nine.

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𝐂𝐀𝐒𝐒𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐕.

O trajeto fora totalmente quieto, Bill havia dormido no banco de trás e tudo o que podíamos escutar dele era seus roncos baixos. Tom estava sentado ao meu lado, com seu vidro aberto e um cigarro entre os dedos. Aquele garoto era uma chaminé ambulante!

Era indescritível como aquele cheiro me incomodava, mas a mistura com o perfume de Kaulitz não parecia ser tão desagradável, muito pelo contrário, me fazia respirar um pouco mais fundo.

Não havíamos conversado desde aquele momento na festa, ele mal olhava em meu rosto, mas podia perceber que a bebida ainda fazia efeito em seu corpo. Meus pensamentos faziam um nó, minha vontade era de arrancar as minhas roupas e subir em seu colo, mas sabia que não valeria a pena se no dia seguinte ele estaria ignorando a minha existência. Deus, como ele me irritava!

Estacionei em frente a casa e saí do carro. Tom fez o mesmo, se apoiando no automóvel me vendo abrir a porta do banco de trás, já tinha em minha mente de que a última coisa que o mesmo faria era me ajudar.

— Ei, Bill. — Tentei acordá-lo, mas seu sono era tão pesado que não conseguia fazer o garoto se mexer de forma alguma.

— Deixa comigo. — O outro gêmeo jogou seu cigarro na rua e pisou em cima. Ele andava turvo, não sabia o que ele faria para levar seu irmão para dentro de casa naquele estado, mas não havia outra ideia melhor.

Tom colocou o braço de Bill em volta do seu ombro, o puxando para fora do carro com cuidado e fechando a porta atrás de si com o pé. De alguma forma, mesmo que o moreno fosse mais alto que ele, o garoto conseguiu ter controle do mesmo.

Agora Bill estava dormindo no sofá. Sorri ao ver sua boca aberta, seu sono estava realmente pesado. Me virei para Tom, que observava as escadas como se as mesmas fossem suas inimigas. Eu sabia que o mesmo não estava se sentindo bem, podia perceber isso no seu cenho franzido.

— Você precisa de um banho frio e um sono como o do seu irmão. Vem, eu te ajudo.

Ele não disse nada, apenas seguiu os meus passos até o seu quarto. Abri a porta do cômodo um tanto quanto ansiosa, eu nunca havia entrado lá e não tinha a mínima ideia de como era. Me surpreendi assim que liguei as luzes, as paredes eram cobertas de pôsteres de bandas, álbuns e cantores. Havia uma guitarra branca e preta no canto do quarto e várias roupas jogadas pelo chão. Era a cara dele.

Ouvi a porta bater atrás de mim e voltei a minha atenção para o mesmo, me surpreendendo assim que o vi tirar a camiseta na minha frente. Desviei o meu olhar rapidamente assim que o vi me encarando observar o seu corpo, o mesmo soltou uma risadinha.

— Vou ligar o chuveiro para você. — Mudei de assunto e me direcionei até o banheiro.

Lidar com Tom era uma mistura de ódio, atração e timidez. Não sabia muito bem como agir ao seu lado, ele era indecifrável, nunca dizia ou expressava o que realmente sentia. Eu me sentia transparente para o garoto, parecia que o mesmo conseguia ler os meus pensamentos com a mesma facilidade que respirava.

Liguei a água gelada e a deixei correr pelo box.

— Entra comigo. — Ouvi seu sussurro perto do meu ouvido, o que me pegou de surpresa. Suas mãos ágeis virou meu corpo para o seu e seu olhar percorreu as minhas curvas de forma maliciosa. — Esse vestido fica tão bem em você, mas não me importaria em tirá-lo.

— Não faz isso de novo, Tom. — Suspirei baixo e o mesmo colou sua testa na minha.

— Por que não, linda? — A ponta dos seus dedos abaixaram a alça do meu vestido e seus lábios tocaram o local. — Você não gosta?

Seu olhar fixou no meu, esperando que eu respondesse a sua pergunta.

— Você sabe que eu gosto. — Confessei, sentindo meus batimentos cardíacos acelerarem. Nossas vozes eram baixas, apenas altas o suficiente para que ambos de nós ouvíssemos.

— Então ceda. Eu prometo que esse será o nosso segredo.

Seus lábios roçaram nos meus de forma lenta, puxando o meu lábio inferior com os seus dentes. Eu queria beijá-lo a todo custo, mas se isso fosse realmente acontecer não queria deixar as coisas fáceis a ele. Ele não merecia.

— Eu vou para casa, Tom. — Me afastei um pouco. — Boa noite.

Sorri fraco sem mostrar os dentes, me direcionando para fora do local e fechando a porta do quarto.

marlboro nights. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora