sixteen.

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𝐂𝐀𝐒𝐒𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐕.

Ainda me sentia destabilizada por todo o momento que passei junto a Tom poucos minutos atrás. Seu beijo se encaixara tão bem ao meu que parecia ser algo feito pelo destino. Nunca havia ficado com muitas pessoas, poderia contá-las nos dedos de apenas uma mão, mas sabia que nunca havia me sentindo dessa forma ao beijar alguém, com um frio tão gostoso em minha barriga.

Felizmente essa sensação continuou assim que pisei em cima do palco, ouvindo os gritos gritarem nossos nomes. Meu coração estava disparado em meu peito, queria chorar e gritar ao mesmo tempo, era um êxtase de emoções dentro de mim.

Era a minha vez, me coloquei no meio do palco sentindo as minhas pernas tremerem, mas me forcei a estabilizar no chão. Respirei fundo segurando o microfone, as luzes se acenderam lentamente e pude ouvir o som da guitarra e da bateria soarem pelo local. Soltei a minha voz como se a minha vida dependesse daquilo, um sorriso sincero tomou conta do meu rosto e automaticamente me hipnotizei pela música.

Os instrumentais passaram a serem mais altos e pesados, avisando que o refrão começaria em poucos segundos. Olhei para Tom que dava tudo de si na guitarra, sua cabeça tombou para trás assim que o refrão começou. Por instinto me aproximei dele enquanto cantava, o mesmo percebeu e me olhou com um pequeno sorriso, cantando junto a mim, mesmo que sua voz não saísse no microfone.

Queria tocá-lo, mas optei por não chegar muito perto. Não queria transparecer nada, então apenas me afastei e me coloquei no meio do palco, terminando o resto da letra.

Aquela fora a última música da noite, então, assim que terminamos, nos reunimos todos perto da plateia e Bill tomou conta do microfone, encerrando com um agradecimento e suas palavras gentis. Observava aquela multidão de pessoas com os olhos brilhando. Cartazes, luzes, flashes de celulares e gritos tomavam conta do local, conseguia ver aqueles que estavam perto derramando lágrimas de emoção de seus olhos e me comovia saber que eu era um dos motivos de tudo isso.

Saímos do lugar e fomos direto aos bastidores, não conseguia tirar o sorriso dos meus lábios, era impossível.

— Você arrasou, loira! — Ouvi a voz de Tom atrás de mim e não hesitei em me controlar, estava tão feliz que esse sentimento tomou conta de mim. Me virei para o mesmo e me joguei em seus braços, contornando o seu pescoço em um abraço apertado. Suas mãos agarraram a minha cintura e tiraram os meus pés do chão, ele me girou e me colocou no chão de volta.

— Eu estou tão feliz! — Confessei, sentindo o cheiro do perfume de Kaulitz misturado com seu aroma de cigarro invadir as minhas narinas, respirei um pouco mais fundo, me aprofundando em seu cheiro. 

Me separei dele e o vi sorrindo para mim, mas logo seu olhar desviou para aqueles que estavam logo atrás de mim. Me virei e vi que Bill e Gustav nos olhavam de forma um tanto quanto maliciosa, tentei ignorar e corri até eles, os puxando para um abraço apertado. Pude ouvir a risada de ambos em meus ouvidos.

— Ai meu Deus, Cassie. Estou ficando sem ar. — Soltei uma risadinha ao ouvir Gustav reclamar, me soltando deles dois e respirando fundo, eu estava tão animada que minha respiração estava um tanto quanto descontrolada.

— Estou muito orgulhoso de você, Cass. — Bill bagunçou os meus cabelos.

Passamos o resto da noite assim até que chegasse o momento que a van viesse nos buscar para nos levar de volta para o hotel, acordaríamos cedo no outro dia para voltarmos para Lípsia.

𝐓𝐎𝐌'𝐒 𝐏𝐎𝐕.

Eu prometi a mim mesmo que iria afastá-la, prometi que não iria deixar que o sentimento me consumisse e que seguiria em frente assim que fosse possível.

Naquele dia, naquela festa, quando afundei meus lábios nos daquela garota anônima fora uma pura tentativa de tirar a loira dos meus pensamentos. Era para ser algo fácil, eu nunca fui assim, mas aquilo estava me consumindo de alguma forma.

Quando a beijei antes do show eu agi por impulso, não pensei nos meus atos, apenas me deixei levar ao pensar em "só se vive uma vez", mas era por esse mesmo motivo que eu precisava fazer  a coisa certa. Tê-la para mim não era a coisa certa, era o completo oposto. Seus lábios se encaixaram tão bem aos meus, parecia que a garota era a peça que faltava em meu quebra cabeça e aquilo me fez pensar ainda mais na mesma, algo que eu nem sabia que era possível.

Seu abraço apertado depois no show respondeu uma pergunta de fluía em meus pensamentos com frequência, ela sentia o mesmo que eu e queria mais do que eu poderia dar. Mas era tão errado deixá-la sem explicações depois de tudo o que eu fiz e porque não poderíamos manter isso em segredo até o dia em que criaríamos uma solução para tudo isso? A resposta é simples, eu sou um covarde e tenho medo de me machucar.

Mas Cassie realmente me machucaria?

Bati na porta do quarto de Kuster, estava no começo da madrugada, mas as luzes acesas que refletiam pelo corredor entregavam que a mesma ainda estava acordada.

— Oi, Tom. — Ela parecia surpresa em me ver.

Sorri fraco, observando seu pijama de cetim preto que caía tão bem em seu corpo. Senti uma vontade imensa de tocar em seu corpo e assim fiz, a empurrando para dentro do quarto e fechando a porta atrás de nós com meu pé.

— Não queria ir dormir sem te dar boa noite. — Disse baixo, depositando beijos pela sua bochecha.

— Eu gosto desse boa noite.

A loira sorriu de olhos fechados ao sentir meus lábios sobre a sua pele, aquilo me levou a loucura, ela era tão linda que palavras não seriam capazes de descrever tudo o que eu sinto apenas ao olhar para o seu sorriso. Levei minha boca até a sua, segurando o seu rosto com ambas as minhas mãos.

Seus lábios tinham gosto de cereja pelo batom fraco que cobriam os mesmos, isso apenas fazia com que eu tivesse mais vontade ainda de beijá-la até o amanhecer, mas eu saia que não podia, sabia que tinha que sair desse quarto o mais rápido possível para que não corrêssemos o perigo de nos verem juntos.

Me separei da garota, que veio até mim suplicando por mais com seu olhar, fui forte ao não deixá-la me beijar novamente, quando seu gosto era tudo o que eu queria sentir por agora.

— Dorme bem, linda.

Depositei um selar em sua testa antes que me colocasse para fora do cômodo.

marlboro nights. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora