Pesadelo

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P.O.V. David.

Eu estava neste bar com os meus amigos e ai, Allison chega sinto esse pânico. Luke começa a provocá-la, a atazaná-la, eu o mando calar a boca... mas seja o que for que ele mostra para ela no telefone a faz sair correndo, eu vou atrás dela e ela está chorando, quando tento explicar Allison me dá um tapa na cara, me chama de sanguessuga e vai embora. Ela me abandona.

Então eu acordo em pânico, com o coração a mil e o corpo coberto de suor. Olho para o lado e ela está lá dormindo tranquilamente do meu lado. Para não perturbá-la eu me levanto, visto meu roupão e vou para a sala de estar do Loft. Me sinto tão perturbado, confuso, perdido. Infelizmente meus esforços para não acordá-la foram em vão porque depois de uns dez minutos ela vem atrás de mim.

-Ei, você está bem?- Ela perguntou.

-Estou bem.- Respondi.

-Sério David o que está te incomodando?- Ela tornou a perguntar.

-Nada.- Eu disse.

-Sei que está mentindo. Olha eu aprendi a minha lição hoje, nunca mais vou esconder nada de você eu juro. Quanto tempo vai levar para sermos honestos um com o outro? As mentiras e omissões já nos causaram problemas demais. Então corte a porcaria protetora e me diga logo o que está acontecendo.- Allison praticamente exigiu.

-Foi só um sonho.- Comentei.

-Mesmo assim, quero saber. Me conta. Pode me contar qualquer coisa.- Ela disse.

-Era sobre você. Eu... eu vi você me deixar, me abandonar.- Contei.

E quando descrevi o sonho para Allison, ela sorriu como se estivesse contente.

-Parece feliz com o meu pesadelo.

-Eu estou. Porque não é só um pesadelo, é uma memória. Isso aconteceu mesmo David. É ruim que tenha tido um pesadelo, mas é ótimo que tenha se lembrado. Vem, está todo suado e grudento, vamos tomar um banho vai te ajudar a relaxar.- Ela ofereceu.

E eu que não sou besta nem nada aceitei. Ela entrou no chuveiro comigo, praticamente me deu banho.

P.O.V. Allison.

Eu senti falta disso, senti falta de fazer amor com ele. E agora estou compensando, apesar de eu ter certa vergonha de fazer amor estando grávida, de ficar pelada na frente dele com essa barriga que só faz aumentar. Foi ótimo estar nos braços do meu amor de novo e eu me entreguei completamente a ele, sentir os seus beijos em mim, suas mãos grandes fortes e másculas acariciando e apertando o meu corpo me deu um frio na espinha. Ele me secou, eu o sequei e nós fomos direto para a cama.

P.O.V. David.

Chegando no quarto, me livrei da minha toalha e peguei-a no colo. No momento em que a icei pelas nádegas ela gemeu e sorriu um sorriso maroto.

-O que?- Perguntei.

-Adoro quando faz isso. Mesmo desmemoriado você ainda é você, ainda pega na minha bunda do mesmo jeito.- Ela disse com aquele sorriso na cara.

-É mesmo?- Indaguei soando malicioso.

-E você gosta disso?- Questionei.

-Adoro. - Ela sussurrou no meu ouvido.

E ela se entregou completamente, como Allison está grávida não posso pegar muito pesado e há algumas posições que não dá para fazer. Mas, ela é uma grávida sedenta. Eu adorei ver a expressão de deleite no rosto dela, ouvir os seus gemidos de prazer, ouvi-la chamar o meu nome. Poder beijar, lamber, tocar e acariciar todas as partes do seu lindo corpo, a sua pele macia. O seu cabelo que tem cheiro de baunilha. Depois de muitos orgasmos caímos na cama exaustos, o problema foi que na manhã seguinte a minha mãe apareceu. Ela tinha a chave do apartamento e nos pegou NO FLAGRA.

Depois daquilo fomos levado diante do mais impiedoso tribunal. O tribunal dos Pais.

-Está... tendo relações com a minha filha?!- Esbravejou Michael Clark.

-Mais do que isso. Estamos transando desde antes de eu descobrir que sou sua filha, tanto, mas tanto que eu já estou grávida. De sete meses.- Disse Allison erguendo a blusa e mostrando a barriga que estava imensa.

-Parabéns vovô!- Ela tirou sarro.

P.O.V. Michael.

Meu Deus, a minha filha de vinte anos está grávida de sete meses. Como eu não notei isso?

-Como... como foi que você escondeu isso de mim?!- Indaguei irritado.

-Não foi tão difícil, você nunca está em casa, atende o telefone a gente conversa, no fim do dia muitas vezes você não vem jantar e eu uso roupas largas. Viu? Não tem segredo.- Disse Allison.

Ela está certa. Estou sempre trabalhando.

-É, pois é. Você está trabalhando, me deixa aqui tão sozinha e desamparada, não pode me culpar por ter procurado conforto nos braços de outro homem. - Disse Allison abraçando David.

-Sou seu pai, não seu marido.- Eu disse com nojo daquela insinuação, daquela piada sem graça.

-Eu sei. Mas, ainda assim. Você não sabe nada sobre mim! Não tem o direito de me dar sermão, de me condenar. Eu fiquei grávida por sete meses e você... nem notou. Eu vou ter um bebê. Vou ter um filho e eu juro por Deus que vou ser uma mãe, um pai melhor do que vocês! E se quer mesmo saber, ás vezes eu queria nunca ter descoberto que sou sua filha para começar. Ser sua filha e ser órfã é a mesma coisa!- Berrou a minha filha na minha cara.

-Agora se os... pais do ano não se importam. Eu vou tirar uma soneca, estou exausta. Tchauzinho.- Disse Allison saindo.

Ai, isso vai dar o que falar.


Meu Mauricinho InsuportávelOnde histórias criam vida. Descubra agora