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NICOLAS NARRANDO

Amanheceu e eu não preguei os olhos em segundo se quer. Primeiro que tem uma mulher do caralho dormindo ao meu lado. Transamos a madrugada toda. E caralho, foi a melhor transa da minha vida. Melhor do que a primeira vez, sem dúvidas. Segundo que eu não consigo parar de me sentir sujo pelo que estou fazendo.

Maria Júlia parece ser uma mulherão da porra e não merece ser usada.

Mas se não ela, quem poderá me ajudar a chegar no meu objetivo?

Eu pensei pra caralho e não encontro outra solução.

O primeiro dia que conheci a Maria Júlia, ela estava sozinha em uma balada de um colega meu. A mulher é uma deusa, chama a atenção por onde passa e comigo não foi diferente. Quando bati meu olho nessa ruiva, logo me aproximei e começamos a conversar. Ela era de poucas palavras, mas é uma companhia agradável. Conversa vai, conversa vem, quando me dei conta já estávamos nos pegando dentro do elevador do meu prédio.

Maria Júlia não é essas mulher emocionada que fica no seu pé depois de transar. Ela estava em busca da mesma coisa que eu, prazer.

Me surpreendi, confesso.

Eu estava acostumado a dispensar as mulheres pela manhã. Porque geralmente, elas nunca querem apenas sexo.

Mas a Maria Julia, nem um número de telefone me deu. Mal falou seu nome.

Eu me senti usado.

E entendi o que as mulheres sentem quando são dispensadas pela manhã.

Ela saiu do meu apartamento sem olhar pra trás e eu pensei que nunca mais a veria novamente. Até hoje.

Quando eu iria imaginar que ela moraria na comunidade? E pior, ela parece ser bem íntima do sub desse lugar. E consequentemente, ela deve conhecer o dono.

É arriscado o que eu vou fazer, eu sei que as chances de eu me foder são grandes. Mas o que eu posso fazer se ela é a única pessoa que pode me levar até o dono do morro?

Tento afastar todos os pensamentos da minha mente conturbada, mas não obtive sucesso. Minha cabeça não para um segundo. Fico em uma briga interna comigo mesmo.

Observo a Maria Júlia dormindo nua e caralho, ela é linda. O lençol branco cobre apenas parte de seu corpo deixando a outra parte a mostra.

Me levanto da cama e vou tomar um banho para começar meu dia e quem sabe, afastar todos os pensamentos.

Termino meu banho rapidamente, enrolo uma toalha em minha cintura e escovo meus dentes.

Saio do banheiro e dou de cara com uma Maria Júlia sonolenta. Ela estava sentada em minha cama tentando raciocinar onde estava.

Parei na porta do banheiro e fiquei lhe observando.

— Que dor de cabeça! — resmungou de olhos fechados.

— Você quer um comprimido? — pergunto chamando sua atenção.

Maria Júlia deu um pulo de susto. Colocou as mãos em seu peito assustada.

A dona da porra toda (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora