10 - Não existem dois lados

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Manjiro atravessou os carros atrás de Kazutora. O garoto de mechas amarelas esperava justamente por isso, alimentar o ódio que Mickey sentia para desestabilizá-lo diante todos, quando o comandante de uma gangue cai, a gangue automaticamente perde. Rukia encontrou o ponto que procurava aos pés da pilha de carros que Mickey e Kazutora estavam.

Seu corpo agiu rápido, atravessando para lá nas brechas que os garotos da Toman abriam para ela, no entanto, a cada passo para perto de Mickey era um passo para longe de Draken, e quando o loiro percebeu isso seu semblante mudou, não queria mais brincar com Hanma. Mickey, que era segurado por dois garotos, foi atingido por Kazutora assim que a menina chegou aos pés da pilha, Takemichi lutava perto dali, mas não conseguiria subir para ajudar o comandante.

Mickey era atingido por uma barra de ferro, várias e várias vezes, tirando sangue de sua cabeça, era impossível que conseguisse resistir a todas aquelas agressões sem ajuda nenhuma. Todavia, todos pareciam ter sua própria preocupação, seus próprios oponentes, Draken lutava contra muitos e não conseguiria chegar para ajudá-lo.

Por alguns instantes o mundo pareceu estar mudo, Manjiro se moveu, trazendo pânico ao rosto de Kazutora, a cabeça do loiro bateu tão forte contra um dos garotos que o segurava que o menino apenas caiu para trás. O comandante da Toman concentrou sua força na perna, chutando o que lhe agarrava naquela região, seu pé atingiu a testa de Kazutora, tirando seu equilíbrio e o jogando no chão. Com apenas dois golpes o loiro havia nocauteado os três, sem precisar de ajuda nenhuma.

Rukia se encostou na pilha, as mãos trêmulas, mas não demorou muito para ter os olhos novamente em seu comandante, Mickey caiu de joelhos, exausto, o sangue pingando de sua cabeça para o chão. Aquele era um sinal ruim, ele não podia ter sido derrotado ali, ainda havia muito para lutar, a Valhalla inteira ainda estava em pé.

Os integrantes da Valhalla tentaram cair em cima de Mickey como hienas no resto de carne, esperavam apenas uma fragilidade para atacar e a encontraram com as ações de Kazutora. No entanto, sobre a pilha, ao lado de Mickey, Kisaki apareceu.

— O capitão da terceira divisão, Tetta Kisaki, vai defender o comandante! — ela sentiu os olhos de Takemichi e Chifuyu sobre Kisaki, o medo se instalou no grupo que tentava atacar.

"Por quê" Rukia se questionou. Por que a Valhalla não continuou, Kisaki não conseguiria pará-los daquela maneira, por que não continuaram atacando?

— Mandou bem, Kisaki! — a voz de Draken, ele estava agradecendo? — Deixou o Mickey em suas mãos!

Rukia se moveu para frente, os pés firmes para começar a subir, mas alguém passou por ela, os cabelos negros balançando, pulando de um carro para outro, com uma barra de ferro em mãos. Baji.

— Kisaki! — ele gritou. — Estava esperando por você. — os caninos a mostra, Kisaki mal teve tempo de responder.

Baji atingiu-o com a barra, naquele momento o silêncio se coroou, a única coisa que ouviram foi o tilintar dos cacos da lente dos óculos do loiro se quebrando e em seguida seu corpo pousando sobre uma pilha com violência.

— Vou te bater tanto que nem sua mãe vai se lembrar de você! — a fala de Baji quase a fez sorrir, no entanto, o mais velho fora arremessado aos seus pés por um garoto que estava com o capitão da terceira divisão.

Chifuyu e Takemichi chegaram logo em seguida. Rukia segurou a barra que caíra perto de seu pé, não queria que seu irmão acabasse presso por matar o inimigo dele.

— Baji, para! — Chifuyu pediu, a resposta do moreno fora um soco, jogando o loiro no chão.

— Chifuyu, eu protejo ele! — Takemichi gritou agarrando a cintura de Baji.

Rosa Negra - Tokyo Revengers (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora