Carinha de anjo

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P.O.V. Allison.

Neste exato momento, minha vida está uma droga. Perdi minha bolsa de estudos, estou desempregada, tenho contas á pagar e nada para fazer. Odeio me sentir inútil e ser uma desocupada, estou entregando currículos e portfólios em todos os lugares aceito o que vier. E para piorar mais ainda tem aquele rolo todo do teste de D.N.A. que não fica pronto nunca. Enquanto isso estou correndo atrás de emprego, faço um bico aqui e outro ali. Fui até o apartamento da Cami e nós conversamos, eu joguei todos os meus dramas encima dela e ela também me contou que estava interessada em alguém embora achasse que a pessoa não correspondia aos seus sentimentos.

-Lamento. Isso é uma droga.- Comentei.

-Ele gosta de outra pessoa, alguém de quem eu gosto. Não romanticamente, é uma droga sempre ser a segunda opção.- Ela disse com tristeza.

-Besteira, você é ótima, linda, inteligente, vai ser uma ótima psicóloga muito em breve. Qualquer um teria sorte de ter você.- Falei sinceramente.

Depois de uma longa conversa, uma reconciliação muito bem vinda eu tive que sair atrás de emprego outra vez e acabei nos Hamptons no anúncio na internet dizia que precisavam de garçonete. Então vim até o bar Stoaway onde fui entrevistada pelo dono o senhor Sérgio um homem latino que usava camisa xadrez de flanela com as mangas dobradas até os cotovelos eu vi suas tatuagens, pelo menos algumas delas.  Foi o rosário que mais me chamou a atenção. Ele ficava tatuado ao redor do pulso como se fosse uma pulseira. A entrevista foi rápida, entreguei meu currículo e o portfolio nas mãos dele e estava de saída quando ouço-o falar.

-Quer saber? Está contratada. Você tem experiência como garçonete, já trabalhou em buffet e para fechar com chave de ouro é uma moça muito bonita. Por favor, não me leve a mau, não estou sexista ou coisa assim, mas...

-Garçonetes bonitas chamam os clientes. Eu entendo. Obrigado, não vai se arrepender de ter me contratado. Quando o senhor quer que eu comece?- Perguntei.

-Que tal agora?- Ele ofereceu e eu aceitei.

Vesti o uniforme que era uma camiseta azul com o logo do estabelecimento que era um caranguejo e como não tinha ninguém aproveitei para conhecer o outro funcionário, Declan que era irmão mais novo do senhor Sérgio. Era muito gente boa, mas ele era...

-Eu espero que não tome isso do jeito errado, mas como pode você ser irmão do senhor Sérgio vocês...- Não consegui terminar de falar.

-Ele é latino e eu sou branco. Meu pai casou com a mãe dele quando éramos muito novos e fomos criados como irmãos.- Disse Declan.

E eu fiquei vermelha de vergonha. Mas, não tive tempo de perguntar mais nada porque o sol se punha e o bar começou a encher. Por volta das dez ficou cheio até a tampa de mauricinhos filhinhos de papai. Atendi um bando deles e infelizmente tive que lidar com algumas cantadas inoportunas, mas não nada que não conseguisse lidar, nada de muito grave.

P.O.V. David.

Desde ontem eu não sei da Allison e não sei porque, mas essa ausência, esta falta de resposta me incomoda. Então vim ao bar com meus amigos, nós já viemos aqui muitas vezes, mas desta vez tive uma surpresa quando a minha namorada veio nos atender.

-Boa noite senhores, já sabem o que vão pedir?- Ela perguntou.

De repente, comecei a rir.

-Que brincadeira é essa?- Perguntei.

-Não é brincadeira não, é trabalho mesmo. Então, já decidiram ou vão querer esperar mais um pouco?- Allison tornou a perguntar.

 Então, já decidiram ou vão querer esperar mais um pouco?- Allison tornou a perguntar

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Meu Mauricinho InsuportávelOnde histórias criam vida. Descubra agora