CAPÍTULO III: Invasor + faxina, cadê a minha paz?

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                            MAGNUS CHASE 

― Muito obrigada senhor, volte sempre. - também agradeci a atendente e saí da lanchonete com uma pequena sacola em mãos. 

Almoço de hoje: falafel, batata frita, mais batata frita e algum tipo de suco que eu vou ter que fazer em casa, eu poderia ter comprado um hambúrguer porém, falafel é muito superior. 

O lado bom é que, hoje é sábado! Não vou me preocupar com meu trabalho e muito menos em arrumar a casa, sei que disse que iria fazer isso para os meus amigos mas, dormir é mais importante. 

Andei sem pressa pelas ruas, às vezes me distraindo com alguns cachorros e gatos pelo caminho, eu queria um cachorro, mas é muito complicado cuidar de um, logo uma pessoa como eu, sem falar que ele iria deixar a minha casa uma bagunça total.

Depois de alguns minutos, o sol começou a ficar quente para cacete e resolvi apertar o passo, porque caralhos a Valhalla tem que ser tão longe? Desse jeito vou perder 3 kilos. 

Assim, você deve estar se perguntando, "Magnus, o que é Valhalla pelo amor?" Simples, é a minha casa e a minha casa não é uma casa comum, ela é diferente e muito mais legal.

A valhalla é uma casa na árvore, eu moro lá há algum tempo, a casa era toda feia quando eu a vi pela primeira vez, mas nada que uma forcinha e dois idiotas não fizessem efeito. Agora, a valhalla é bem bonitinha e tá arrumada do meu jeito, um dos poucos benefícios de ser órfão e ex sem-teto é que, posso deixar tudo do jeito que eu quero. 

A minha casa fica bem no meio do mato, é meio difícil passar por algum lugares, lembro perfeitamente de um dia em que eu estava voltando do meu trabalho de ajudante de biblioteca quando tropecei num tronco e cai de cara no chão, meu cabelo ficou cheio de folhas e arranhei minha cara, sem problemas, eu sou um homem da natureza. 

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― Finalmente, cama aí vou- Quando olhei para cima, na direção da porta da minha casa que estava completamente aberta, e eu sempre a deixo fechada, já fui morador de rua e sei como outros moradores de ruas são, mas infelizmente não posso ceder o meu cantinho para dormir, desculpa caras.

Merda, e se fosse alguém perigoso? E se roubaram meus livros? Meus CDs? E as minhas cuecas?

Subi as escadas rapidamente e quase caí de cara, quando cheguei na porta, respirei profundamente. Ou eu vou morrer aqui ou é um tipo de animal inteligente que sabe abrir portas e eu vou ter que adotá-lo.

Apertei a sacola do meu almoço com mais força entre meus dedos e finalmente entrei, passei os olhos por todos os lugares, que estavam do mesmo jeito de sempre, até que olhei em direção à minha cama. 

― QUE MERDA É ESSA? - gritei tão alto que devo ter acordado todos os bichos dessa ilha. Tinha alguém na minha cama, sentado com um de meus livros em mãos.

― NÃO GRITA COMIGO, ESTRANHO! - A pessoa tomou um grande susto (assim como eu) e levantou rapidamente, talvez por impulso, e ficou em pé em cima da minha cama e me apontou o livro como se fosse uma arma letal que poderia facilmente me matar.

Tentei controlar a minha respiração e me acalmar, o que não estava dando muito certo, alguém tinha invadido a minha casa e se apossado da minha cama, é, acho que hoje é um dia de grande sorte.

― Primeiro, quem é você? Segundo, porque você está na minha casa? e terceiro, não suba na minha cama com esse tênis imundo. - falei olhando para a invasora que parecia ter mais ou menos a minha idade e depois para a minha cama, que estava totalmente desarrumada, o lençol estava quase caindo do colchão e meus livros todos espalhados pela cama e alguns no chão.

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