para obedecer, servir. Seus calcanhares giraram lentamente para estar de frente para o mais alto, Draken vinha logo atrás, eles vestidos com o uniforme da gangue pareciam mais malvados do que deveriam.
— Deixo você na responsabilidade do Draken. — Manjiro afirmou, ele confiava em todos, mas Draken era o único que conseguiria dividir atenção para ajudá-la se fosse preciso. — Não quero que lute, mas sei que não vai conseguir ficar em casa.
— Eu posso me defender sozinha, Draken sabe disso. — o loiro sabia, mas concordava com Mickey que aquela não era a melhor luta para que ela tivesse a devida estreia na Toman. — Além do mais, concordaram que eu ajudaria apenas os feridos, não irei para a linha de frente com vocês e pôr o Draken para me vigiar pode tirar o potencial dele.
— Vou te vigiar com os olhos, já que o Baji não está aqui, eu serei o único que conseguirei atravessar até você caso seja necessário. — ela não queria que fosse, mas não sabia até onde estava disposta para executar seu plano.
— Tudo bem... — a morena acenou com a cabeça. — Comprei ataduras e gases, se machuquem bastante para que eu possa usar. — ela sorriu, os meninos acabaram rindo também.
— A ajuda que deu ao Chifuyu parece ter sido muito boa, os ferimentos estão praticamente curados. — a voz de Mickey soou mais irônica do que deveria, fazendo Draken olhá-lo com mais precisão.
— Você seria o tipo de paciente que eu jogaria álcool sem assoprar. — Rukia revidou virando-se para sair. — Voltarei para casa com o Chifuyu, ele não reclama dos meus curativos.
Mickey quis impedi-la, mas Draken segurou seu ombro alegando em seguida que ela podia voltar sozinha. Manjiro se perguntou mentalmente se havia sido rude de mais ao dizer aquilo, e a verdade era que sequer sabia porquê havia dito, foram como palavras que saltam em momentos de tensão, e nem sabia porque estava tenso.
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Rosa Negra - Tokyo Revengers (CONCLUÍDA)
Fiksi Penggemar"A morte e o abandono, dois inimigos que ela ainda não sabia enfrentar, diante de seus olhos, ferindo seu corpo sem ao menos lhe tocar, como um rasgo na alma que se tornou impossível de curar, um pesadelo, um sonho. O futuro. Rukia sobressaltou, s...