Ilusão

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Athena quase se esqueceu do que queria falar quando as crianças foram embora. Ela se sentou olhando para o local onde Annabeth estava com lágrimas de raiva em seus olhos. Tinha sido, francamente, um pouco humilhante para sua filha ficar ali e repreendê-la diante de todo o conselho e além. Talvez ela estivesse errada por gritar com Annabeth, a garota não tinha contexto para a raiva de Athena.

Mas Annabeth claramente sabia. Ela tinha a moeda, o que significava que Athena devia tê-la enviado para seguir a Marca. Mas se ela o seguiu... por que ela estava com tanta raiva? Annabeth vinha pedindo uma missão desde criança, e agora ela finalmente tinha uma – diretamente de Athena, nada menos – e ela estava... brava com isso? Athena não conseguia entender.

Ela foi tirada de seus pensamentos quando alguém suspirou pesadamente. Athena olhou para cima, encontrando o olhar expectante de Ares.

"Se você não vai dizer nada sobre sua explosão mais cedo," Ares disse, levantando a sobrancelha para ela, "eu vou embora. Tenho coisas melhores para fazer do que sentar aqui e ver você ficar de mau humor."

"Como o que?" Athena perguntou com um escárnio. "Caso tenha escapado de sua memória, todos os nossos deveres normais foram suspensos."

Hera suspirou e beliscou a ponta do nariz. "Independentemente disso, Ares levanta um ponto justo. Se não há nada que você gostaria de dizer-"

"Acho que você sabe exatamente o que eu gostaria de dizer, Hera," Athena cuspiu, observando enquanto a cor sumia do rosto de sua madrasta. "O que você estava pensando?"

Hera franziu a testa. "É simples: se os semideuses não se unirem, não conseguirão derrotar os gigantes." Ela fez uma pausa, olhando para Rhea e depois de volta para Athena. "Ou Gaea."

"E você ignoraria a traição de Roma?" Athena perguntou, levantando-se de seu assento para olhar para a rainha dos deuses. "Você ignoraria o que eles fizeram?"

Ares suspirou. "Athena–"

"Eu não quero ouvir uma palavra de você," Athena rosnou, sua cabeça estalando para encará-lo. "Mars Ultor", ela cuspiu, dando um passo em direção a ele. "O Pai do Povo Romano. Seu segundo deus mais importante, atrás apenas do próprio Júpiter. Claro que você os defenderia."

A forma de Ares mudou para Marte enquanto ela falava. O deus tirou os óculos escuros, permitindo que as explosões de fogo que ele chamava de olhos perfurassem ela enquanto ele se levantava.

"Você está certa," ele disse calmamente. "Vou defendê-los. E, como guardião do estado, você também deve defendê-los."

"Fácil para você dizer." Minerva parou e se xingou. Ela nem percebeu que havia trocado de forma e agora estava em séria desvantagem. "A guerra era tanto uma parte de mim quanto uma parte de você. Mas os filhos de seu pequeno império," ela retrucou, dando um passo em direção a ele, "tiraram isso de mim. Eles não precisavam de outro deus da guerra, então me relegaram à margem. Um conselheiro de defesa e estratégia, eles me chamaram." Minerva riu amargamente. "Como se eles realmente me ouvissem. Seu pequeno império desprezava as manobras defensivas. O mais perto que cheguei da guerra foi em Roma, e eles até tiraram isso de mim."

Marte balançou a cabeça. "Você está exagerando."

"Eu estou?" Minerva perguntou calmamente. "Estou sendo dramática? Depois que eles me roubaram de Athenas? Depois que eles me reduziram a isso?" Minerva gesticulou para si mesma com desgosto. Então ela olhou para Bellona, que estava estranhamente quieta. Minerva sorriu, sua voz ficando doentiamente doce. "Embora, suponho que não importe. Eles já tinham uma deusa da guerra que preferiam."

Esperança é Uma Coisa Delicada Part IIOnde histórias criam vida. Descubra agora