marlboro nights. ❨ tom kaulitz ❩

three.

𝐂𝐀𝐒𝐒𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐕.

Os últimos dias se passaram tão lentamente, provavelmente fora culpa da minha ansiedade de finalmente chegar o momento em que eu estaria oficialmente me apresentando em um programa na TV.

Durante todos esses dias tentei criar coragem de contar aos meus pais sobre a minha nova novidade, mas estávamos nos dando tão bem que agi como uma covarde. E sim, eu sabia como eles me odiariam assim que eu os decepcionasse ao aparecer por todas as redes sociais como a nova baixista da banda tokio hotel.

Nesse exato momento eu estava na casa dos Kaulitz, esperando o nosso horário chegar para pegarmos a nossa van e sairmos de Lípsia até o local da entrevista. Bill e Gustav haviam ido ao mercado comprar algumas coisas para comermos durante esse tempo e eu, infelizmente, fui deixada aqui junto ao tom, mas pouco olhávamos no rosto um do outro.

Senti meu telefone tocar em meu bolso e gelei assim que li o nome da minha mãe na tela, eu havia faltado hoje cedo — como também havia faltado nos últimos quatro dias — e também não havia dado satisfações sobre onde estava depois que terminou as aulas.

— Oi mãe.

— Oi Cassie, está tudo bem? Onde você está? — Ela parecia preocupada, me senti culpada.ao ouvir o seu tom de voz.

— Está tudo bem sim. Vim na casa Max, ela me convidou para dormir aqui e eu aceitei, amanhã cedo eu volto para casa, prometo. — Menti.

— Você decidiu ir para a casa da sua amiga sem ao menos me mandar uma mensagem? Cassie eu estava preocupada! — A mais velha falou tão alto que tive que afastar o aparelho da minha orelha.

— Eu sei, me desculpa!

Nos despedimos uma da outra e logo soltei um suspiro culpado, odiava mentir para ela, mas tudo estava indo tão bem que não queria correr o risco de estragar as coisas.

Olhei para o lado e encontrei Tom parado com os braços cruzados, soltando uma risada com uma feição de deboche. O mesmo caminhou até a minha direção e se sentou no sofá ao meu lado.

— O que? — Questionei, já perdendo a minha paciência.

— Então quer dizer a filhinha da mamãe está mentindo ela? — Ele virou seu rosto para mim. — Cuidado para ela não descobrir e a mocinha ficar de castigo, hein.

— Você tem sorte de eu ter paciência o suficiente para não me jogar em cima de você agora e te espancar até você começar a chorar como uma criança. — Revirei os olhos.

— Eu não iria reclamar se você perdesse a sua paciência e se jogasse em cima de mim.

Um silêncio se instalou logo após o seu dialogo, já que a minha atenção fora presa ao ver a sua língua tocando o piercing do seu lábio inferior. Me senti irritada, já que por esse mesmo motivo um branco apareceu em minha mente e não consegui pensar em nenhuma frase para respondê-lo.

Para a minha sorte a porta se abriu no mesmo momento.

— Chegamos com muitos doces! — Ouvimos a voz de Bill e ele entrou junto ao Gustav.

Nos poucos dias em que estive aqui criei um laço com Bill. Ele era incrível, carinhoso e estava sempre me dando apoio. Sua gentileza o tornava muito especial e eu amava isso.

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Eu simplesmente não conseguia parar de me olhar no espelho. Passei muito tempo me arrumando para ter certeza de que estava apresentável para a ocasião e, agora, eu tinha certeza de que estava linda! Optei por usar a minha regata branca, aquela que Maxine adorava, minha saia preta, meus coturnos pretos que subiam por uma grande parte das minhas pernas e meu colar prata de cruz. Bill havia feito a minha maquiagem, já que o mesmo estava animado por isso.

— Vamos, a van já está aqui.

Levei um susto assim que a voz do moreno me tirou dos meus desvaneios e o acompanhei até o automóvel.

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Chegamos ao local e eu instantaneamente senti um frio tomar conta da minha barriga, tinha tantas pessoas e paparazzis esperando com suas câmeras. Aquilo era real, as pessoas que estavam ali iriam me ouvir tocar em cima de um palco algum dia e irão gritar o meu nome, meu sonho estava ali, bem na minha frente.

Ouvi gritos ao verem a van se aproximar, porém, como a minha presença ainda era uma surpresa, os vidros eram blindados para que não pudessem nos ver e tivemos que dar a volta no local para entrarmos pela porta do fundos. Aquilo era emocionante.

Fomos direto aos bastidores, o programa estava perto de começar e tínhamos que nos preparar.

— É o seguinte pessoal, se juntem aqui. — Nosso empresário nos chamou para nos juntarmos em uma rodinha. — Sei que vocês devem estar nervosos por ser a primeira entrevista de vocês, mas confiem em mim, vai dar tudo certo. Meninos, vocês vão entrar e se sentar nas poltronas ao lado do entrevistador, Cassie, você espera aqui comigo e entra assim que te chamarem. Todos entenderam?

Um sim em coro tomou conta do ambiente e tudo estava prestes a começar.

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