CAPÍTULO IV: Almoço caótico e estranho com a família do meu melhor amigo

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WILL SOLACE

Mandei uma mensagem para Percy falando que já estava saíndo, mas o mesmo não recebeu, então ele já deve ter ido.

Desci as escadas e procurei meu pai pela casa, sem resultados. Ele deve ter saído para comprar alguma coisa para o trabalho.

Meu pai é professor de artes visuais numa universidade e algumas vezes, dá aulas de escultura com cerâmicas em um clube, é por isso que aqui em casa há tantos vasos e potes artesanais, alguns são bem estranhos.

Como não achei Apolo, resolvi pegar a minha chave e ir ao restaurante que Percy tinha me mandado por mensagem, minha sorte foi que o restaurante não era muito longe da minha casa, então eu não iria virar churrasco de Solace em meio a este sol absurdo.

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Foram poucos minutos de caminhada.

Cheguei em frente ao restaurante que estava bastante vazio, mas na frente dele estavam dois carros...bem chiques? Não entendo muito sobre carros, mas aqueles eram muito bonitos, com certeza não eram da família Jackson.

Eu conhecia de longe o Jeep Wrangler com alguns coqueiros pintados de Poseidon, provavelmente aquele jeep o acompanhou durante muito tempo da sua vida, porque ele estava bem acabadinho.

Bem no momento em que decidi entrar no restaurante, parei mesmo na entrada quando escutei a buzina alta de um certo automóvel que eu conhecia muito bem.

Virei para trás e vi Sally saindo do jeep com um enorme sorriso no rosto, me distanciei da entrada e me aproximei da família Jackson para os cumprimentá-los.

― Will! Quanto tempo não o vejo - Sally veio em minha direção e me deu um abraço apertado, no qual retribuí instantaneamente.

― Na verdade, fui na sua casa há três dias atrás, Sally - disse me separando do abraço.

― Três dias é muito tempo para um trio como vocês - escutei a voz de Poseidon, que tinha acabado de sair do local do motorista ― E cadê o jovem Magnus?

― Ele decidiu não vir, acho que ele tinha algumas coisas para fazer - Eu disse. Eu sabia o motivo de Magnus não ter vindo, mas resolvi não me intrometer, aquele loiro nunca escuta ninguém, depois eu dou uma lição de moral nele.

― Mãe! Qual das sacolas eu pego? - E finalmente, Percy botou somente a cabeça para fora na janela dos bancos de trás do jeep, com uma cara meio desesperada.

― A da sobremesa Percy! Eu lhe disse isso o caminho inteiro. - Sally olhou para o filho com as mãos na cintura.

Percy bufou e depois de alguns segundos, saiu do jeep com uma sacola azul.

― Talvez, só talvez, eu tenha esquecido - disse ele e fechou a porta do jeep.

― Tudo bem, agora vamos entrar, estou com muita fome - Poseidon passou por mim, e agora que eu percebi que ele estava com lindos chinelos laranjas combinando com sua camisa de botões tropical com desenhos de abacaxis.

Sally e Poseidon ficaram na frente enquanto eu e Percy ficamos mais atrás.

― Por favor, me diz que aqueles carros não são dos seus primos - Falei assim que passamos pela recepção simples do restaurante.

― Cara, eu não sei, mas meus primos são muito chiques, pelo menos o Jason é mais humilde.

Quando eu ia questionar se Jason (meu caro amigo que me emprestou um lápis quando eu esqueci o meu, faltando, no mínimo, 5 minutos para uma prova, no ano passado) estava ali, escutei vozes muito altas de alguém gritando.

Uma Chance Para Viver - Solangelo Onde histórias criam vida. Descubra agora